Análise da situação de marketing do coletor menstrual Inciclo
Por: Tatiana Gzvitauski • 15/3/2018 • Artigo • 886 Palavras (4 Páginas) • 529 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC
SANTO AMARO
Tatiana Rimoli Gzvitauski
Análise da situação de marketing do coletor menstrual Inciclo
Produção Textual Individual elaborada como requisito parcial para aprovação na Disciplina de Gestão Mercadológica do Curso de Administração de Empresas.
São Paulo
2018
Descrição da atual situação de marketing
O coletor menstrual, Inciclo, surgiu da busca de uma opção mais econômica, sustentável, saudável e confortável às mulheres que possuem menstruação ativa. É um produto reutilizável que substituiu absorventes descartáveis, o que colabora com o ambiente evitando a formação de lixo e evita o gasto mensal com produtos que podem ser utilizados apenas uma vez. Por conta de sua composição, é flexível e adaptável a diferentes tipos de corpo, e, ao evitar o contato direto da mucosa vaginal com o sangue menstrual, não funciona como um meio de cultura para bactérias nem irrita a pele.
A Inciclo aposta em marketing digital como principal ferramenta de divulgação e, com a pauta estratégica do empoderamento feminino, utiliza ativamente as redes sociais, relacionamento através de um blog (http://blog.inciclo.com.br), e vendas através de revendedoras que, enquanto clientes, compraram a proposta da empresa de economia, sustentabilidade, saúde, higiene e feminismo.
Descrição do produto
O coletor menstrual Inciclo, único inteiramente desenvolvido no Brasil, começou a ser planejado em 2008. Após dois anos de pesquisa e desenvolvimento, o produto, que antes disso já existia na Europa, Canadá e Estados Unidos, passou a ser comercializado no Brasil, em 2010. O produto tem formato de sino ou taça, e é 100% feito de silicone (atóxico e translúcido). Age como um dispositivo de barreira, coletando o fluxo menstrual de mulheres e substituindo protetores absorventes descartáveis. O coletor menstrual deve ser inserido na vagina, durante o período menstrual, por cerca de 8 a 12 horas, dependendo do fluxo menstrual de sua utilitária, bem como de seu estilo de vida. Depois desse tempo, o copo deve ser retirado, lavado e reinserido. Entre ciclos, o copo deve ser armazenado em local seco e seguro, e deverá ser higienizado em água fervente antes de ser reutilizado.
Por ser feito de silicone, o coletor menstrual tem longo-prazo de validade, podendo ser reutilizado por até dez anos sem precisar ser substituído. Essa validade, no entanto, depende de alguns fatores como frequência e modo de higienização, ph vaginal e produtos de limpeza que são utilizados. O produto é flexível e não contém nenhum tipo de corante, látex, gel, bisfenol, dioxina, cola, perfume, pesticidas e nem agentes branqueadores, podendo se adaptar a diferentes mulheres. Para tanto, o coleto está disponível em dois tamanhos, que se diferenciam por 3 mm no diâmetro (sendo o Modelo A maior do que o Modelo B). A recomendação de tamanho é feita baseada na tonicidade do assoalho pélvico que naturalmente diminui e perde elasticidade com a idade e também devido à gestação. A intensidade do fluxo não interfere na escolha do tamanho do produto, somente na frequência da higienização do coletor ao longo do período menstrual. Também não interferem na escolha do tamanho do produto questões como altura do colo do útero, porte físico da mulher ou a prática de atividades físicas, como mostra a tabela abaixo:
Tabela I – Escolha de Modelos A ou B, a partir de critérios específicos
MODELO A | MODELO B | |
Idade | Maiores de 30 anos | Menores de 30 anos |
Filhos | Com filhos | Sem filhos |
Tipo de parto | Não interfere | Não interfere |
Atividade Física | Não interfere | Não interfere |
Porte Físico | Não interfere | Não interfere |
Intensidade do Fluxo | Não interfere | Não interfere |
Altura do colo do útero | Não interfere | Não interfere |
FONTE: Elaboração própria a partir dos dados da Inciclo (www.inciclo.com.br)
Por ser de grande adaptabilidade, o produto registrou um aumento de vendas de 352% em 2016, de acordo com Mariana Betiolli, uma das fundadoras da empresa Inciclo. Esse aumento está de acordo com o histórico disponibilizado pelo Museu da Menstruação e Saúde Feminina (MUM, na sigla em inglês), segundo o qual, apesar de a primeira comercialização de um coletor menstrual ter se dado em 1937, apenas nos últimos anos o uso ter sido expandido. Esse aumento pode ser explicado pelo fato de os coletores serem agora fabricados em materiais alternativos como o silicone médico, por conta da possibilidade de alergia gerada pelo uso do látex, e pela concorrência das diversas marcas disponíveis no mercado.
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