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Estágios de Desenvolvimento de Uma Equipe

Por:   •  19/11/2019  •  Artigo  •  1.914 Palavras (8 Páginas)  •  227 Visualizações

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Estágios de desenvolvimento de uma equipe

1º. Estágio - Formação/Orientação

Ao começo da formação da equipe os integrantes se sentem preocupadas com o seu papel na equipe, se perguntam se estarão a altura, se se encaixarão na equipe, se as atividades que terão que realizar são adequadas a suas capacidades, etc. Isso gera certa desconfiança, os integrantes se relacionam com os demais com simpatia mas com uma couraça de proteção, não se mostram tal e como são senão como querem que os outros as considerem, percebam.

Nesta fase de construção da equipe os integrantes sentem necessidade de saber o que devem fazer, como, onde, quando, a quem se reportar etc., caso contrário, o sentimento da maioria é de desorientação.

O nível de motivação é alto, existe entusiasmo por pertencer a equipe e as expectativas com respeito a seus resultados e suas relações são altas. Algumas outras caracterísitcas são:

  • Necessidade de conhecer o outro
  • Descoberta do que é aceitável pela equipe
  • Expectativa de metas e regras básicas
  • Comunicação ainda tímida entre os integrantes da equipe
  • Não há comprometimento das pessoas nem espírito de equipe
  • Relacionamento superficial, curiosidade e apreensão
  • Mistura de entusiasmo, receio e ansiedade
  • Cortesia retraída

Ações do gestor e líder

A seguir apresentamos algumas sugestões retiradas da experiência com grupos e da literatura especializada.

  • Estilos  de liderança mais utilizados: diretivo, orientador, agregador e educador
  • Compartilhar informação sobre missão, visão e valores da equipe – a identidade da equipe, o objetivo comum da equipe
  • Aprovar os princípios básicos de desempenho e conduta, regras de convivência, acordo de equipe
  • Estabelecer metas claras para toda a equipe e individuais
  • Mostrar o “porque”, o “para que” e a importância da área e do trabalho realizado para a organização como um todo
  • Esclarecer o que se espera da equipe, do ponto de visa de equipe, desempenho e resultados
  • Perguntar o que a equipe espera de um gestor/líder

  • Informar os procedimentos, processos e ações de gerenciamento para gerir o desempenho da equipe
  • Promover reuniões constantes para alinhamento
  • Promover uma comunicação aberta e em dois sentidos
  • Encorajar a abertura na equipe
  • Realizar eventos fora do ambiente de trabalho para melhorar as relações interpessoais e integrar
  • Facilitar o aprendizado das atividades através de diferentes abordagens e métodos
  • Propiciar momentos para compartilhar informações, experiências e conhecimentos
  • Mantem os membros centrados nos temas chave
  • Estabelecer os apoios necessários para realização das atividades dentro da própria equipe ou diretamente com o gestor
  • Promover a capacitação de competências técnicas essenciais para a função e as comportamentais para o trabalho em equipe
  • Criar contextos capacitantes
  • Incentivar a troca de conhecimento e a colaboração entre os integrantes

2º. Estágio - Turbulência/Explosão/Frustração

Nesta etapa os integrantes descem à realidade e começam a liberar-se de suas couraças e a mostrar-se como são, começam as lutas pelo poder, as diferenças de opiniões, os contrastes entre distintas personalidades e isto gera conflitos.

Com relação ao trabalho, também se manifesta essa insatisfação, as atividades podem ser percebidas como irrealizáveis e mais complexas do que realmente são, a ilusão dos primeiros momentos acaba.

Superar esta etapa é a chave para conseguir a produtividade da equipe. Mas é importante lembrar, que é também a etapa na que se semeia a criatividade e valorização das diferenças. É uma das etapas da jornada para a produtividade e a eficácia do trabalho em equipe.

Outras características são:

  • Possível hostilidade ou excesso de zelo/formalidade
  • Contatos pessoais podem causar atritos, gerando conflitos e ataques
  • Confronto com o líder/responsável e manifestações de resistências e/ou desistências; perguntas e testes para com o gestor; teste de limite de autoridade
  • Formações de pequenos grupos, panelinhas e lideranças paralelas
  • Resistência às tarefas, procrastinação e respostas emocionais aos desafios da tarefa
  • Questionamento do conhecimento do outro de forma improdutiva e não contributiva
  • Foco nas relações interpessoais da equipe
  • Falta de confiança no trabalho do outro
  • Execução de trabalho variável e mediana

Ações do gestor e líder

A seguir apresentamos algumas sugestões retiradas da experiência com grupos e da literatura especializada.

  • Estilos  de liderança mais utilizados: diretivo, confiável, agregador e educador
  • Encorajar a solução conjunta dos problemas
  • Gerar discussões com argumentos consistentes, gerando aprendizado
  • Atuar assertivamente: posicionando-se com firmeza e leveza, segurança e abertura
  • Estimular a expressão de opiniões diferentes
  • Disseminar o conhecimento e sua aplicação prática
  • Reforçar a capacidade de cada um e continuar promovendo a capacitação técnica e comportamental
  • Compartilhar responsabilidades com a equipe
  • Encorajar o feedback
  • Promover reuniões regulares tanto com foco em gestão operacional como em gestão de pessoas e de equipe
  • Provocar a flexibilização e aceitação das diferenças com ideias novas ou não familiares
  • Instigar a equipe a apresentar alternativas para a tomada de decisão
  • Instigar a equipe a buscar processos que facilitem e estimulem a geração de diferentes perspectivas
  • Incentivar o apoio entre os integrantes da equipe
  • Utilizar e ensinar técnicas de mediação de conflito e negociação
  • Tirar o foco dos integrantes da esfera pessoal e redirecioná-lo para o objetivo maior da equipe – o objetivo comum
  • Criar contextos capacitantes
  • Estabelecer nas reuniões de foco técnico e de estudo o método “cumbuca”
  • Questionar construtivamente, de forma a produzir aprendizagem, conscientização e percepção ativa
  • Celebrar as conquistas e vitórias da equipe
  • Estabelecer ações de reconhecimento da equipe

3º. Estágio de Normatização/Resolução

Através das ações adequadas do gestor para lidar com o 2º. Estágio, as discrepâncias interpessoais começam a resolver, os sentimentos se equilibram, os papéis de cada integrante da equipe vão se aclarando. Esta etapa é a ponte entre a insatisfação e a produtividade, o entusiasmo e a eficiência.

Na equipe aparece o “nós”. O aprendizado começa a solidificar e os resultados são mais consistentes, gerando um sentimento de satisfação. Os integrantes sentem-se bem porque começam a ganhar as batalhas juntos e superam algumas diferenças da etapa anterior.

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