Fichamento Introdução a Filosofia
Por: Karina Marques • 18/9/2022 • Trabalho acadêmico • 1.353 Palavras (6 Páginas) • 128 Visualizações
REFERÊNCIA: CHAUI, Marilena, Capitulo 5, Iniciação a filosofia: ensino médio, volume único/ Marilena Chaui. - 2.ed. - São Paulo: Ática, 2013.
Principais períodos da história da filosofia
No início do capítulo 5 (página 50), diz que a filosofia incorpora novas questões e enfrenta outros desafios a partir do declínio do Império Romano, desde esse período até nos dias atuais a filosofia continuou a se modificar. Essas mudanças foram esperadas até porque a filosofia esta e faz parte na história com as criações e instituições humanas.
A filosofia na história
A filosofia tem uma história: as respostas, soluções e novas perguntas que os filósofos de uma época oferecem ou tornam-se saberes adquiridos que outros filósofos prosseguem, ou frequentemente tonam-se novos problemas que outros filósofos tentam resolver. As transformações nos modos de conhecer e ampliar os campos de investigação da filosofia, fazendo surgir novas disciplinas filosóficas.
Os principais períodos da filosofia
A filosofia costuma a ser apresentada em grandes períodos, ou seja, os períodos que os historiadores dividem a história da sociedade ocidental.
- Filosofia antiga (século VI a.C. ao século VI d.C.): percebe-se os quatro grandes períodos da filosofia greco-romana, indo do período pré-socrático ao helenístico, vistos no capítulo anterior.
- Filosofia patrística (do século I ao século VII): foi chamado de patrística esse período pois, foi obra de dois apóstolos Paulo e João e também dos chamados padres da Igreja católica que foram os primeiros dirigentes espirituais e políticos do cristianismo. O cristianismo segundo os pensamentos dos gregos foi como uma “conciliação” para ser possível a convencer os pagãos da nova verdade e convertê-los. Seus nomes mais importantes foram Justino, Tertuliano, Orígenes, Clemente, Eusébio, Santo Ambrósio, São Gregório Nazianzo, São João Crisóstomo, Santo Agostinho e Boécio.
O grande tema da filosofia patrísticas é o da possibilidade ou impossibilidade de conciliar a razão com a fé, havia três posições principais: (página 52)
- Os que julgam fé e razão irreconciliáveis e a fé superior à razão. “Creio porque absurdo”
- Os que julgavam a fé e razão conciliáveis, mas subordinavam a razão à fé. “Creio para compreender”
- Os que julgam razão e fé irreconciliáveis, mas afirmavam que cada uma delas tem seu campo próprio de conhecimento e não devem se misturar.
Filosofia medieval (do século VIII ao século XIV)
É um período em que a Igreja romana dominava a Europa, ungia e coroava reis, organizava cruzadas a chamada Terra Santa e criava, á volta das catedrais, as primeiras universidades ou escolas. Abrange pensadores europeus, muçulmanos e judeus. A filosofia medieval é conhecida também pelo nome escolástica e teve como influências principais Platão e Aristóteles.
Tendo e discutindo os mesmos problemas que a patrística, a filosofia medieval acrescentou outros. Surgiu a filosofia cristã que é uma teologia fundada na nova fé dominante no Ocidente. Alguns de seus temas são:(página 53), a diferença e separação entre infinito (Deus) e finito (homem, mundo); a diferença entre razão e fé; a diferença e separação entre corpo e alma; o Universo como uma hierarquia de seres, pela qual os superiores dominam e governam os inferiores; a subordinação do poder temporal dos reis e nobres ao poder espiritual de papas e bispos.
Nessa época muitos se dedicam a recuperar obras de autores e artistas gregos e romanos e a emita-los. São três grandes linhas de pensamento que predominavam na Renascença:
- Aquela proveniente da leitura de três diálogos de Platão, das obras dos filósofos neoplatônicos e da descoberta do conjunto dos livros de hermetismo ou de magia natural. Que se supunha terem vindo do Egito, escritos séculos antes de Moisés e de Platão.
- Aquela originária dos pensadores florentinos que valorizavam a vida ativa, ou seja, política e defendiam a liberdade das cidades italianas contra o poderio dos papas e dos imperadores.
- Aquela que propunha o ideal do homem como artífice de seu próprio destino, tanto por meio dos conhecimentos como por meio da política, das técnicas e das artes.
“Essas três linhas de pensamento explicam por que se costuma falar no humanismo como traço predominante da Renascença, uma vez que nelas o homem é colocado como centro do Universo, defendido em sua liberdade e em seu poder criador e transformador”.
Filosofia moderna (do século XVII a meados do século XVIII)
(Página 54) Nesse período conhecido como o Grande Racionalismo Clássico, foi preciso enfrentar um ambiente de pessimismo teórico.
Para restaurar o ideal filosófico da possibilidade do conhecimento racional verdadeiro e universal, a filosofia moderna propõe três mudanças teóricas principais:
1 - O surgimento do sujeito do conhecimento: a filosofia, em lugar de começar por conhecer a natureza ou Deus, começa indagando qual é a capacidade da razão humana para conhecer e demonstrar a verdade dos conhecimentos. Em outras palavras, em vez de começar pelas coisas a serem conhecidas, sobre as quais só cabem dúvidas e desconfiança, a filosofia começa pela reflexão.
Por isso, para vencer o ceticismo, a filosofia precisa responder as perguntas: como o intelecto pode conhecer o que é diferente dele? Como o espírito pode conhecer os objetos corporais, o seu próprio corpo e os demais corpos da natureza?
2- A resposta a essas perguntas constituiu a segunda grande mudança teórica, que diz respeito ao objeto do conhecimento. Para os modernos, as coisas exteriores são conhecidas quando o sujeito do conhecimento as representa intelectualmente, ou seja, quando as apreende como ideias que dependem apenas das operações cognitivas realizadas pelo próprio sujeito.
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