DILEMAS MORAIS
Por: Carlos Orth • 26/11/2015 • Trabalho acadêmico • 479 Palavras (2 Páginas) • 786 Visualizações
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
CENTRO DE FILOSOFIA E EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: ÉTICA EAD
NOME: ALINE VILASBOA
DILEMAS MORAIS
É normal em nossa sociedade a existência de situações onde há conflitos entre a emoção e a razão, a ética é a teoria ou ciência que estuda o comportamento moral dos homens em sociedade, sendo que ela pode contribuir com os julgamentos de valor na medida em que estes se relacionam com a distinção entre o bem e o mal.
Diante deste contexto, imagine a seguinte hipótese: por necessidades financeiras, um homem é levado a pedir dinheiro emprestado. Ele sabe que não terá condições de devolver o dinheiro, mas se ele não prometer (falsa promessa) a devolução, nada lhe será emprestado. O que ele deve fazer? É lícito em uma situação totalmente excepcional (por exemplo, graves necessidades financeiras) não cumprir a palavra dada? Mentir é justificável em alguns casos ou a mentira jamais é considerada uma atitude ética? Tal situação apresentada se configura como um dilema moral, uma vez que envolve a mentira, uma ação que pode exigir um sacrifício das nossas convicções pessoais e sociais.
Analisando o dilema moral proposto, acredito que neste caso, a falsa promessa pode ser considerada como uma atitude ética, utilizando como orientação a visão utilitarista. Sempre agimos de acordo com motivações e interesses, na ética utilitarista as ações são julgadas certas ou erradas em virtude de sua consequência. O Utilitarismo considera a ação certa se ela produziu como consequência a maior felicidade/deleite das pessoas que estão envolvidas na ação. Além disso, a felicidade deve ser promovida de maneira imparcial. É necessário avaliar a quantidade de pessoas afetadas com a falsa promessa de devolução do dinheiro, uma vez que o dinheiro emprestado pode contribuir com a felicidade da pessoa no qual está com graves necessidades financeiras e seus credores. No entanto, quem emprestou o dinheiro pode depender de tal valor para suas cumprir com suas obrigações. Portanto, no meu ponto de vista, a mentira é válida se quem emprestou o dinheiro não dependesse de tal valor com urgência, uma pessoa com uma quantia razoável na poupança por exemplo.
A ética do dever de Kant apresenta outro ponto de vista, onde toda a ação realizada visando algum interesse (para si) não é ética. Para Kant somente é ética a ação que não visa nada em troca. Neste sentido, a ética do dever julga o agir por meio da intenção e não pela consequência, como é defendida pelo o utilitarismo. O imperativo categórico é o critério objetivo da moralidade, só são éticos os comportamentos e atitudes que podem ser universalizados.
A ética do dever de Kant não foi assumida porque ela considera apenas o inicio desconsiderando o final. Acredito que o ato de mentir não deve ser universalizado, no entanto, em alguns casos é justificável usá-lo para proporcionar a maior quantidade de felicidade para as pessoas envolvidas, principalmente quando o ato auxiliar a salvar vidas.
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