Planejamento Estratégico nas Pequenas Empresas baianas: um estudo de caso nas regiões do Cabula e Itinga

Planejamento Estratégico nas Pequenas Empresas baianas: um estudo de caso nas regiões do Cabula e Itinga

Robert Cerqueira Silveira

Fabio de Cerqueira Moreira

RESUMO

O Presente artigo se propõe a analisar como o planejamento estratégico, que tem sido um dos principais focos da gestão para gerar vantagem competitiva, acontece nas pequenas empresas de bairros populosos, traçando um paralelo do conteúdo teórico com as experiências vivenciadas pelos gestores de pequenas empresas.

Palavras-chave: Planejamento Estratégico, Know How, Pequenas Empresas.

1 INTRODUÇÃO

O planejamento estratégico  nas organizações tem sido foco para construção de diferencial competitivo. O plano e a execução de um planejamento, quando bem feitos são vistos como diferencial para que as empresas sobrevivam em um mercado cada vez mais competitivo, que elas estão inseridas.

Nesse trabalho nos propomos a vislumbrar como O planejamento estratégico se dá nas pequenas empresas baianas, utilizando como estudo de caso empresas de bairros populosos como o Cabula e Itinga, onde existe um grande mercado da classe C e D e os gestores, em geral são os próprios proprietários e em sua maioria não possuem qualquer tipo de capacitação para administrar sua empresa.

Para tanto, levantamos a questão de porque as pequenas empresas tem dificuldade na elaboração e implantação do planejamento estratégico? Acreditamos que a falta de conhecimento da ferramenta é a principal causa dos insucessos, além disso, a descrença nos próprios resultados da própria ferramenta é considerada por nós uma das causas primordiais para a falha.

 Esse trabalho é importante para o meio acadêmico na medida em que se propõe a trazer um estudo sobre uma ferramenta tão em foco em organizações que compõe grande parte das empresas existentes no mercado e que gera muitos empregos, entretanto não é o foco das pesquisas em administração. Trazer ao meio acadêmico essa discussão sobre como os grandes estudos sobre planejamento acontecem no dia a dia de pequenas empresas é um exercício enriquecedor.

O objetivo deste trabalho é analisar a importância do planejamento  estratégico nas pequenas empresas e porque muitos gestores não aplicam na maioria dessas organizações.

A metodologia desse trabalho será uma pesquisa quantitativa, através de pesquisa descritiva, visando identificar e caracterizar as empresas pesquisadas para que possamos traçar um paralelo entre elas e o referencial teórico estudado.

Para tanto, forma escolhidas como técnicas de pesquisa o estudo de caso e a pesquisa documental. O primeiro configura-se como uma técnica de pesquisa que busca analisar o fenômeno em seu contexto, tendo como características: realização de pesquisa empírica em um pequeno número de organizações, levando um questionário dissertativo que possa suprir as questões acerca da empresa, seu tamanho, quais ferramentas do Planejamento Estratégico usam ou se não usam e/ou não conhecem a ferramenta.

2 Planejamento Estratégico como ferramenta de Gestão

• Conceituar planejamento estratégico e

Segundo Oliveira(2010), “Planejamento estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com o ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada.”  Seguindo esse conceito, planejamento estratégico pode ser visto como um rumo para o qual uma organização se propõe a seguir objetivando encontrar o melhor caminho, sendo assim uma ferramenta para se conseguir um diferencial positivo para com os concorrentes que não buscarem fazer esse exercício de analisar o melhor caminho a se seguir. Além disso o autor cita o planejamento como sendo um processo, podemos extrapolar disso o conceito do termo processo, que é uma sequencia de acontecimentos interligados que estão relacionados entre si, que em cada etapa consumem recursos vários para converter uma ou mais matérias primas em um elemento final. Essa referencia é para extrapolar que o planejamento estratégico engloba o todo da empresa, como processo ele tem acontecimentos que passam por toda a organização.         

Considerando a metodologia para o planejamento estratégico Oliveira (2010) fala se baseia numa serie de quatro fases para se fazer o processo de planejamento estratégico, objetivando descobrir  a respeito de uma organização “como se está” e “aonde se quer chegar”, as fases consideradas pelo autor são:

1. Fase I – Diagnóstico estratégico
2. Fase II - Missão da Empresa
3. Fase III – Instrumentos prescritivos e quantitativos
4. Fase IV – Controle e avaliação

Sobre a primeira fase, Oliveira (2010) fala que “essa fase é realizada através de pessoas representativas das várias informações, que analisam e verificam todos os aspectos inerentes à realidade externa e interna da empresa”. Sobre os aspectos inerentes a realidade interna o autor fala sobre a identificação da Visão e dos Valores da empresa, já sobre a analise externa é abordada a importância da verificação das ameaças e oportunidades e das melhores maneiras de se evitar as ameaças e usufruir das oportunidades. Segundo o autor(Kotler apud Oliveira 2010) As oportunidades podem ser ambientais ou da empresa, as oportunidades que o ambiente externo oferece podem se tornar uma oportunidade da empresa caso ela atenda aos requisitos para que ela possa ser aproveitada, toda empresa tem suas especialidades e uma oportunidade ambiental pode se tornar da empresa caso essas especialidades sejam as necessárias para o aproveitamento da oportunidade, caso contrario pode-se tornar uma ameaça.

A segunda fase do planejamento estratégico é estabelecer qual é a razão de ser da empresa, que será caracterizada pela missão da empresa. Oliveira(2010) utiliza cinco etapas para a criação da missão da empresa, que são:

• Estabelecimento da Missão da Empresa

“Missão é a determinação do motivo central da existência da empresa, ou seja, a determinação de “quem a empresa atende” com seus produtos e serviços. Corresponde a um horizonte dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar. Portanto, a missão representa a razão de ser da empresa”(Kotler apud Oliveira 2010).