O MODULO DECISOES DE FINANCIAMENTO
Por: PRISDECASTRO • 1/12/2020 • Resenha • 7.599 Palavras (31 Páginas) • 154 Visualizações
3 Apresentação do módulo
Da teoria à prática
Agora, vamos refletir um pouco sobre a situação-problema. Clique nos números para visualizar algumas questões que permitirão aplicar o conteúdo estudado à situação proposta.
A tarefa de obter recursos nas condições mais favoráveis possíveis é de responsabilidade da área financeira e consiste no suprimento de fundos tanto para atender as operações correntes da empresa quanto para financiar projetos de investimento de alto valor. No caso da J.J. Printing, foi utilizado um custo de capital de 12% a.a.
Supondo-se que a empresa estivesse considerando a hipótese de modificar sua estrutura de capital, aumentando a participação dos recursos próprios, e tendo em vista o investimento a realizar, que impacto isso teria no custo de capital e por quê?
A J.J. Printing poderia tomar um financiamento de longo prazo, tendo em vista o elevado desembolso requerido para a aquisição da nova impressora.
Isto contribuiria a favor ou contra a decisão?
Nas decisões de investimento de capital, a depreciação tem um papel especial na realização dos cálculos do fluxo de caixa líquido, mesmo não sendo uma despesa desembolsável.
Como e a que se deve isso?
Além do VPL e da TIR, é bastante difundido o uso do período de payback como indicador para a aceitação de projetos.
Considerando os valores já apurados para os fluxos de caixa líquidos da J.J. Printing, a aplicação do critério do payback simples levaria à mesma decisão de aprovação do projeto?
Unidade 1 – Financiamento das atividades empresariais
Uma visão geral do financiamento das atividades empresariais deve destacar os principais tipos de fundos a que as empresas podem recorrer, os critérios para selecionar as fontes de recursos, e um detalhamento sobre a natureza do capital próprio e do capital de terceiros.
1.1 Tipos de fundos
ma classificação contábil bastante usual divide os fundos utilizados pelas empresas em apenas duas grandes categorias:
capital próprio
Correspondente às contas que compõem o patrimônio líquido.
capital de terceiros
Correspondente aos saldos das contas de passivo circulante e passivo não circulante.
Passivo circulante
Obrigação assumida pela empresa, que tem como prazo de vencimento o exercício seguinte ao encerramento do balanço.
Passivo não circulante
Dividido em exigível a longo prazo, resultados não realizados e patrimônio líquido.
Recursos próprios
Os recursos próprios podem ter origem em fontes internas ou externas.
Os fundos próprios gerados internamente originam-se da retenção do lucro líquido. A retenção do lucro líquido é registrada no patrimônio líquido, nas contas de reservas de lucros e de lucros acumulados.
Já a principal fonte externa de recursos próprios são as subscrições e integralizações de aumentos de capital.
Os recursos são precondição dos investimentos.
Recursos de terceiros
As fontes internas de recursos de terceiros correspondem às diversas obrigações decorrentes das atividades operacionais da empresa e às despesas a pagar:
obrigações | despesas a pagar |
salários | aluguéis |
encargos sociais | seguros |
obrigações fixas | água, energia, telefone, etc. |
Já as fontes externas de recursos de terceiros podem ser geradas espontaneamente, como os créditos concedidos pelos fornecedores e os adiantamentos de clientes relativos à encomenda de bens ou serviços.
Esses recursos e aqueles provenientes de fontes internas, por serem não onerosos (no sentido de cobrança explícita de juros, bem como por se renovarem continuamente), são, muitas vezes, chamados de créditos de funcionamento.
As principais fontes externas de passivos onerosos incluem:
- os empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos contratados com instituições financeiras do país e do exterior;
- a colocação de títulos de dívida (subscrição de debêntures) no mercado de capitais;
- as operações de arrendamento mercantil (leasing).
Fontes de financiamento
Veja, no gráfico a seguir, o resumo dos principais tipos de fontes de financiamento utilizadas pelas empresas.
[pic 1]
1.2 Seleção das fontes de financiamento
A definição da melhor composição de fundos a serem empregados no financiamento das atividades empresariais é influenciada pelas condições da economia, pelas perspectivas do ramo de negócios, pela situação específica da empresa e pelo grau de aversão ao risco de seus administradores.
Por exemplo, ao optar por uma maior participação de recursos a curto prazo (por serem menos onerosos) o administrador financeiro deve estar ciente do risco que essa estrutura traz e do grau de sua flexibilidade em obter fundos adicionais no mercado assim que necessitar.
Por outro lado, a margem de manobra para ajustar o mix de financiamento é limitada pela disponibilidade dos vários tipos de fundos procurados. Os planos e desejos da empresa devem ser contrapostos às condições requeridas pelos financiadores, sejam bancos, fornecedores ou acionistas.
[pic 2]
O resultado é que nem sempre a empresa consegue todos os recursos de que necessita e nas condições mais favoráveis. Dessa forma, é possível delinear alguns fatores que devem ser observados quando das decisões sobre a composição das fontes de financiamento.
Compatibilidade de prazos
[pic 3]
A compatibilidade de prazos diz respeito à conveniência de conciliar os prazos e outras características das fontes de financiamento com a natureza dos ativos que estão sendo financiados. Vejamos um exemplo.
As necessidades sazonais devem ser financiadas com fundos temporários como:
- empréstimos bancários;
- descontos de duplicatas;
- prazos concedidos pelos fornecedores ou fontes internas espontâneas que integram o passivo circulante.
As necessidades permanentes, constituídas pela parte fixa do capital de giro (níveis mínimos que têm de ser mantidos em disponível, duplicatas a receber e estoques), e os investimentos em imobilizado devem, preferencialmente, ser financiados com fundos permanentes, sob a forma de capital próprio e de dívidas de longo prazo.
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