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GESTÃO DE RISCO ERGONÔMICO NA JORNADA DE TRABALHO NOTURNO

Por:   •  29/10/2018  •  Resenha  •  3.566 Palavras (15 Páginas)  •  377 Visualizações

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CASE – GESTÃO DE RISCO ERGONÔMICO NA JORNADA DE TRABALHO NOTURNO

Sobre a empresa

No ano de 1966, nascia a J. Mendes, mineradora fundada pelo empresário mineiro José Mendes Nogueira. Com seu escritório central localizado na cidade de Itaúna, Minas Gerais, com forte presença no setor minerário e, ao longo de sua trajetória, investiu na diversificação dos negócios, expandindo suas atividades.

O grupo J. Mendes atua na extração, beneficiamento, concentração e comercialização de minério de ferro, por meio da Ferro + Mineração S.A, nas cidades de Ouro Preto e Congonhas, juntamente com a mais recente mina da JMN Mineração S.A., situada nos municípios de Desterro de Entre Rios e Piracema, também atuando no setor logístico, com participação no Terminal de Cargas Murtinho, da ferrovia SCOF, em Joaquim Murtinho.

Os constantes investimentos em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento colocam a J. Mendes entre as mais reconhecidas mineradoras do Brasil. Esse posicionamento capacita a organização para atuar no mercado mundial e dar continuidade a processos de expansão de suas atividades e crescimento de seu market share. Desde sua fundação, a J. Mendes preza por uma gestão corporativa responsável e ética, fundamentada no respeito às pessoas e ao meio ambiente, comprometida, sobretudo, com o progresso do País.

A Ferro+ Mineração S/A se encontra em atividade desde 2007, estando localizada nos municípios mineiros de Congonhas e Ouro Preto, pertencente ao quadrilátero ferrífero de Minas Gerais, com foco na extração, beneficiamento e comercialização de minério de ferro. Inscrita sob o CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas: 07.10-3-01 – Extração de minério de ferro com correspondente grau de risco 04, conta atualmente com um efetivo de cerca de 435 colaboradores.

A mina possui capacidade de produtividade de 2,5 mil toneladas, com alto padrão de qualidade, sendo reconhecida pela excelência de seus processos e pela busca constante do máximo desempenho. O minério de ferro da mina tem comprovada diferenciação, evidenciada pelo fato de toda sua da produção ser vendida para renomadas empresas como a Vale e a CSN – Companhia Siderúrgica Nacional.

O capital humano se apresenta como parte essencial da estratégia do grupo J. Mendes, que acredita que o conjunto formado por capacidade, conhecimento, competência e personalidade favorece a realização de todo e qualquer trabalho. Para a empresa, as pessoas são ativos de valor, que determinam o nível de eficiência dos negócios e formam a reputação de qualquer empreendimento. Diante disso, a J. Mendes aposta em seus colaboradores e investe continuamente em desenvolvimento humano.

A justificativa

O estresse laboral pode ser compreendido como um fenômeno subjetivo que se expressa através do reconhecimento das pessoas a respeito de sua inabilidade de lidar com as demandas das situações de trabalho. O Estresse, aliado a outros fatores internos ou externos, se torna capaz de produzir uma série de consequências onerosas e debilitantes, afetando tanto os colaboradores quanto as organizações. Diversos aspectos psicossociais e organizacionais do trabalho vêm sendo associados com uma grande variedade de efeitos adversos relacionados a saúde dos trabalhadores, onde se pode considerar os problemas cardiovasculares, transtornos mentais, lesões musculoesqueléticas e a fadiga.

Particularmente, a fadiga e a ansiedade estão entre as consequências e alterações fisiológicas e psicológicas mais comumente relacionadas ao estresse ocupacional em trabalhadores. Essas consequências podem variar entre os indivíduos conforme o gênero, o tipo do trabalho e as características individuais.

A fadiga muscular pode ser definida como a incapacidade na manutenção de um nível esperado de força, tem sido amplamente investigada nas áreas laborais. Compreender os mecanismos que envolvem a regulação da contração muscular sob condições de fadiga é de fundamental importância, na medida em que é desencadeada por uma série de fatores, tais como o tipo de músculo envolvido, duração da contração, nível de sobrecarga e tipo de tarefa executada

Assim, mediante as justificativas apresentadas acima e os fatos que antecederam e contribuíram para a elaboração e implantação do PGEF - Programa de Gestão de Estresse e Fadiga, se torna relevante apresentar o case de sucesso do colaborador J. R. C.

Em outubro de 2014 o referido colaborador veio a sofrer um acidente de trabalho por volta das 05:00 horas da manhã, onde ao voltar com o caminhão carregado de material enquanto descia a pista principal em direção ao Room, cochilou, e ao acordar assustou-se e direcionou o caminhão a outra pista da direita, perdendo o controle do veículo, e posteriormente subiu a leira, provocando o tombamento do caminhão.

Como práticas de procedimento interno da empresa e do setor de medicina e segurança do trabalho, o mesmo foi encaminhado para avaliação do Médico do trabalho e em seguida foi realizada a apuração e análise do acidente. Na apuração, a causa fundamental do ocorrido foi diagnosticada como a fadiga, que ocasionou o cochilo durante a operação do equipamento, pois de acordo com relatos do colaborador, o mesmo não havia descansado corretamente no dia anterior, ficou grande período sem se alimentar e não utilizou o direito de recusa a tarefa. Como conclusão da comissão de apuração do acidente, verificou-se a necessidade da implementação de um plano de gestão de estresse e fadiga que vise a atender as necessidades individuais de cada colaborador.

Diante do ocorrido, a Ferro+ Mineração S/A, iniciou em janeiro de 2015 a aplicação do PGEF devido as condições especificas em que eram realizados os trabalhos (sono/vigília), tendo como foco inicial os colaboradores do primeiro turno (23:20 às 07:20 horas). Atualmente o programa abrange todos os turnos da empresa, onde foi possível desenvolver um trabalho multidisciplinar entre as áreas de psicologia, serviço social, medicina do trabalho, segurança do trabalho, gerências e superintendência.

O PGEF foi instituído através das iniciativas da Ferro+ Mineração S/A, no campo da saúde e segurança do trabalhador e tem como objetivos: avaliar e minimizar através de um plano de ação os índices de estresse e fadiga muscular e cognitiva de todos os funcionários da empresa, assim como os fatores/prováveis efeitos negativos que agravam esse quadro no ambiente laboral e familiar.

O contexto principal

Na primeira quinzena de outubro de 2014, dentro das dependências da empresa Ferro+ Mineração S/A, de acordo

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