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GESTÃO DE RISCOS NAS ORGANIZAÇÕES PRIVADAS

Por:   •  1/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  5.365 Palavras (22 Páginas)  •  220 Visualizações

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Aluno: Rodrigo Oliveira Silva

RESUMO

GESTÃO DE RISCOS NAS ORGANIZAÇÕES PRIVADAS

No passado, a gestão de riscos era destinada a dar suporte ao Administrador para avaliação de uma determinada situação como, por exemplo, riscos operacionais provenientes do ambiente interno. Não haviam profissionais especializados bem como um departamento dedicado a identificação e classificação para eliminação de riscos, a intenção era atuar à medida que as perdas ocorriam.

Atualmente, é tratada pelo preceito de uma atividade continuada e preventiva tendo em vista o dinamismo e a competitividade impostos pelas transformações que ocorrem no ambiente de trabalho. Desta forma, a auditoria, implantação e mapeamento do ambiente de controles internos com o objetivo de identificar, classificar e mitigar as ameaças propondo soluções que agreguem valor à organização tornaram-se essenciais.

Embora a gestão de riscos tenha amadurecido nas organizações privadas, existe muito a ser desenvolvido. Ainda não há uma completa integração da gestão de riscos entre os níveis estratégico e operacional se restringindo apenas ao primeiro, englobada nas práticas de governança corporativa (políticas e processos de negócios) geridas pelos Conselhos de Administração e Fiscal; é necessário ampliar ainda mais a análise de riscos e considerar também o efeito dos aspectos comportamentais. Portanto, reduzir as incertezas do negócio através do monitoramento constante e atuação nas causas possíveis serão as principais ações que tornarão as organizações privadas menos suscetíveis a perdas de patrimônio deste século em diante.

CAP. 1 – CONCEITO - GESTÃO DE RISCOS

O assunto gestão de riscos embora pouco difundido em outros segmentos que não o bancário, este “que está em um grau de desenvolvimento acima dos demais impulsionado principalmente pelas regulamentações e leis específicas”. SANTOS, Carlos Eduardo. Prevenção de Perdas e Gestão de Riscos. São Paulo: Sicurezza, 2007, depende de total apoio da alta administração não apenas pelo papel de promotor da cultura organizacional mas também pela importância das decisões estratégicas que produzem efeitos nos departamentos e procedimentos para este fim criados, além da correta implementação nos níveis tático e operacional atribuindo responsabilidades por toda a organização sendo estas incluídas nos descritivos funcionais sustentando o princípio da responsabilização e acessoriamente, avaliação do desempenho em relação a recompensa promovendo a eficiência operacional do topo ao chão de fábrica (Top Down). Sabendo que a conseqüência do risco é a perda e que, portanto, o risco vem antes da perda, prever interferências externas/internas que possam provocar prejuízo financeiro ou moral seja qual for a natureza, por exemplo, investimento, equipamento, pessoal (comportamento), mercado etc., é viabilizar o negócio atingindo uma vantagem sustentada em cada atividade individual e no conjunto de todas as atividades. Ao prevê-las, aumentasse a probabilidade de êxito e se reduz tanto a probabilidade de fracasso como a falta de certeza quanto a atingir os objetivos globais da organização.

O processo de gestão de riscos parte do princípio de apoiar o atingimento dos objetivos estratégicos da organização traduzindo ameaças em oportunidades para que as atividades futuras se desenvolvam de         forma consistente e controlada atuando não apenas em riscos físicos, mas também em utilização eficiente de capital e recursos na organização e proteção de sua imagem frente aos stakeholders. Em detalhes, os riscos são analisados identificando, descrevendo e estimando-os através de métodos e técnicas objetivando a criação de um perfil com sua classificação por importância e prioridade do(s) esforço(s) de tratamento permitindo que obtenha-se o nível de investimento para controle de risco que deve ser aumentado, diminuído ou mesmo redistribuído nas áreas. Permite também identificar o “dono” do risco e assegurar que lhe sejam direcionados os recursos necessários para prevenção e solução deste.

O processo de comparação de riscos traz a mesa os critérios definidos para a organização, sejam eles associados a custos, receitas fatores econômicos ou mesmo a imagem da empresa reportando ameaças/oportunidades e com isso, apoiando a tomada de decisão quando em relação a possibilidade de cada risco ser mitigado ou tido como aceitável.

Em seguida, após a decisão da alta direção, caso haja necessidade de mitigar ou modificar um risco, temos o processo de tratamento de riscos selecionando e implementando medidas de controle e diminuição dos riscos tendo como principais objetivos garantir processos internos efetivos e o cumprimento das leis e regulamentos instituídos. A efetividade do controle interno é medida pelo grau de redução ou eliminação do risco por meio das medidas propostas além de ser avaliado o fator custo x benefício.

Após atingir ou não (neste caso retorna-se a fase de tratamento de riscos) a meta para sanar ou reduzir o risco, através da comunicação interna, a área a qual este pertence deve ser informada bem como todos os envolvidos no processo de forma que passem a manter e propor melhorias. Ainda sobre comunicação de riscos, regularmente, as empresas precisam prestar contas aos stakeholders onde apresentam o resultado bem como as ameaças/oportunidades identificadas e tradadas de acordo com as políticas e objetivos estratégicos.

A etapa de monitoramento e revisão de processos, última parte do plano de gestão de riscos, necessita de uma estrutura que assegure a avaliação de riscos como efetiva e, que os métodos de controle e resposta implementados são adequados as atividades da organização e ainda os procedimentos são entendidos e aplicados. Para tal, auditorias regulares devem ser executadas tendo por pilar principal o alinhamento de normas e políticas a serem cumpridas.

As alterações implícitas a organização e ao ambiente no qual se insere devem ser mapeadas de forma que sejam efetuadas as mudanças necessárias no sistema adequando-se ao processo de monitoramento e revisão que visa determinar se as medidas adotadas atingiram os resultados pretendidos, os procedimentos utilizados e as informações recolhidas da avaliação são adequados e se um melhor nível de conhecimento poderia ter suportado melhores decisões e a identificar lições para futuras avaliações.

CAP. 2 – TEORIAS E CAPACITAÇÃO

I – O PAPEL DO GERENCIAMENTO DE RISCOS COMO FORMA DE PREVENÇÃO DE PERDAS

O fato de haver movimentação empresarial, seja para início de negócio ou renovação estratégica, claramente abre a possibilidade da ocorrência de situações que criam oportunidades e, também, geram ameaças a existência da empresa. O gerenciamento de riscos é cada vez mais associado a identificação destes aspectos e concentra-se na diminuição do dano quando relacionado ao lado negativo, por exemplo, nos campos de higiene e segurança.

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