Karl marx e Adam smith
Por: vitor665 • 15/5/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 2.373 Palavras (10 Páginas) • 426 Visualizações
Karl Marx (1818 – 1883)
Para Karl Marx o trabalho e a principal característica do ser humano. De maneira mais precisa, para Marx “O trabalho e qualquer gasto de energia humana, na forma de esforço cerebral/muscular, visando a transformação material e/ou simbólica da realidade circundante para a satisfação das necessidades matérias ou não materiais, de maneira direta ou indireta.
Nesse sentido amplo, o trabalho humano assume o sentido de práxis enquanto uma atividade livre e universal, criativa ou auto criativa, por meio de qual o homem produz e transforma o seu mundo humano e histórico transformado a si mesmo.
A sociedade só pode ser entendida como uma construção dos homens, na sua relação com a natureza e com os outros homens. Nas sociedades onde existe produção coletiva e consumo coletivo o trabalho aparece como uma atividade vital com o qual o trabalhador se identifica. Nessa situação, o homem reconhece a sua atividade como meio de realização de sua humanidade, como meio de satisfação de suas necessidades.
Porem, nas sociedades marcadas pelas diferenças sociais, onde parte da sociedade explora o fruto do trado trabalho da outra, o trabalho se torna uma atividade que gera distanciamento entre o produtor e o produto, uma atividade que se converte em uma mera forma de garantir a subsistência feita sem qualquer consciência de sua importância, em outras palavras uma atividade alienada.
Os efeitos da alienação podem ser bem mais resumidos pelas próprias palavras de Marx:
“O que, então, constitui a alienação do trabalho? Primeiramente, o fato do trabalho ser externo ao trabalhador, isto é, não pertencer à sua essência; em seu trabalho, portanto, ele não se afirma, mas se nega, não se sente feliz, mas infeliz, não desenvolve livremente sua energia física e mental, mas mortifica seu corpo e arruína sua mente. O trabalhador portanto, só sente ele mesmo fora do trabalho, no trabalho ele se sente estranho. Com isso, o homem não se sente mais livre a não ser em suas funções de animal – comer, beber, procriar, ou quando muito em sua moradia e com relação as suas próprias roupas, etc.”
O processo de alienação tem consequências que ultrapassam o aspecto econômico da expropriação do produto do trabalho. A alienação do produto final implica uma alienação do processo de trabalho o produtor direto perde o controle sobre a própria atividade de fabricação daquele bem, processo este determinado pelos homens que controlam os meios de produção. Assim, temos uma alienação do produto do trabalho e do processo de trabalho.
Karl Marx formou vários tipos e formas de dominação onde são elas:
Dominação Ideológica: Entre os elementos componentes da ideologia estariam as ideias morais, as crenças religiosas, as noções metafisicas, as formulações jurídicas e qualquer outro conjunto de ideias apresentada como sendo autônomas em relação a realidade concreta.
Essa produção ideológica revela perspectiva/ ponto de vista coerente como interesses da classe dominante e que encontra sentidos em suas experiências/ vivencias dos membros dessa classe dominante. Segundo Marx:
Os pensamentos da classe dominante são também, em todas as épocas, os pensamentos dominantes, ou seja, a classe que tem o poder material numa dada sociedade e também a potencia dominante espiritual. A classe que dispões do meios de produção material, igualdade dos meios de produção intelectual de tal modo que os pensamentos daqueles a quem são recusados os meios de produção intelectual estão submetidos igualmente a classe dominante.
O caráter ideológico se manifesta de modo significativo quando a ideologia é disseminada / divulgada para toda a sociedade. As produções ideológicas levariam a classe dominada a perceber e entender a sua própria realidade conforme a perspectiva da classe dominante, criando um descompasso ou incoerência entre a realidade vivenciada pelos membros da classe dominada (a sua situação concretamente determinada a partir da relação com os meios de produção a chamada “classe em si”) e a interpretação dessa mesma realidade para os membros da classe dominada e a conseguinte práxis social (a sua consciência e atuação prática conforme seus interesses e posições de classe, a chamada “classe para si”).
Dominação Estatal: Segundo Marx, a vida não e construída a partir de um prévio pacto politico de consentimento entre homens.
O estado se origina dessa situação dessa relação enquanto um garantidor coercitivo das condições jurídicas e politica das relações que se configuram dentro de um modo de produzir materialmente existências humanas. Nas próprias palavras de Marx:
“ As relações jurídicas assim como as formas do estado não podem ser tomadas por si mesmo nem do chamado desenvolvimento geral da mente humana, mais tem suas raízes nas condições materiais de vida, em sua totalidade, relações estas que Hagel (...) combinava sob o nome de sociedade civil. (...)”.
Marx também acreditava que o Estado é a forma sob a qual os indivíduos de uma classe dominante fazem valer os seus interesses comuns, na qual se condensa toda a sociedade civil de uma época, segue-se disso que todas as instituições comuns têm como mediador o Estado e adquirem, através dele, uma forma política.
Como visto no item referente às classes sociais, a classe trabalhadora seria uma classe revolucionária que, ao lutar contra a sua situação de explorada e alienada do processo produtivo, luta com a classe dominante ou burguesa e cria as condições para a superação da sociedade capitalista.
Para Marx, o trabalho e gerador de valor. No processo de trabalho se constitui a formação do valor de bem, que desse modo detém valor de uso e valor e troca.
Valor de Uso (Valor Utilidade): É determinado pela sua utilidade, utilidade esta que depende das próprias das mercadorias que a tornam adequado para a satisfação de determinadas necessidades.
O valor de troca (valor trabalho): é determinado pela proporção entre os valores de uso de duas espécies diferentes. É o valor de troca que permite que um objeto possa ser trocado por outro.
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