Estágios de Desenvolvimento de Uma Equipe
Por: lucandra • 19/11/2019 • Artigo • 1.914 Palavras (8 Páginas) • 230 Visualizações
Estágios de desenvolvimento de uma equipe
1º. Estágio - Formação/Orientação
Ao começo da formação da equipe os integrantes se sentem preocupadas com o seu papel na equipe, se perguntam se estarão a altura, se se encaixarão na equipe, se as atividades que terão que realizar são adequadas a suas capacidades, etc. Isso gera certa desconfiança, os integrantes se relacionam com os demais com simpatia mas com uma couraça de proteção, não se mostram tal e como são senão como querem que os outros as considerem, percebam.
Nesta fase de construção da equipe os integrantes sentem necessidade de saber o que devem fazer, como, onde, quando, a quem se reportar etc., caso contrário, o sentimento da maioria é de desorientação.
O nível de motivação é alto, existe entusiasmo por pertencer a equipe e as expectativas com respeito a seus resultados e suas relações são altas. Algumas outras caracterísitcas são:
- Necessidade de conhecer o outro
- Descoberta do que é aceitável pela equipe
- Expectativa de metas e regras básicas
- Comunicação ainda tímida entre os integrantes da equipe
- Não há comprometimento das pessoas nem espírito de equipe
- Relacionamento superficial, curiosidade e apreensão
- Mistura de entusiasmo, receio e ansiedade
- Cortesia retraída
Ações do gestor e líder
A seguir apresentamos algumas sugestões retiradas da experiência com grupos e da literatura especializada.
- Estilos de liderança mais utilizados: diretivo, orientador, agregador e educador
- Compartilhar informação sobre missão, visão e valores da equipe – a identidade da equipe, o objetivo comum da equipe
- Aprovar os princípios básicos de desempenho e conduta, regras de convivência, acordo de equipe
- Estabelecer metas claras para toda a equipe e individuais
- Mostrar o “porque”, o “para que” e a importância da área e do trabalho realizado para a organização como um todo
- Esclarecer o que se espera da equipe, do ponto de visa de equipe, desempenho e resultados
- Perguntar o que a equipe espera de um gestor/líder
- Informar os procedimentos, processos e ações de gerenciamento para gerir o desempenho da equipe
- Promover reuniões constantes para alinhamento
- Promover uma comunicação aberta e em dois sentidos
- Encorajar a abertura na equipe
- Realizar eventos fora do ambiente de trabalho para melhorar as relações interpessoais e integrar
- Facilitar o aprendizado das atividades através de diferentes abordagens e métodos
- Propiciar momentos para compartilhar informações, experiências e conhecimentos
- Mantem os membros centrados nos temas chave
- Estabelecer os apoios necessários para realização das atividades dentro da própria equipe ou diretamente com o gestor
- Promover a capacitação de competências técnicas essenciais para a função e as comportamentais para o trabalho em equipe
- Criar contextos capacitantes
- Incentivar a troca de conhecimento e a colaboração entre os integrantes
2º. Estágio - Turbulência/Explosão/Frustração
Nesta etapa os integrantes descem à realidade e começam a liberar-se de suas couraças e a mostrar-se como são, começam as lutas pelo poder, as diferenças de opiniões, os contrastes entre distintas personalidades e isto gera conflitos.
Com relação ao trabalho, também se manifesta essa insatisfação, as atividades podem ser percebidas como irrealizáveis e mais complexas do que realmente são, a ilusão dos primeiros momentos acaba.
Superar esta etapa é a chave para conseguir a produtividade da equipe. Mas é importante lembrar, que é também a etapa na que se semeia a criatividade e valorização das diferenças. É uma das etapas da jornada para a produtividade e a eficácia do trabalho em equipe.
Outras características são:
- Possível hostilidade ou excesso de zelo/formalidade
- Contatos pessoais podem causar atritos, gerando conflitos e ataques
- Confronto com o líder/responsável e manifestações de resistências e/ou desistências; perguntas e testes para com o gestor; teste de limite de autoridade
- Formações de pequenos grupos, panelinhas e lideranças paralelas
- Resistência às tarefas, procrastinação e respostas emocionais aos desafios da tarefa
- Questionamento do conhecimento do outro de forma improdutiva e não contributiva
- Foco nas relações interpessoais da equipe
- Falta de confiança no trabalho do outro
- Execução de trabalho variável e mediana
Ações do gestor e líder
A seguir apresentamos algumas sugestões retiradas da experiência com grupos e da literatura especializada.
- Estilos de liderança mais utilizados: diretivo, confiável, agregador e educador
- Encorajar a solução conjunta dos problemas
- Gerar discussões com argumentos consistentes, gerando aprendizado
- Atuar assertivamente: posicionando-se com firmeza e leveza, segurança e abertura
- Estimular a expressão de opiniões diferentes
- Disseminar o conhecimento e sua aplicação prática
- Reforçar a capacidade de cada um e continuar promovendo a capacitação técnica e comportamental
- Compartilhar responsabilidades com a equipe
- Encorajar o feedback
- Promover reuniões regulares tanto com foco em gestão operacional como em gestão de pessoas e de equipe
- Provocar a flexibilização e aceitação das diferenças com ideias novas ou não familiares
- Instigar a equipe a apresentar alternativas para a tomada de decisão
- Instigar a equipe a buscar processos que facilitem e estimulem a geração de diferentes perspectivas
- Incentivar o apoio entre os integrantes da equipe
- Utilizar e ensinar técnicas de mediação de conflito e negociação
- Tirar o foco dos integrantes da esfera pessoal e redirecioná-lo para o objetivo maior da equipe – o objetivo comum
- Criar contextos capacitantes
- Estabelecer nas reuniões de foco técnico e de estudo o método “cumbuca”
- Questionar construtivamente, de forma a produzir aprendizagem, conscientização e percepção ativa
- Celebrar as conquistas e vitórias da equipe
- Estabelecer ações de reconhecimento da equipe
3º. Estágio de Normatização/Resolução
Através das ações adequadas do gestor para lidar com o 2º. Estágio, as discrepâncias interpessoais começam a resolver, os sentimentos se equilibram, os papéis de cada integrante da equipe vão se aclarando. Esta etapa é a ponte entre a insatisfação e a produtividade, o entusiasmo e a eficiência.
Na equipe aparece o “nós”. O aprendizado começa a solidificar e os resultados são mais consistentes, gerando um sentimento de satisfação. Os integrantes sentem-se bem porque começam a ganhar as batalhas juntos e superam algumas diferenças da etapa anterior.
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