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ESCÂNDALO DA CONTABILIDADE DA TOSHIBA

Por:   •  18/10/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.136 Palavras (5 Páginas)  •  486 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO DA SAÚDE COM ÊNFASE EM ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

 Escândalo Da Contabilidade Da Toshiba: Como a governança corporativa falhou

Michelle Da Costa Quintas

     Trabalho da disciplina Governança Corporativa E Excelência Empresarial

                                                 Tutor: Prof. Ricardo Babosa Da Silveira

Macapá-AP

2020

ESCÂNDALO DA CONTABILIDADE DA TOSHIBA: COMO A GOVERNANÇA CORPORATIVA FALHOU

Referências: MISAWA, MITSURU. Escândalo da contabilidade da Toshiba: Como a governança corporativa falhou. Hong Kong: Ásia Case Research Centre, The University of Hong Kong, 2016.

O artigo do autor Mitsuru Misawa, proposto para análise, relata o que ocorreu com a contabilidade na empresa Toshiba, e os valores apresentados durantes diversos anos. Observa-se que a questão da transparência não foi levada em consideração, pois os verdadeiros valores não foram apresentados corretamente.

Em uma auditoria interna realizada na companhia Toshiba, no ano de 2015, relata o autor, resultou na descoberta de inúmeras irregularidades e percebeu-se que os lucros da empresa estavam inflacionados. A Toshiba decidiu investigar as práticas contábeis da companhia, o que gerou uma série de conflitos e demissões, entre elas a demissão de Hisao Tanaka, executivo-chefe e presidente, do vice-presidente e mais oito membros do conselho.

Por consequência foi nomeado o novo presidente e CEO da Toshiba, Masashi Muromachi, o qual possuía fortes qualidades estratégicas, corporativas e sociais importantes para realizar as mudanças organizacionais necessárias. Também foi fundado um comitê de terceiros com a finalidade de realizar uma auditoria minuciosa da contabilidade da empresa, o que resultou na descoberta da sobreavaliação dos lucros em 151,8 bilhões de ienes. Em setembro de 2015, surgiu que a empresa havia sofrido uma perda de mais de 255,5 bilhões de ienes, sendo os pagamentos de dividendos suspensos e os acionistas removidos.

O comitê também analisou detalhadamente e chegou à conclusão de que houve uma grande perda, o que podemos perceber que estava associada às linhas de produtos de computadores pessoais e de bens de consumo duráveis. Misawa observa que a empresa queria mudar a maior participação na produção de bens de consumo duráveis no exterior no ano 2000, mas falhou quando o iene perdeu valor com relação as outras moedas do mundo.

Além disso, houve perdas operacionais devido à concorrência no mercado de computadores, o equivalente a uma queda de 54,6 bilhões de ienes. Contudo, o que sustentava a empresa era a venda de semicondutores que resultava do grande sucesso de vendas de memórias flash do smartphone.

Foi revelado também pela auditoria, além do aumento dos lucros, que foram realizadas muitas amortizações e que as ações dos envolvidos tinham relações com a submissão dos executivos a uma pressão significativa após o desastre de Fukushima de 2011, abalando a unidade nuclear da Toshiba. Assim, para dá a impressão de que as metas estavam sendo alcançadas, a administração determinou metas difíceis com medidores inteligentes e cabines de pedágio eletrônicas, para compensar as perdas.

O presidente da Toshiba em ocasião pública, após o escândalo, pediu desculpas aos sócios e acionistas da organização pelo fato ocorrido e pelas perdas que as ações da Toshiba ocasionaram, e reconheceu que não seria fácil conquistar a confiança e o respeito de todos. E o autor descreve também:

“Ele prometeu que a Toshiba retornaria aos princípios em que a organização havia sido originalmente formada e que a diretoria trataria a vida humana, segurança e conformidade como as maiores prioridades na próxima reestruturação. Ele prometeu que se esforçaria pessoalmente para garantir que uma nova cultura corporativa fosse estabelecida o que evitaria que problemas semelhantes nunca mais ocorressem. Muromachi também revelou planos para estabelecer um Comitê de Revitalização de Gestão composto por especialistas e diretores externos. Este comitê seria encarregado de facilitar a reforma da cultura corporativa e identificar medidas pelas quais as irregularidades contábeis poderiam ser prevenidas no futuro.” Pág. 03.

Não se pode associar o erro da Toshiba somente à falta de governança corporativa ou ao controle interno menos exigente, mas também a uma equipe indisciplinada. Os chefes propunham metas para as equipes e as estimulavam a ter criatividade para alcançar o objetivo a fim de garantir maiores ganhos. Contudo, a equipe queria mostrar fidelidade aos superiores, e assim chegavam resultados negativos, não inspecionados.

O autor descreve que a prática contábil irregular ocorreu durante oito anos e era realizada sistemicamente por toda a empresa o que atingia todas a divisões de negócios da Toshiba. Desde a administração intermediária até o presidente, os quais visavam somente o lucro, o que justifica a falta de denúncia da irregularidade.

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