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Análise Econômica de Mercado

Por:   •  6/6/2024  •  Trabalho acadêmico  •  1.096 Palavras (5 Páginas)  •  41 Visualizações

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BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Aluno: Luiz Marçal da Cruz Góes Junior

Matrícula: 1230100019

Curso: Ciências Contábeis

Disciplina: Análise Econômica de Mercado

Tutora: Areza Batista Gomes Barros

TRABALHO DA DISCIPLINA

AVA 2

RIO DE JANEIRO

2024

As crises econômicas, muitas vezes vistas como inesperadas, na verdade se desenvolvem dentro da dinâmica do próprio sistema capitalista, e elas podem surgir devido ao excesso de confiança no mercado, incertezas econômicas ou especulações descontroladas. Independentemente de suas causas, as crises tendem a ultrapassar fronteiras geográficas, espalhando seus efeitos pelo mundo e exigindo uma reestruturação das políticas econômicas em diversas nações.

        Este panorama é evidente em crises históricas como a Grande Depressão de 1929, citada no enunciado desta atividade, e a Crise Financeira de 2008, que não apenas abalaram economias nacionais, mas também moldaram a geopolítica global e as respostas políticas em países como o Brasil.

  1. Descreva o contexto de cada crise da economia mundial, identificando as principais causas e os desdobramentos para a geopolítica mundial:

A Grande Depressão (crise de 1929), uma das mais severas crises econômicas da história mundial, começou com o colapso da Bolsa de Valores de Nova York em outubro de 1929, desencadeada por especulação excessiva e crédito facilitado. Entre 1921 e 1929, o índice Dow Jones subiu vertiginosamente, levando investidores a comprar ações com empréstimos, alimentados pela expectativa da alta contínua dos preços. Os corretores emprestavam até dois terços do valor das ações, aumentando a alavancagem dos investidores, para que os mesmos pudessem continuar comprando na bolsa. Muitos americanos, confiando que um crash era impossível, usaram hipotecas e todas suas economias para investir em ações.

A situação começou a mudar em setembro de 1929, a indústria automobilística percebeu que seus revendedores não podiam absorver mais carros, levando a um corte severo na produção e reduzindo drasticamente as encomendas de insumos como borracha, cobre, vidro e aço, fato que alertou os especuladores, que começaram a vender suas ações na United States Steel, resultando em uma queda livre no valor dessas ações. A perspectiva de redução dos dividendos fez com que outras ações sofressem uma depreciação enorme de setembro a novembro de 1929.

O momento decisivo ocorreu em outubro de 1929, começando com a ‘’quinta-feira negra’’ em 24 de outubro, quando aproximadamente 12,9 milhões de ações foram vendidas em um único dia. O pânico se alastrou pelo mercado, culminando na ‘’terça feira negra’’ em 29 de outubro, quando mais de 15,6 milhões de ações foram vendidas. O mercado norte-americano acumulou uma perda estimada em 14 bilhões de dólares, desencadeando um efeito em cadeia na economia americana e, consequentemente, na economia global; o desemprego disparou, empréstimos foram congelados, empresas faliram e os lucros despencaram, marcando o início da Grande Depressão. Tal crise exigiu uma reestruturação profunda das políticas econômicas em diversas nações, sendo combatida nos Estados Unidos pelo New Deal do presidente Roosevelt.

Outra crise econômica histórica significativa foi a Crise de 2008, na qual suas causas principais incluíram a concessão excessiva de crédito, bolha imobiliária e práticas financeiras arriscadas por parte de instituições financeiras. No início dos anos 2000, a valorização dos imóveis nos EUA incentivou muitos bancos a concederem empréstimos hipotecários subprime a tomadores de alto risco. Esses empréstimos foram empacotados em títulos de dívidas e vendidos a investidores em todo o mundo, sob a falsa premissa de que eram seguros.

A situação começa a piorar em 2007, quando os preços dos imóveis nos EUA começaram a cair, e muitos mutuários subprime começaram a se tornar inadimplentes em suas hipotecas; isso resultou em uma crise de liquidez para os bancos e outras instituições financeiras que detinham esses ativos tóxicos. Em setembro de 2008, o colapso do banco de investimentos Lehman Brothers precipitou um pânico financeiro global, mercados de crédito congelara, bolsas de valores despencaram e a confiança dos investidores evaporou, levando a uma recessão global.

Os desdobramentos geopolíticos da crise de 2008 foram profundos, tendo em vista que governos ao redor do mundo intervieram com pacotes de resgate e estímulos econômicos para estabilizar o sistema financeiro e “reavivar” a economia. Nos Estados Unidos, a administração do presidente Barack Obama implementou o Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (TARP) e o pacote de estímulo econômico. A Crise também levou a uma reavaliação das práticas de regulação financeira, culminando em reformas como a Lei Dodd-Frank , que visava aumentar a transparência e a estabilidade do sistema financeiro.

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