Resenha Gestao de Salários
Por: Renato Alves • 6/6/2016 • Resenha • 543 Palavras (3 Páginas) • 390 Visualizações
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Identificação | |||||
Disciplina | GESTÃO DE CARGOS E SALÁRIOS | ||||
Professor | |||||
Aluno (a) | RENATO ALVES FRANCO | ||||
Unidade | RIO COMPRIDO | Telefone | renato_762@yahoo.com.br | ||
Análise do Texto | |||||
Título do Texto | O Modelo de Relações Salariais: Uma análise de Empresas Automobilísticas no Brasil | ||||
Autor (es) | Rejane Prevot Nascimento e Lidia Micaela Segre | ||||
Palavras-Chave do Texto (no máximo 4 palavras) | |||||
Relações salariais | Crise financeira | Empresas automobilísticas | Década de 1970 | ||
Apreciação Crítica | |||||
De acordo com o artigo analisado, diante da crise financeira dos anos 70, as empresas automobilísticas de todo o mundo adotaram novos modelos de produção, gerando consequente crise no modelo fordista. Utilizando como base o livro L'avenir du travail a la châine, de Jean Pierre Durand (1998), as autoras enumeram os três modelos ideais (porém utópicos) na indústria automobilística apresentado pelo francês: Fordista; Japonês; Kalmariano. Pode-se afirmar que, dentre os modelos apresentados, as montadoras automobilísticas de todo o mundo mais se baseiam no modelo japonês, fazendo as devidas adaptações - cada modelo se adapta a estruturas da relação salarial, estruturas produtivas, gestões de trabalho de cada montadora, bem como características da região de onde estas empresas estão inseridas. As autoras do artigo têm o objetivo de analisar as relações salariais em empresas automobilísticas brasileiras a partir da estrutura proposta por Durand, que se baseia em quatro elementos: organização do trabalho (aspectos relativos à qualificação do trabalhador); sistema de remuneração (políticas salariais e possibilidades de promoção, benefícios e formas alternativas e composição salarial como participação nos lucros, bônus etc); atuação dos sindicatos; relações hierárquicas. Para o autor, haverá maior eficácia no trabalho quando houver integração entre estes quatro elementos. Diante disso, as autoras têm como objetivo apresentar um estudo de caso sobre quatro empresas automobilísticas brasileiras sob a ótica proposta por Durand. As montadoras analisadas foram Mercedes Benz (São Bernardo/SP e Juiz de Fora/MG) e Volkswagen (São Bernardo/SP e Resende/RJ). Duas das montadoras localizam-se nos chamados brownfields, regiões com níveis de salário mais altos e duas nos chamados greenfields, com pouca densidade industrial e alto desemprego local. A análise das relações salariais é necessária porque a partir do momento em que o modelo japonês é utilizado no ocidente, vão surgindo novos modelos de relação salarial que vão substituindo a estrutura estabelecida pelo fordismo. Isso acontece devido aos diferentes contextos em que o modelo é aplicado. Para Durand, o modelo fordista apresentava esta coerência/integração entre estes elementos, visto que o mercado naquela época (antes da crise) apresentava mão-de-obra pouco qualificada, o que era adequado para o desempenho de tarefas monótonas e de caráter repetitivo, que não exigiam muito empenho intelectual, e os produtos fabricados tinham qualidade medíocre mas atendiam às demandas de um mercado ainda em expansão e pouco exigente, ávido pelo consumo. A análise, feita desta forma, na atual conjuntura capitalista, não apresenta coerência entre os elementos de relação salarial tal como se obtinha na organização fordista. Podemos concluir que o modelo estabelecido pelo fordismo era um modelo bom para a época - quando o mercado ainda estava se formando e, por conta disso, se permitia ter uma mão-de-obra não tão bem qualificada e produtos com qualidade baixa, pois os consumidores eram incontestáveis. No entanto, quando chegou a crise, foi necessária realizar uma mudança para gerar lucro para as empresas automobilísticas do Brasil e do mundo, daí a necessidade da organização de trabalho, do sistema de remuneração, da atuação dos sindicatos e das relações hierárquicas - por mais que estas, por vezes, caiam por terra. |
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