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Fichamento de filosofia sobre o livro O Príncipe – De Nicolau Maquiavel

Por:   •  17/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.636 Palavras (15 Páginas)  •  329 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

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Lucas Assunção de Oliveira

    Fichamento de filosofia sobre o livro O Príncipe – De Nicolau Maquiavel

Professor: Carlos

                   1º Semestre Direito Integral 2019

Ao escrever O Príncipe, Maquiavel desejava guiar os governantes, alertando-os sobre as armadilhas da selva política. Seu livro é um manual de auto-preservação para líderes mundiais. A obra-prima de Maquiavel pode ser considerada um guia de conselhos para governantes.

No primeiro capítulo Maquiavel ele disserta sobre quantas tipos de espécies são os principados e de que modo se adquirem, como claro na obra os principados podiam ser adquidos por merecimento ou por domínio, aonde os interesses vinham muitas vezes a tona por parte da população, Maquiavel já dizia: “Os principados ou são hereditários e seu senhor é príncipe pelo sangue, de longa data, ou são novos”.

No capitulo II verifica-se que como demonstrado os governo ligado as heranças consanguínea, apresenta várias dificuldades de se conservar, visto que deve manter o proceder do anterior e ter que tolerar muito ao surgir novos obstáculos, não obstante, é de fácil percepção que sempre haverá resquícios de governos anteriores, uma vez que as características tendem a se manter com o passar dos governos hereditários.

O III, o autor explica sobre os principados mistos e avisa que para manterem os mesmos é necessário medidas drásticas, tais como até mesmo a extinção da linhagem do antigo governante, juntamente com a arrecadação de impostos e manter as leis anteriores. O mais indicado é o governante ir para o local e morar, pois as dificuldades serão grandes e estando próximo é mais fácil identificar o mal e cortá-lo pela raiz, uma vez que estando longe não se destacaria tal mal rapidamente, estando exposto a perca do poder mais rapidamente.  Destarte Maquiavel diz “quando se conquista, porém, província de línguas, costumes e legislação diferente, principiam então as dificuldades, fazendo-se necessário uma grande habilidade e fortuna para mantê-la”. O governante deve eliminar os opositores que se tornarem forte dentro de sua província, deve haver o cuidado de não permitir que adquiram eles muito poder e muita autoridade, podendo o conquistador, facilmente, com suas forças e com o apoio dos mesmos, abater aqueles que ainda estejam fortes, para tornar-se senhor absoluto daquela província, quem não seguir essas regras certamente terá muitos entraves e aborrecimentos. Um príncipe inteligente não deve somente vigiar e ter cuidado com as desordens presentes mas também com as futuras, evitando-as com toda a cautela porque, previstas a tempo, facilmente se lhes pode opor corretivo; mas, esperando que se avizinhem, o remédio não chega a tempo, e o mal já então se tornou incurável. Maquiavel compara até com o diagnóstico médico da tuberculose: “no princípio é fácil a cura e difícil o diagnóstico, mas com o decorrer do tempo, se a enfermidade não foi conhecida nem tratada, torna-se fácil o diagnóstico e difícil a cura”. Já o IV  destaca o que já foi supracitado, Alexandre  Maggno  morreu  pouco  depois de ter conquistado o reino de Dario, porém a população não se revoltou a seus sucessores pela razão de que se extinguiram o sangue de seus antigos dominadores.

V- Quando aqueles Estados que estão habituados a viver com a própria lei e sua forma de liberdade, é necessário que se pondere três modos de conserva-lo : o primeiro, arruiná-los; o outro, ir habitá-los pessoalmente; o terceiro, deixá-los viver com suas leis, arrecadando um tributo e criando em seu interior um governo de poucos, que se conservam amigos, porque, sendo esse governo criado por aquele príncipe, sabe que não pode permanecer sem sua amizade e seu poder, e há que fazer tudo por conservá-los. Portanto destaca “Contudo, nas repúblicas há mais vida, mais ódio, mais desejo de vingança; não deixam nem podem deixar esmaecer a lembrança da antiga liberdade: assim, o caminho mais seguro é destruí-las ou habitá-las pessoalmente”.

Já no sexto capítulo é destacado que o  homem prudente deve seguir sempre pelas sendas percorridas pelos que se tornaram grandes e imitar aqueles que foram excelentes, isto para que, não sendo possível chegar à virtude destes, pelo menos daí venha a auferir algum proveito, portanto seguindo-os obterá êxito ou caso não obtenha, algum proveito terá. Maquiavel destaca que alguns príncipes encontram dificuldades para conquistar, mas por suas virtudes fica fácil mantê-los.

CAPÍTULO VII DOS PRINCIPADOS NOVOS QUE SE CONQUISTAM COM AS ARMAS E FORTUNA DOS OUTROS- Aqueles que se tornam príncipes repentinamente com pouco labor e fadiga, apenas se transformam, terão grandes dificuldades de se manter no poder, visto que não possuem experiência nem pulso para governar, não podem ter raízes e estruturação perfeitas, de forma que a primeira adversidade os extingue, salvo aqueles virtuosos e capacitados, que são bem difícil de encontrar, posto que não são capacitados para manter sua posição

CAPÍTULO VIII DOS QUE CHEGARAM AO PRINCIPADO POR MEIO DE CRIMES-  Trata dos que chegaram ao poder pela maldade, por caminhos tortuosos e criminosos, dos piores modos possíveis , contrario a todas as leis humanas e divinas e acabam se tornando príncipes e se mantendo no poder mesmo com todas essas circunstâncias. Maquiavel destaca que tais príncipes apesar da dureza de seus atos é possível tomar medidas para se manter no governo, uma delas  é que o conquistador utilize de ofensas que se lhe tornem necessárias, fazendo-as todas a um tempo só para não precisar renová-las a cada dia e poder, assim, dar segurança aos homens e conquistá-los com benefícios, fazendo o mal de uma única vez, ao passo que os benefícios devem ser feitos aos poucos, para que sejam melhor apreciados.

         CAPÍTULO IX DO PRINCIPADO CIVIL-O que chega ao principado com a ajuda dos grandes se mantém com mais dificuldade daquele que ascende ao posto com o apoio do povo, pois se encontra príncipe com muitos ao redor a lhe parecerem seus iguais e, por isso, não pode nem governar nem manobrar como entender. Já aqueles que ascende com o povo, é mais fácil de governar, uma vez que grande parte da “população” apoia o governante. Nicolau destaca que  para um príncipe é necessário ter o povo como amigo, pois, de outro modo, não terá possibilidades na adversidade. O Príncipe que possui um poder absoluto ou governam com o intermédio de magistrado deve ter muito cuidado, pois é mais fácil de perder as rédias do governo, visto que o povo tem mais contato com eles e recebem ordens todos os dias. Contudo, um príncipe hábil deve pensar na maneira pela qual possa fazer com que os seus cidadãos sempre e em qualquer circunstância tenham necessidade do Estado e dele mesmo, e estes, então, sempre lhe serão fiéis.

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