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Fichamento Empreendedorismo Institucional na Emergência do Campo de Políticas Públicas

Por:   •  28/3/2017  •  Bibliografia  •  586 Palavras (3 Páginas)  •  291 Visualizações

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Fichamento do artigo: Empreendedorismo institucional na emergência do campo de políticas públicas

Análise do surgimento do HIV/AIDS no contexto das políticas públicas no Brasil observando os atores envolvidos, suas posições e os recursos utilizados para a criação de novas lógicas institucionais. Ao examinar as relações de poder, que existem no processo de criação da política brasileira de HIV/AIDS que resultou de esforços pioneiros de um amplo aspecto de diferentes grupos e movimentos sociais, no decorrer do processo no interior do campo, é possível constatar que a posição ocupada pelos atores interfere nas suas formas de ação empreendedora. A principal conclusão dos autores está em apontar as possibilidades de ação empreendedora dos atores periféricos em um campo, e a necessidade de melhor qualificação da ação social empreendedora, que inclui detalhar estratégias utilizadas pelos atores, diferenciando-as a partir das posições que ocupam dos diferentes estágios do processo de mudança.

Conceitos:

Empreendedorismo institucional em um campo em emergência

Campo:

1. É um lugar onde uma luta competitiva entre atores se dá em torno de interesses específicos que são representativos da sua área;

2. O espaço onde valores inerentes e princípios regulatórios são estabelecidos

3. São criados, ou pelo menos tomam grande impulso, por atores particularmente importantes, que, com uma perspectiva “heterodoxa” do mundo, estabelecem novos conteúdos e novas relações de poder com os demais atores.

4. Seu surgimento e reorganização, inicialmente recai sobre pressões exógenas, como mudanças tecnológicas, regulatórias e descontinuidades competitivas.

A posição dos atores no campo é estabelecida de forma relacional, regida pela maior ou menor quantidade de poder que cada um detém. É esse poder que torna ou não legítimos idéias, comportamentos, valores e posturas.

Agentes ortodoxos (dominantes) tendem a criar uma série de instituições e mecanismos que asseguram sua dominação (rituais, cerimônias, títulos, certificados, etc.). Possuem, em geral, poder suficiente para forçar mudanças, mas é improvável que iniciem resultados empreendedores, uma vez que se beneficiam de suas posições no campo. Ainda sim, eles se engajam em ações empreendedoras quando visam modificar práticas para manter ou fortalecer suas posições.

Agentes heterodoxos (desafiantes) tendem a mostrar que estão descontentes com o status quo, valendo-se de estratégias que subvertem a distribuição de poder dentro do campo (as chamadas heresias), as quais implicam um contínuo confronto com a ortodoxia. Têm mais incentivos para desafiar e criar novas práticas, embora tenham dificuldades para produzir essas mudanças, uma vez que o acesso é limitado as posições que lhes permitem exercer agência.

Dominantes e desafiantes matêm uma relação de conivência, sendo simultaneamente adversários e cúmplices, onde essa relação de antagonismo garante a legitimidade do campo.

Empreendedor institucional refere-se à atividade de atores que possuem interesses em determinados arranjos institucionais e que

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