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Embraer: A Líder Mundial em Jatos Regionais

Por:   •  26/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.079 Palavras (5 Páginas)  •  387 Visualizações

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A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.), foi fundada pelo governo brasileiro em 1969 e privatizada em dezembro de 1994. Já no início do ano de 2000 era a quarta maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo, atrás apenas da americana Boeing, do consórcio europeu Airbus e da canadense Bombardier.

No ano em que foi privatizada, a EMBRAER registrou um prejuízo de US$ 310 milhões sobre vendas de US$ 177 milhões. No entanto após sua privatização, esta se tornou uma das líderes mundiais em jatos regionais.

No ano de 1999, a Embraer abriu seu capital acionário em 20%, em favor de um consórcio de empresas francesas dos setores aeroespacial e de defesa.

Extrai-se que a Embraer é oriunda dos esforços do governo brasileiro de estimular a indústria aeronáutica, visto sua enorme extensão territorial, seus grandes rios e sua limitada infraestrutura de transportes terrestre e fluvial. Sendo que cronologicamente foi criado o Centro Técnico de Aeronáutica (CTA), Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA) e Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD), todas foram instaladas em São José dos Campos (SJC), uma pequena cidade a 88 quilômetros de São Paulo. Então em agosto de 1969 o Ministério da Aeronáutica do Brasil criou a Embraer para fabricar aeronaves militares e comerciais em SJC. Devendo ajustar os recursos de uma empresa estatal à agilidade empreendedora de uma empresa do setor privado. Estipulou-se ainda que que o governo brasileiro controlaria no mínimo 51% de seu capital, bem como foi cedido a esta, alguns privilégios especiais, como isenção de impostos ou tarifas aduaneiras sobre as matérias-primas, peças e equipamentos não disponíveis no país que viessem a ser importados.

A Embraer se instalou nos setores de o de aeronaves regionais de passageiros, aeronaves de defesa e aeronaves para fins específicos, das quais: Xavante (1971), um jato para treinamento e ataque ar-terra construído para a Força Aérea Brasileira, o Ipanema (1972), uma aeronave para pulverização sobre áreas de culturas agrícolas e o Bandeirante (1973), uma aeronave de passageiros turboélice de 19 assentos.

As primeiras de exportações vieram do Uruguai e do Chile, mas rapidamente a Embraer conquistava o mercado Americano, ante ao rápido crescimento, empresas concorrentes registrou queixa junto à Comissão Internacional de Comércio (ITC, International Trade Commission) dos EUA.

Com o fim da Guerra Fria e uma grande recessão mundial, no início da década de 1990, a Embraer apresentou queda acentuada em seus negócios. Bem como a mesma época, adveio sobre o Brasil sérios problemas macroeconômicos, a incorrer em grandes déficits, pressões orçamentárias na economia e a inflação disparou ao ponto de atingiu uma taxa anual de 37.000%. Ante a este senário caótico o resultado sobre a Embraer foi catastrófico, com isso o governo brasileiro foi convencido de que a privatização era a única saída para a Embraer, assim como para muitas outras empresas estatais que vinham sendo privatizadas.

Assim em 7 de dezembro de 1994, um consórcio formado pela Companhia Bozano, Simonsen (CBS), grupo brasileiro, e por dois grandes fundos de pensão do setor público e pelo Wasserstein Perella, um banco de investimentos dos EUA, adquiriram uma participação de 45%. Embora, ainda assim, os problemas financeiros persistiam. Desta feita a CBS, conhecida como reestruturadora agressiva, contratou em meados de 1995, para o cargo de Chief Executive Officer – CEO (Diretor Executivo), Maurício Botelho, diretor da CBS.

Com vistas a transformar a Embraer em uma empresa focada e organizada em função de produção e desenvolvimento numa empresa que fosse mais centrada no mercado, Botelho alterou a estrutura da cúpula administrativa da Embraer, ao contratar dos administradores seniores fora da empresa, promover funcionários da própria Embraer para ocupar o restante das vagas e o número de níveis hierárquicos administrativos foi reduzido, bem como gerentes e engenheiros receberam aumentos salariais.

As medidas e políticas adotadas do Botelho, levaram a Embraer a uma organização matricial estruturada em função de projetos, com o objetivo de aumentar a flexibilidade, interação e autonomia, ao mesmo tempo reduzindo prazos e custos.

No início de 1997, Botelho efetuou cortes de pessoal e instituiu programa de demissão voluntária, com vistas a diminuir custos operacionais. Então no fim do mesmo ano, a Embraer, passou a contratar novos funcionários, com ênfase na contratação de funcionários jovens, que resultou em maiores reduções no salário base médio.

Com vistas a motivar os colaboradores a Embraer, instituiu programa de incentivo que distribuía mediante metas prefixadas, aos administradores, engenheiros e operários, os dividendos pagos aos acionistas. Sendo que as metas de desempenho eram fixadas com base em um Plano Estratégico de Ação, de forma que garantia uma coerência interna, além de servir como base para prêmios de remuneração.

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