Econômia
Por: mandyarz • 20/9/2016 • Resenha • 7.379 Palavras (30 Páginas) • 150 Visualizações
Prof. Sérgio Luiz Túlio
Mestre e doutor em engenharia da produção - UFSC
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
A leitura deste texto não dispensa o uso da bibliografia indicada bem como das anotações em sala de aula.
“Toda movimentação sem ciência é mera agitação” Helena Antipoff (psicóloga/educadora)
POR QUE ESTUDAR ECONOMIA?
- Para entender como a sociedade se organiza - razão de ordem social, se não entendermos como a sociedade se organiza para atender suas necessidades seremos considerados desajustados e receberemos todas as conseqüências disto, não se trata de concordar, mais sim de entender;
- Para poder participar da vida da sociedade - razão de ordem pessoal, uma vez entendido como a sociedade se organiza, vai da vontade e da decisão de cada um se está disposto a participar ou não;
Do que trata a economia?
A ciência econômica trata da forma ou maneira como a sociedade atende suas necessidades que são infinitas contando para tanto com recursos escassos. Dito de outra forma a economia trata das pessoas insatisfeitas, num sentido poético, infelizes. Estado este, desde o momento em que foram expulsas do paraíso, assim a economia é uma ciência que busca a felicidade ou fazer as pessoas satisfeitas ou levá-las de volta ao paraíso. Paraíso no sentido bíblico era um lugar onde o homem não tinha nenhum tipo de necessidade e, portanto feliz. Segundo Gênesis: “Ora, o Senhor Deus tinha plantado, desde o princípio, um paraíso de delícias, no qual pôs o homem que tinha formado”.
Na atualidade, varias sociedades demonstram que se esta próxima do possível, com o uso da capacidade intelectual, científica do homem com a prática de processos econômicos adequados para cada grupo de pessoas e localidade, e auxílio das demais ciências, se não na perfeição divina, mas muito próxima.
Toda ciência é um conjunto de sobre um determinado tema ou assunto que uma elite cultural os considera como evidentes comprovados. As ciências não trabalham com verdades absolutas, em especial, as ciências ditas humanísticas. Há uma necessidade de se distinguir entre ciência, fé e senso comum. Este por sua vez nada mais é do que um conjunto de idéias e julgamentos sobre os mais variados temas que as pessoas julgam como válidos, mas sem nenhum tipo de comprovação ou evidências, algo muito presente em nossa vida dada à condição de não exigir nenhum esforço além de acompanhar naquilo que a maioria das pessoas acredita ou julgam ou acham corretas por um juízo pessoal, este por sua vez fruto de infinitos fatores, como por exemplo, nos diversos campos das artes, nas mudanças climáticas, na medicina, etc. Por sua vez a fé faz parte de um conjunto de crenças e valores pessoais que não exigem e nem podem ser comprovados, ou seja, ou se acredita ou não.
Toda ciência bem como toda ação humana está baseada num conjunto de teorias que se caracterizam por um conjunto de fundamentos, preceitos, definições, leis, teorias propriamente ditas que por sua vez será colocada em prática, neste caso, a prática é a política econômica. Assim, em economia temos a Teoria Econômica e a Política Econômica.
A Teoria Econômica divide-se em Microeconomia e Macroeconomia, a micro trata do estudo dos agentes econômicos, tais como consumidor, produtor e mercado. Já a macro estudo os grandes fenômenos como o crescimento e desenvolvimento econômico, a estabilidade econômica e por fim a eficiência distributiva ou repartitiva. A felicidade de uma sociedade é medida pelo grau com que esta atinge estes três pontos discutidos pela macroeconomia e para tanto se usa o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.
A prática da política econômica se da através, em especial, de três grandes instrumentos ou elementos que afetam a vida de todas as pessoas, a moeda, os impostos e o câmbio. Não há ser humano vivendo em sociedades organizadas, onde a sobrevivência depende do processo produtivo dito moderno ou baseado na divisão do trabalho que não seja afetado por esses três elementos simultaneamente.
Toda atividade econômica esta baseada nas trocas ou negócios, ou seja, para obter algo temos que dispender também algo que o sistema necessita assim, o trabalhador vende sua capacidade física e mental no caso o conhecimento, o poupador vende seu sacrifício do não consumir o empresário vende sua capacidade de organizar um negócio, bem como sua produção e alguém vende os recursos naturais ou o estado, quando proprietário, concede permissão para seu uso mediante pagamento de taxas para uso e tudo isto é intermediado pelo dinheiro. Da mesma forma se dá o pagamento dos impostos e a taxa de câmbio.
Através do dinheiro mensuramos o valor de tudo que é considerado econômico e tudo que é escasso é considerado econômico logo tudo que é econômico tem um preço que deriva da propriedade (pública ou privada), ou seja, tem um dono e da utilidade, o preço é o valor expresso em moeda, seja salário, juros, lucros, royalties, lucros ou simplesmente o preço de um produto qualquer.
Como observado no mundo real à satisfação das pessoas é algo extremamente difícil, pois somos insatisfeitos por natureza o que é bom, pois só crescemos em função desta condição. Todos que freqüentam uma faculdade estão demonstrando uma insatisfação com sua condição atual. Desta forma e pela amplitude da maneira como a sociedade resolve esta dificuldade natural, a ciência econômica não tem como resolver todos os problemas envolvidos com tal objetivo daí se valendo da maioria das outras ciências em seus mais diversos campos, como; matemática, contabilidade, administração, história geografia, psicologia, filosofia, direito, física, química, sociologia, pois, de alguma forma todas tem relação com produção, que é o objetivo básico da economia e a maneira de sanar a insatisfação.
Tudo em economia, sem nenhum tipo de exceção, tem relação com produção, distribuição e consumo.
Conceito de economia: É a ciência que trata da maneira como o homem se utiliza de recursos escassos e de usos alternativos para atender suas necessidades que são ilimitadas.
Recurso escasso não é sinônimo de pouco e sim de insuficientes e insuficientes é um termo relativo, ou seja, insuficiente em relação às necessidades humanas que se mostram cada vez mais infinitas, basicamente por duas razões; num primeiro momento porque muitas dessas necessidades são renováveis, como a alimentação, o transporte, a educação, o lazer, etc. De outro lado esta o fato que o atendimento de uma determinada necessidade, gera uma enormidade de novas necessidades, basta tomarmos como exemplo a necessidade de locomoção donde surgiu o automóvel e em função deste toda uma brutal mudança em novas necessidades em nossas vidas, a tal ponto que atualmente moramos, falamos, vestimos e nos divertimos tudo em função desse objeto que um dia imaginamos que nos livraria do uso do animal para transporte.
...