Casos de Estudo para Análise dos 5 P’s de Mintzberg
Por: Mizinha84 • 5/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.873 Palavras (8 Páginas) • 374 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO
MESTRADO PROFISSIONAL
ADP – 890 ORGANIZAÇÃO E ESTRATÉGIA
Prof. Dr. Fernando Bins Luce
Prof. Dr. Luiz Antonio Slongo
Cases de Estudo para Análise dos 5 P’s de Mintzberg
Leticia Schmidt
Agosto/2016
Estratégia como plano (plan):
Conforme Mintzberg (2000), a estratégia como plano possui diretrizes formuladas para lidar com uma determinada situação, por exemplo, o que uma empresa deve fazer para dominar um mercado. As estratégias são formuladas antes das ações e são desenvolvidas conscientemente e intencionalmente.
Wal-Mart: Staying on Top of the Fortune 500 A Case Study on Wal-Mart Stores Inc.
Uma das principais estratégias do Wal-Mart é dominar o mercado varejista. O fundador da empresa, Sam Walton pos em prática a filosofia de varejo que segue na empresa até hoje. Walton descreve que a essência de sucesso para varejistas de desconto é a redução dos preços tanto quanto possível, manter o mark-up baixo e obter lucro sobre o aumento no volume de vendas.
Outro subconjunto desta estratégia é a competitividade entre as unidades. Cada loja é encorajada a competir ferozmente contra todas as outras lojas em sua base de clientes até que o Wal-Mart Store tenha obtido o domínio sobre seus concorrentes locais.
O Wal-Mart está atualmente classificado como o número um do mundo varejista e a empresa número um no mundo em termos de vendas (mais de US$ 200 bilhões) na lista Fortune 500.
A chave estratégica é dominar o mercado usando o seu poder de compra em tamanho e volume.
Retirado de: The Graduate School of Political Management, George Washington University. April 2002, Washington DC. Acesso Jul/16
Estratégia como pretexto (ploy):
A estratégia age como uma “manobra” particular para eliminar ou enfraquecer o concorrente, sendo utilizada como um instrumento para lidar com a competição que a empresa enfrenta na sua atuação no mercado.
Lâmpada com maior eficiência luminosa do país é fabricada no Rio Grande do Sul
O modelo A60, produzido pela empresa gaúcha Ecolite foi reconhecido recentemente pelo Inmetro como a lâmpada com a maior eficiência luminosa do Brasil.
O CEO da empresa e coordenador do projeto, Luiz Schmidt, conta sobre como surgiu o projeto: “Desde o início, a ideia era produzir algo inovador, explorando cada vez mais o avanço da tecnologia LED e a experiência no ramo da iluminação. Investimos muito em pesquisa e desenvolvimento para estar sempre na vanguarda. ”
O modelo produzido em Porto Alegre consome apenas 7 Watt (6,9 W) e é capaz de iluminar o mesmo que uma tradicional lâmpada incandescente de 100 Watt. Ela produz 909,5 lumens, batendo a marca de 131,81 lumens por Watt, 43% a mais que a lâmpada mais eficiente do mercado até então. Além disso, enquanto os outros modelos da lâmpada possuem o Índice de Reprodução de Cores, escala utilizada para medir a fidelidade de cor que a iluminação reproduz nos objetos, de 60% a 70%, a A60 gaúcha possui o índice recorde de 80%. “Este é um produto feito para durar mais de 50.000 horas, ou 17 anos de uso, considerando 8h por dia. Se formos pensar, em muitos casos, é uma lâmpada para a vida toda”, ressalta Schmidt
Retirado de www.ecolite.ind.br em Jul/16
Estratégia como padrão (pattern):
A estratégia segue um padrão em fluxo de ações e pode surgir de uma constância no comportamento e indicar um padrão de continuidade. Segundo essa definição, a estratégia pode surgir das próprias ações cotidianas, de forma intencional ou não. Quando um determinado curso de ação traz resultados positivos, a tendência natural é incorporá-lo ao comportamento.
A Evolução da Produção em Série
O propósito de Henry Ford era produzir o maior número de veículos possível, com um design simples e ao mais baixo custo. Quando a posse de um veículo se limitava ainda a uns quantos privilegiados, o objetivo de Henry Ford era o de "colocar o mundo sobre rodas" e produzir um veículo economicamente acessível ao público em geral.
Nos primórdios, Ford construía automóveis do mesmo modo que os outros – um de cada vez. O veículo ficava assente no chão durante o processo de construção enquanto os mecânicos e respectivas equipes de apoio preparavam as peças e voltavam ao carro para montá-las a partir do chassi. Para acelerar o processo, os veículos eram em seguida montados em bancadas que eram deslocadas de uma equipe de operários para outra. Essa ação não era rápida, uma vez que Ford precisava de equipes de trabalho competentes para montar o veículo 'construído à mão'. Desta forma, os níveis de produção permaneciam baixos e o preço dos veículos era mais elevado para compensar os custos mecânicos.
Para alcançar o objetivo de Henry Ford relativo ao consumo massificado proporcionado pela produção em série, a produtividade tinha de aumentar. Na fábrica de Detroit, no Michigan, os trabalhadores eram colocados em postos definidos e o chassi era transportado para junto deles utilizando cabos resistentes. O chassi parava em cada posto, onde eram encaixadas as peças até esta operação estar completamente concluída.
Para reduzir a dependência de mão-de-obra qualificada, Henry Ford utilizava peças intercambiáveis, que podiam ser facilmente montadas por operários não qualificados. Naturalmente, até o próprio posicionamento dos homens e das ferramentas foi pensado meticulosamente para assegurar que a produção fosse a mais eficiente possível.
Essa combinação de precisão, continuidade e velocidade introduziu a produção em série no mundo. Em Highland Park, a produção do Modelo T bateu níveis recorde com um veículo completo em menor tempo. Ford podia então reduzir os preços, aumentar o salário mínimo diário para 5 dólares, produzir um produto superior e continuar a realizar lucros.
Retirado de www.ford.pt em Jul/16
Estratégia como posição (position):
A estratégia como posição é uma forma de localizar a empresa no seu meio ambiente, melhorando sua posição competitiva. Nessa concepção a estratégia permite definir o local onde a empresa vai concentrar os seus recursos, visando manter ou melhorar sua posição. Aqui a organização busca no nicho, ou área em que atua, estabelecer um posicionamento que lhe permita sustentar e defender sua posição, definindo como a empresa é percebida externamente pelo mercado.
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