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O Caso Prático

Por:   •  19/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  3.324 Palavras (14 Páginas)  •  146 Visualizações

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         CASO PRÁTICO        

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A cultura organizacional é um dos elementos mais importantes dentro da organização e empresas como Zappos, Google, Facebook, Sony, Nissan, entre outras, deram-se conta desse ponto cedo e fazem todo o possível para mantê-la. Uma cultura empresarial que impulsione a empresa é muito difícil de formar ou transformar e, ainda mais, em empresas biculturais ou mutliculturais em que a forma de pensar é, muitas vezes, é oposta. Mas quando se consegue, é possível mudar uma empresa a beira da falência para uma empresa que perdurará no tempo.

A cultura japonesa e a latina são opostas em vários sentidos, mas se é possível tomar o melhor das duas partes, a cultura comum que se forma é de uma força inigualável.

1. Velocidade na tomada de decisões

A rapidez de execução no mundo dos negócios é cada vez mais importante, mas também é importante ir direto ao ponto do porquê se está fazendo o que se está fazendo.

Japão

Nas empresas japonesas, as decisões sobem nível a nível pela hierarquia administrativa. Há muita preocupação com os detalhes de cada ponto e, ao mesmo tempo, necessita-se preparar vários documentos para cada decisão. Portanto, a tomada de decisões é muito mais lenta que na América Latina, mas há muito menos falhas, mais confiabilidade e qualidade.

América Latina

As empresas latino-americanas são rápidas no processo de decisão. Os gerentes dão mais liberdade aos seus subordinados e exigem que tenham mais liderança quando comparado com os subordinados japoneses. Portanto, costumam ocorrer mais erros ou equívocos na execução das decisões.

2. Responsabilidade

Quando falamos da responsabilidade dentro da empresa, tudo está muito relacionado com a liderança que se concede tanto à empresa quanto à equipe ou organização. Quem é o responsável por este sucesso/fracasso?

Neste ponto há uma grande diferença também.

Japão

América Latina

Nas empresas japonesas, pede-se à pessoa sua contribuição ao setor ou grupo dentro da organização. Ou seja, o sucesso ou fracasso é visto muito mais por grupo que por pessoa, assim a liderança não depende tanto de uma pessoa,   mas   do   consenso   do   grupo   de

trabalho.   Por   isso   que   para   as   pessoas

Nas empresas latinas, as pessoas recebem mais responsabilidades e liberdade para atuarem individualmente. Busca-se uma contribuição mais por pessoa que por grupo de trabalho. Em outras palavras, exige-se liderança de cada pessoa e não só do chefe.

2. Responsabilidade

carismáticas e mais individualistas, às vezes, é mais difícil trabalhar neste sistema.

Uma parte negativa disso é que quando há um fracasso, tende-se a transferir a responsabilidade para outras pessoas.

3. Avaliação do resultado e do processo

Japão focado no processo e América Latina focada no resultado.

Japão

América Latina

Nas empresas japonesas, o Retorno sobre Investimento (RSI ou ROI, em inglês) é importante para o processo e modo como se executa um objetivo, sendo avaliado com a mesma importância.

Por exemplo, as pessoas que tiveram aulas de Judô, Karatê ou outra arte marcial Japonesa perceberão que se dá muito mais ênfase no “Kata”, forma da posição.

Na América Latina, o mais importante é o resultado ou o retorno total sobre o investimento feito. Não se dá muita importância à maneira como se fez e, por essa razão, não se perde muito tempo e esforço em criar esse processo.

Cria-se um pressuposto justamente para “construir o processo”.

4. Gestão de riscos

“É mais fácil falar do que fazer”

Japão

Quando um empregado diz que pode fazer 100%, tem de entregar 100%. Tudo menos que isso é inaceitável, mesmo que sejam apenas palavras. Em 95% já há um erro de 5% que não é permitido e a pessoa perde em credibilidade. A responsabilidade de cumprir com o que é disto é muito importante dentro e fora da empresa. Portanto, os japoneses são muito precavidos na hora de tomar decisões e tentam evitar o risco de não cumprir com os objetivos.

Isso, às vezes, faz com que sejam aceitos objetivos abaixo das possiblidades da empresa ou da pessoa.

América Latina

Em muitos casos, mesmo que só alcance 70% do esperado, a pessoa ou empresa responde que consegue entregar 100%. Se não alcança o 100% necessário, toma um tempo extra para alcançar. Isto causa atrasos inesperados (ou, às vezes, já calculados), baixo rendimento e multas. Por uma parte, é algo ineficiente e negativo, mas, por outra, pode-se dizer que leva a pessoa a fazer mais do que poderia e, às vezes, ela é bem-sucedida.

5. As equipes de trabalho e a comunicação

A comunicação é um dos pilares mais importantes dentro da organização, mas a forma como dessa comunicação difere muito entre as duas culturas.

Japão

América Latina

Apesar de o Japão possuir diferentes culturas étnicas, como a dos Ainu (cultura dos indígenas de Hokkaido) e Uchinanchu (cultura de Okinawa), em geral, os japoneses têm uma cultura muito homogênea em que os valores e

pensamentos são muito parecidos. Portanto, nascem expressões como “ler o ar”, “kūki wo

Uma das riquezas da América Latina é sua diversidade cultural. Portanto, há uma visão mais variada de como fazer as coisas. Como há um alto nível de comunicação (às vezes, fala- se até demais), vê-se muito o nível de comunicação individual e o conteúdo de que

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