CASE EURO-DISNEY – DIVIDINDO O RISCO
Por: monterr • 10/3/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 372 Palavras (2 Páginas) • 131 Visualizações
EURO-DISNEY – DIVIDINDO O RISCO
Embora a Disney, inicialmente, estivesse inclinada a executar sozinha o projeto da Euro-Disney, a
magnitude do investimento necessário, as considerações de risco e as exigências feitas pelo governo
francês acabaram levando a empresa a reestruturar o projeto, de forma a repartir o investimento e o
risco com outros participantes. Nesse caso, a Disney percebeu que o projeto era importante para o
governo francês e que os investidores e credores em potencial, encantados pela mágica da marca da
Disney, estavam interessadíssimos em participar do projeto. Além disso, a empresa achava que,
dependendo da forma como a participação de cada uma das partes fosse estruturada no projeto, ela
poderia reduzir, significativamente, a sua exposição ao risco, sem abrir mão da oportunidade de
ganhar um retorno atraente.
Os parceiros
O interesse do governo francês era claro. A receita de impostos que o parque iria gerar era estimada
em mais de $ 440 milhões de dólares apenas no seu primeiro ano de operação, e a previsão era de
que os turistas estrangeiros gastariam mais $ 1 bilhão na economia local. A construção do parque
criaria 30.000 novos postos de trabalho em uma região de alto desemprego, além de injetar uma
quantidade substancial de dinheiro na economia local durante a construção. Ao mesmo tempo,
aumentavam as pressões dentro do governo para que o projeto fosse estruturado de tal forma que
permitisse a investidores franceses e europeus participarem da riqueza que seria criada.
Os credores, por sua vez, estavam mais do que contentes em participar de um projeto de uma
empresa como a Disney e confiavam na sua capacidade de administração, pois sabiam que um
fracasso teria sérias implicações para a reputação da empresa e comprometeria qualquer outro
projeto que ela quisesse realizar no futuro. Esses recursos seriam utilizados para financiar a
construção do parque, com os próprios ativos imobiliários (como terrenos, construções civis e hotéis)
servindo de garantia para os empréstimos. Embora os bancos estivessem ansiosos para estender o
crédito, o risco que eles estavam assumindo era alto, pois as garantias tinham baixa liquidez e, na
hipótese de o parque se revelar um insucesso, provavelmente não teriam valor algum.
Seduzidos pelos sucessos anteriores da Disney, os investidores europeus também estavam muito
interessados, antecipando que todo esse sucesso se transferiria ao projeto da Euro-Disney. Isso
ficou evidente pela forte demanda pelas ações da EDSCA (a empresa da Euro-Disney) quando do
seu lançamento.
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