Inovação no Empreendedorismo Brasileiro
Por: JACBS88 • 25/10/2015 • Trabalho acadêmico • 3.089 Palavras (13 Páginas) • 313 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP
GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ÉRICA TAMURA
JAQUELINE BARROS
LARISSA CERATTI
LEAR SOUZA
RAFAEL SANTOS
Inovação no empreendedorismo Brasileiro
SÃO PAULO
2014
Visão Geral sobre Empreendedorismo
Empreender por definição é: 1 Resolver-se a praticar (algo laborioso e difícil); tentar, delinear: Empreender o domínio de si mesmo. 2 Pôr em execução 3 Realizar, fazer: Empreender uma viagem. 4 Ter apreensões contínuas.
Segundo o professor e empreendedor Marcus Linhares, o ato de empreender exige certa “loucura”, o que ele chama de loucura empreendedora. A relação é estabelecida através da forma de reagir aos estímulos que cada pessoa tem ao enfrentar um “fator motivacional que o tira do equilíbrio e estimula e motiva uma ação.”
O empreendedor por ser alguém que vislumbra uma oportunidade (ou necessidade), acredita na sua intuição, alimenta sua imaginação (através da informação) e trata aquilo com tamanha convicção e seriedade que algumas vezes por ser visto como louco por aqueles que não enxergam o que ele enxerga. Em resumo, o empreendedor descarta estereótipos, “pensa fora da caixa”, quebra paradigmas e só assim consegue desenvolver a capacidade de ir além daquilo que se acredita existir, precisar e de onde todos pensam que é possível chegar.
Grandes personalidades têm visões diversas sobre o que é o empreendedorismo. O empreendedor Abilio Diniz diz que o “Empreendedor não deve ter sonho, tem que ter meta. Ele não é um cara que briga, faz negócios. Brigar é coisa de namorados.” Enquanto Eike Batista define empreender como “enxergar uma oportunidade, ou uma boa ideia, e assumir o risco de botá-la em prática, executá-la. E o Brasil precisa disso, pois a vontade do brasileiro de tomar riscos ficou reprimida nos últimos 20 anos.” Já Rodrigo Teles, ex-diretor-geral da Endeavor Brasil e diretor da Fundação Estudar, define o empreendedor como alguém que “tem um sonho apaixonante, uma fé inabalável, e se joga de cabeça!”
Ou seja, existem formas mais realistas e outras formas mais românticas de se definir o empreendedorismo, mas podemos notar que ele nasce, entre outros fatores, da disposição à mudança de foco por parte das empresas, quando essas passam a olhar para outras formas de obtenção de lucro que não fontes exclusivamente monetárias (Rodrigo da Rocha Loures, 2006), portanto, para empreender são necessárias grandes mudanças nas posturas das empresas para que seu crescimento seja significativo e, principalmente, sustentável.
Inovação é uma palavra chave quando se necessita mudar e é papel do empreendedor garantir que os processos das empresas caminhem nessa direção de transformações econômicas, sociais e ambientais. Em contrapartida, empreender depende não somente da vontade de empreender, mas também da disposição do mercado e/ou sociedade em consumir novos produtos e serviços, nascidos de atividades empreendedoras e é necessário estar sempre atento a esses movimentos.
O conhecimento é então um fator crítico de sucesso na atividade de um empreendedor, e quanto mais informação este possui, mais chance de obtenção de sucesso e de competitividade terá sua empresa (Paulo Okamotto, 2006).
O empreendedorismo é um fenômeno global, e no Brasil, segundo o relatório GEM 2013 (Global Entrepreunership Monitor), o número de empreendedores individuais tem crescido a cada ano, chegando a 32,3% da população brasileira entre 18 e 64 anos em 2013. Dentre esse público, a pesquisa apresenta diferentes tipos de empreendedorismo. Existem os empreendedores por necessidade, gerados por aqueles que necessitam de uma fonte de renda e se veem sem grandes opções no mercado; em contrapartida, existem os empreendedores de oportunidade, nascidos da visão de algo novo por pessoas que não necessariamente estão buscando iniciar um novo negócio, um novo emprego ou até mesmo mudar seu ramo de atuação. No Brasil, são esses os representantes de um grande percentual dos empreendedores (71,3%).
Visão Geral sobre inovação
Inovar por definição é: Fazer inovações, introduzir novidades em (leis, costumes, artes etc.). 2 Produzir algo novo, encontrar novo processo, renovar: Inovar a execução de um trabalho. 3 Introduzir (palavras) pela primeira vez em uma língua.
Diante do alto nível de competitividade no mercado e da nova dinâmica no âmbito econômico e social, diversos meios de maximização da produção, sobrevivência e crescimento da participação no mercado são buscados pelas organizações. Um dos principais meios é a inovação.
O economista Joseph Schumpeter (1883-1950), um dos percussores do conceito de inovação, a define como “produzir outras coisas ou as mesmas coisas de outra maneira, combinar diferentemente materiais e forças, enfim, realizar novas combinações”. Afirma que a introdução de uma inovação no sistema econômico é um “ato empreendedor”, realizada pelo “empresário empreendedor” que busca a maximização do “lucro extraordinário”- lucro acima da média que proporcionaria a transferência e beneficiamento a diversos setores econômicos.
A inovação, segundo o economista, altera todo o estado de equilíbrio econômico, tais exemplos de inovações são: a introdução de um novo bem no mercado, a descoberta de um novo método de produção ou de comercialização; a conquista de novas fontes de matérias-primas, ou também a alteração estrutural de mercado vigente, como a quebra de um monopólio, por exemplo.
Outros autores, como Ernst (2004), identificam dois tipos de inovação: incremental e radical. Inovação incremental trata-se de um processo linear e contínuo que proporciona uma versão melhorada, já a inovação radical proporciona uma versão completamente diferente e um novo paradigma técnico-econômico que afeta direta e indiretamente outros setores como por exemplo, a internet ou materiais sintéticos de origem petroquímica.
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