Lotufo - análise de plano de negócios
Por: Cristina Torres • 22/9/2016 • Monografia • 4.813 Palavras (20 Páginas) • 209 Visualizações
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Cristina Sayuri Yoshimura Torres – 9760954
Isabela Jung – 9775957
Juliana Akemi Hara – 9776364
Lilian Ramos – 9776051
Micaeli Maciel Gonçalves – 9289072
Rafaella Rodrigues Junqueira Carone – 9775807
Marketing – matutino
PAINEL I: Teorias das Comunicações de Massa e o Marketing
São Paulo
2016
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Cristina Sayuri Yoshimura Torres – 9760954
Isabela Jung – 9775957
Juliana Akemi Hara – 9776364
Lilian Ramos – 9776051
Micaeli Maciel Gonçalves – 9289072
Rafaella Rodrigues Junqueira Carone – 9775807
Marketing – matutino
PAINEL I: Teorias das Comunicações de Massa e o Marketing
Trabalho realizado como requisito parcial para aprovação na matéria de Fundamentos da Comunicação II, ministrada pela professora Jane Marques.
São Paulo
2016
INTRODUÇÃO
O cenário dentro do qual as organizações estão inseridas, sob mando da perspectiva atual, é pautado fortemente na tecnologia, na globalização, na comunicação, na interatividade, na informação e na competitividade. A visão de um homem antes somente econômico, portanto, passa a ser uma visão mais holística: a de um homem “complexo e integral, um ser humano com potencialidades ainda a serem descobertas; um ser biológico, psíquico e social à disposição de organizações competitivas no mundo globalizado” (TONDO; NEGRINI, 2011).
Esta valorização do ser humano é essencial para o desenvolvimento consistente de estratégias de uma organização. A comunicação, neste cenário, passa a ser entendida como um elemento que promove a integração e a interação entre os seres humanos. Desta forma, um grande número de empresas bem sucedidas pode ser associado ao desenvolvimento de relações duradouras entre as pessoas que estão ligadas a estas (TONDO; NEGRINI, 2011).
Dentro da área de comunicação, de acordo com Wolf (2003), há a teoria hipodérmica, que se trata de uma abordagem geral da mídia, de maneira que as diversidades entre os diferentes meios de comunicação sejam relevantes. O principal componente desta teoria é a presença de um conceito de “sociedade de massa”, no qual a “massa” é composta por um conjunto homogêneo de indivíduos, os quais, enquanto membros, são essencialmente iguais, não distinguíveis, mesmo que tenham provindo de grupos sociais diferentes. Ademais, esta teoria sustenta a ideia de uma conexão direta entre a exposição à mensagem e o comportamento do receptor, de forma que a pessoa atingida por uma informação de determinado modo tenda a agir de uma determinada forma.
Este trabalho abordará a relação entre a referida teoria hipodérmica e o marketing, definido por Kotler (2012) como “a ciência e a arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer as necessidades e desejos não realizados”.
SUMÁRIO
1.0 – TEORIA FUNCIONALISTA
2.0 – TEORIA HIPODÉRMICA
3.0 – ABORDAGEM EMPÍRICO-EXPERIMENTAL OU “DA PERSUASÃO”
4.0 – ABORDAGEM EMPÍRICA DE CAMPO OU DOS EFEITOS LIMITADOS
5.0 – OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E O MARKETING
6.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
7.0 - REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS
1.0 – TEORIA FUNCIONALISTA
A Escola Funcionalista é uma das diversas teorias da comunicação que busca explicar a real contribuição dos meios de comunicação na sociedade. O funcionalismo possui raízes na corrente positivista de August Comte (1798-1857), filósofo que prezou por fontes observáveis para estabelecer uma estrutura que representasse as formas e regras de interação entre os organismos e o mundo. Para tanto, fez uso das abordagens das ciências naturais, como biologia e química, bem como dos processos sociais ocorridos até aquele momento, a fim de prever comportamentos sociais (RODRIGUES, 2015).
Esses estudos abriram espaço para novas abordagens e análises dos fenômenos sociais, como o estudo da sociologia criada por Émile Durkheim (1858-1917), que enfatizava o zelo pela crescente individualização do sujeito social e necessidade de se compreender a nova ordem social que surgia (RODRIGUES, 2016). Para Durkheim (1895), a sociedade era um grande organismo constituído de inúmeras partes, cuja sobrevivência era mantida e possível pelo desenvolvimento de funções específicas por cada parte constituinte do sistema. Ou seja, o todo sofria plena ação das partes individuais, sendo os efeitos repercutidos em suas características (DURKHEIM, 2001).
Para os funcionalistas, cujos princípios passaram a orientar escolas norte-americanas no final do século XIX, a funcionalidade está associada à realização de tarefas de maneira repetitiva e constante, sendo a mantedora da estabilidade do organismo (sociedade). Inicialmente a sociedade era analisada como um todo, ignorando as características individuais e pessoais de cada ser (DURKHEIM, 2001).
Diante do intenso fluxo de industrialização, da urbanização crescente, promovendo grandes conglomerados urbanos, e da constante inovação nos meios de comunicação, o funcionalismo chega às teorias da comunicação. Essa ciência buscava compreender as funções da sociedade por meio do mass media, ou seja, pelos canais de grande abrangência, como a televisão e o rádio. Principalmente focados no controle das massas, sem levar em consideração os efeitos, os canais de comunicação eram tidos como agentes de massificação. Esses canais passaram a potenciar a imposição, contribuindo para um emissor ativo e um receptor passivo (DURKHEIM, 2001).
Em 1948, Harold Laswell deu início a um novo modelo de estudo da comunicação, nesse contexto, o cientista e político considerava algumas variáveis em seu objeto de estudo, sendo elas: quem, diz o que, a quem, com que efeitos, com quais intenções, em qual canal e em quais condições. No decorrer do desenvolvimento de sua teoria, notou que a estrutura que havia criado baseava-se em um esquema de estímulo e resposta, muito mais complexo do que havia pensado. Sendo o verdadeiro início da teoria do funcionalismo (LAZARSFELD; MERTON, 2002).
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