Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas Departamento de Administração

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Universidade de Brasília

Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas Departamento de Administração

Luis Guilherme Pereira Araújo

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Oferta e Demanda: estimativa das curvas, elasticidade e aplicações ao mundo real

Brasília – DF, 2021

1. INTRODUÇÃO

Uma das melhores maneiras de perceber a relevância da economia é compreender os fundamentos de oferta e demanda, que são as duas forças que garantem o funcionamento de um mercado, determinando preços e a quantidade de produtos oferecidos. Criada por Adam Smith ainda na economia clássica, é uma concepção econômica que relaciona a determinação do preço de um produto com sua demanda e oferta no mercado. O termo oferta se refere à quantidade disponível de um produto, ou seja, aquela que as empresas querem ou podem vender. Já a demanda é a quantidade que os consumidores querem ou podem adquirir desse produto, ou seja, sua procura. Segundo Pindyck e Rubinfeld (2013), a análise da oferta e da demanda é uma ferramenta essencial e poderosa que pode ser aplicada a uma ampla variedade de questões interessantes e importantes. Dentre elas, podemos expor:

Compreensão/Previsão	A oferta e demanda ilustra como as variações nas condições econômicas mundiais podem afetar o preço de mercado e a produção.
Avaliação	Avalia os impactos dos controles governamentais de preços, do salário mínimo, de sustentação de preços e dos incentivos à produção
Determinação	Define como os impostos, os subsídios, as tarifas e as cotas de importação afetam consumidores e produtores.

Portanto, o modelo básico de oferta e de demanda, de acordo com Pindyck e Rubinfeld (2013) é o instrumento-chave da microeconomia. Ele nos auxilia a entender por que e como os preços mudam e o que ocorre quando o governo interfere em um mercado. O modelo de oferta e de demanda combina dois conceitos importantes: a curva de oferta e a curva de demanda. É importante entender precisamente o que essas duas curvas representam.

1. DESENVOLVIMENTO

1. Curva de Oferta

Graficamente, a oferta é uma curva de inclinação positiva, ou seja, crescente. Ela associa a quantidade de mercadorias utilizadas no mercado ao preço que a mercadoria recebe por eles. Quanto maior for o preço, maior será a quantidade de mercadorias que os vendedores estarão dispostos a ofertar. Segundo Pindyck e Rubinfeld (2013), a disposição dessa curva no gráfico pode ser abalada por outros fatores, como por exemplo, por custo de produção. Custos menores podem provocar os produtores a ofertar mais produtos, ainda que seu preço no mercado continue o mesmo.

A curva denominada com “CMg” no gráfico Curva de Oferta descreve isso. O eixo vertical do gráfico ilustra o preço do produto, “P”, unidade em reais. Esse é o preço que os vendedores embolsam por certa quantidade ofertada. O eixo horizontal demonstra a quantidade total ofertada, “Q”, mensurada em unidades por tempo. A curva de oferta, portanto, é uma relação entre a quantidade ofertada e o preço. Podemos traçar tal relação através de uma equação:

Qcmg = Qcmg (P)

Podemos representá-la graficamente, através do gráfico “Curva de Oferta”:

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(Fonte: ResearchGate – curva oferta)

1. Curva de Demanda

A curva de demanda associa o entusiasmo dos consumidores para adquirir com o preço de venda do produto. Essa curva tem uma inclinação negativa (decrescente), de fato quanto maior for o preço do produto, menos o consumidor estará inclinado a comprar. Alterações na vontade do consumidor, a emersão de concorrentes e a mudança da renda da população são capazes de modificar essa relação. Por exemplo, se os cidadãos estão com maior poder de compra, os consumidores poderão ampliar a caça por certo produto, mesmo que o preço não tenha sido alterado. Para Pindyck e Rubinfeld (2013), claramente a quantidade de um produto que os consumidores estão sujeitos a adquirir pode resultar de outros fatores, claro além do respectivo preço. Especialmente a renda é considerável. Através de rendas elevadas, os consumidores são capazes de gastar mais em qualquer dos produtos à disposição

Graficamente a curva da demanda ilustra a quantidade que os consumidores estão predispostos a comprar à altura que o preço unitário se altera. Escrevemos essa associação entre a quantidade demandada e os preços como uma equação:

QD = QD(P)

Repare que a curva de demanda no gráfico, caracterizada por D, é descendente. Os consumidores em geral, estão determinados a adquirir quantidades maiores caso o preço esteja mais baixo. Podemos retratá-la graficamente, através do gráfico “Curva da Demanda”:

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(Fonte: ResearchGate – curva demanda)

1. Ponto de Equilíbrio de Oferta e Demanda

O ponto do gráfico onde a curva da oferta e a curva da procura se cortam é designado de ponto de estabilidade. Ele aponta o custo que o produto necessita ter para que sua oferta no mercado seja igual à sua procura. Quando se conquista o equilíbrio de mercado, não existe nem excesso nem escassez de produto, e a tendência é de que haja uma fixação de preços. Essa fixação, contudo, pode ser abalada caso surjam fatores externos, como novos concorrentes, uma crise econômica ou novas tecnologias. A modificação no mercado irá, então, mover seu ponto de equilíbrio. Para alcançá-lo novamente, o preço do produto terá de subir ou descer, seguindo o movimento da oferta e da procura.

Como ambos os gráficos para as curvas de demanda e de oferta têm o preço no eixo vertical e a quantidade no eixo horizontal, a curva da demanda e a da oferta para um determinado bem ou serviço podem aparecer no mesmo gráfico. Juntas, demanda e oferta determinam o preço e a quantidade que será comprada e vendida em um mercado. Em microeconomia a relação entre a oferta e a demanda é representada por um gráfico onde existe um único ponto de encontro conhecido como ponto de equilíbrio:[pic 4]

(Fonte: Dicionário financeiro)