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INOVAÇÕES INTERNAS ATRAVÉS DE AÇÕES DE ENDOMARKETING: ESTUDO DE CASO EM EMPRESAS NOS SEGMENTOS DE COMERCIO E SERVIÇO.

Por:   •  10/4/2016  •  Artigo  •  6.848 Palavras (28 Páginas)  •  493 Visualizações

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INOVAÇÕES INTERNAS ATRAVÉS DE AÇÕES DE ENDOMARKETING: ESTUDO DE CASO EM EMPRESAS NOS SEGMENTOS DE COMERCIO E SERVIÇO.

RESUMO

Este artigo tem como objetivo mostrar de que forma o endomarketing pode contribuir para que surjam inovações internas nas MPE´s. São descritas algumas considerações sobre o que é inovação e endomarketing. Foi realizado um estudo em quatro empresas e procurou-se identificar se as empresas realizam alguma ação de endomarketing explícita ou tácita por parte dos empresários. Em relação ao radar da inovação, correlacionou-se na dimensão ambiência inovadora. Os resultados obtidos indicam que parte das empresas possui boa estrutura de endomarketing, porém de forma tácita e outras não sabem e não realizam quase nenhum procedimento. Através do questionário de avaliação de ferramentas de endormaketing, juntamente com as observações feitas pelo método participante do Agente do Programa ALI – Agentes Locais de Inovação é concluído que as empresas A e B são as que promovem mais ações direcionadas aos colaboradores e possuem um ambiente mais propício à inovação com sua equipe. Foi identificado, também, que existem outras ferramentas de endomarketing que podem ser utilizadas e não são praticadas por nenhuma empresa, visto que se praticadas também podem contribuir para que haja inovações internas.

1. INTRODUÇÃO

1.1 Considerações Gerais

A dinâmica do mercado tem crescido bastante em tempos recentes devido às novas tecnologias de informação. Nessas condições, micro e pequenas empresas têm sofrido uma concorrência cada vez maior, tornando-se crescente a percepção sob a importância da inovação para a competitividade, visando a manter seus clientes fidelizados, obter novos tipos de clientes, novos mercados, soluções e alternativas para se destacar na sociedade. A necessidade de inovação na economia atual já é consenso entre todos os envolvidos em uma organização: empresas, fornecedores, clientes e até mesmo parceiros como universidades e o governo. Empreendedores e empresas que possuem comportamentos e atitudes inovadores se tornaram um dos aspectos mais elencados na economia, devido a seus resultados com impactos em nível de desenvolvimento e índices de crescimento e dinamicidade.

Campus (2007) comenta que inovação é indispensável para manter a empresa bem estruturada e crescente, Tidd et al. (2008) corrobora que ter capacidade de inovar representa uma grande vantagem competitiva para empresas que tendem a criar novidades em suas ofertas (produtos/serviços). Novos entrantes no mercado, a ameaça de produtos substitutos, disputas dos concorrentes já existentes, o poder de barganha dos clientes e dos fornecedores, são considerações que jamais devem ser ignorada por uma empresa, visto a importância do seu posicionamento num ambiente cada vez mais disputado. (ROXO, 2007).

Arruda e Barcelos (2009) apud Milagres (2008) mencionam que a única variável competitiva capaz de explicar, de modo consistente, o crescimento de uma economia é sua capacidade de promover inovação, não apenas tecnológica, mas também de produtos, processos, modelos de gestão e negócios. Essa afirmação reflete a importância de uma empresa obter competência e potencial para inovar, bem como quão é importante focar em ações de estratégias de inovação.

Nesse cenário, o que se percebe é que um dos maiores desafios dos empresários é criar condições para que a inovação ocorra. Entre os fatores que dificultam e prejudicam as atividades de inovação dentro das organizações são destacados no Manual de Oslo (OECD, 2004):

Fatores Econômicos - onde são analisados os riscos excessivos percebidos, grandes custos, fontes para financiamento, prazo longo do retorno da inovação investida.

Fatores da empresa – onde é mencionado o potencial de inovação insuficiente, falta de pessoal qualificado, falta de informação sobre tecnologia, falta de informação sobre mercados, gastos com inovação difíceis de controlar, resistência a mudanças, deficiência em serviços externos, falta de oportunidade para cooperação.

Outras razões – Falta de oportunidade tecnológica, falta de infraestrutura, inovações anteriores, fraca proteção aos direitos de propriedade, legislação, normas, padrões, classificação e organização de clientes para os produtos desenvolvidos.

Além desses elencados, Campus (2007, p.1) salienta que “[...] a despeito do valor da inovação, muitos gerentes têm de travar uma verdadeira batalha com os desafios específicos que se apresentam. Isso porque é bem fácil cair nas armadilhas dos mitos muito comuns sobre inovação”.

Em resumo os mitos mais comuns mencionados por Campus (2007) são:

● Crença de que a capacidade de inovação não pode ser ensinada;

● Que ela se limita a produtos e tecnologias novos;

● Que só as empresas altamente lucrativas podem ser inovadoras;

● Ou que uma nova ideia para um produto ou processo só vale a pena se provocar uma reviravolta que altere todo o setor.

Com o objetivo de obter capacidade inovadora, nota-se que grandes empresas investem em setores internos diferenciados para estudo, análise, avaliação e estatística. Outras recorrem em inovações internas constantes, visando à capacitação dentro da organização, tendo por objetivo conter qualidades e características de excelência internas através de seus colaboradores como: Proatividade, criatividade, flexibilidade, habilidade em negociação, trabalho em equipe, facilidade no relacionamento com pessoas, foco no resultado e planejamento estratégico.

Campus (2007) correlaciona essa realidade mencionando que no caso de empresas que nunca registraram planos ou fizeram um projeto de inovação, não necessitam obter especificamente um departamento de P & D (Pesquisa e Desenvolvimento) para elaborar uma inovação, e empresários podem optar pela alternativa de criar estrutura e ambiente juntamente com seus funcionários para o desenvolvimento de inovações internas. Segundo Fonseca (2009):

A inovação interna acontece quando a empresa muda algo em seus processos, em sua organização ou no marketing - mesmo que outras companhias já façam isso - e consegue, como resultado, alavancar as vendas, diminuir os custos e aumentar a produtividade.

Entretanto, na maioria das vezes existe um gargalo nesse processo, causado principalmente na elaboração dos primeiros passos, gerado pelas perguntas:

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