Resenha de Textos Básicos de Ética
Por: giuliamilesi • 25/8/2021 • Resenha • 931 Palavras (4 Páginas) • 180 Visualizações
Resumo 4- Textos Básicos de Ética
Giulia Milesi
Inicialmente, o capítulo fala sobre Immanuel Kant e sua importante influência no período moderno, o filósofo começa sua fase crítica com a “Crítica da razão pura”, sua principal obra a qual tem como principal ponto a razão. Kant analisa o uso da razão na prática e na teoria, na prática a razão segue a ideia da livre escolha dos indivíduos em seguir a lei moral ou não enquanto na teoria é o entendimento legítimo da realidade. A ética kantiana parte do pressuposto que a razão é que deve guiar as ações do homem.
Kant, além de se preocupar com a criação de uma filosofia moral pura, também se preocupou com a prática dos princípios éticos na maioria de suas obras, nelas o filósofo considera além do racionalismo os sentimentos dos humanos. O autor coloca ainda que a ética é o que rege o pensamento de Kant, o conceito de ética é desenvolvido na sua obra “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”, nele ele elaborou o Imperativo Categórico, que é um conceito da filosofia que na visão de Kant a ética segue esse sistema, que defende que todo indivíduo deve agir seguindo seus princípios morais e analisa o que motiva as ações humanas, as atitudes devem ser livres de qualquer interesse, isso caracteriza uma ação moralmente correta, a conduta humana deve seguir regras estabelecidas a partir da razão humana, independente de religião e de leis, portanto Kant tinha como um de seus objetivos era substituir a autoridade da Igreja pela autoridade da razão pois agir moralmente é agir seguindo o princípio do Imperativo Categórico.
O esclarecimento Kantiano é determinado pelo filósofo como “a saída da humanidade de sua menoridade”, o próprio homem é o produtor dessa menoridade, a menoridade significa a incapacidade do ser humano de agir sem necessitar de ajuda alheia, outra pessoa precisa dizer a ele o que se caracteriza como e errado. Para Kant a humanidade está vivendo como se fosse menor de idade, que precisa de um líder religioso, o Estado ou o exército para tomar decisões por ela, a maioridade pelo contrário, é quando a humanidade decide por conta própria suas decisões, o que é certo e errado, isto é, começa a pensar por si própria, não trata-se de negar a Igreja ou o Estado, mas sim de aceitar tais ideias se estiverem em conformidade com sua razão, isso é a maioridade para Kant. Entretanto, segundo a ideia do filósofo exposta no texto, a preguiça e a covardia explicam o porquê a humanidade ainda está em condição de menoridade, pois é mais confortável ter alguém que pensa e tome decisões por ela, além desses “tutores” intimidar e aterrorizar os indivíduos mostrando o perigo caso eles tentem servir-se do próprio entendimento, que é algo completamente difícil para a humanidade uma vez que a condição de menoridade é quase natural.
Para Kant portanto, é preciso coragem para ser esclarecido, é possível que um indivíduo seja esclarecido quando se libertam da menoridade é apenas necessário a liberdade para que se esclareçam e consigam pensar por si mesmos fazendo o uso público da razão, pois em todo lugar há alguém querendo restringir sua liberdade, portanto é preciso usar a autonomia e a coragem. Contudo, o uso privado da razão é cabível em muitas situações, como o exemplo dado no texto, um oficial não pode colocar o seu entendimento contra seu superior, não pode questionar toda ordem, deve obedecer, pois executa instruções de outros, mas isso não o impede de observar os erros do serviço militar, outro exemplo do é sobre o sacerdote, que não pode ser incoerente com o credo que professa mas pode pontuar as ideias que são consideradas equivocadas por ele. O autor diz ainda que é impossível manter um credo imutável, pois isso impediria o desenvolvimento do conhecimento, além disso não é permitido uma constituição religiosa inquestionável que impeça o progresso da humanidade, o autor coloca que o esclarecimento pode até ser adiado pelo indivíduo mas nunca renunciado pois isso significa violentar os direitos da humanidade, e o que a humanidade não consegue tomar decisões, um líder não pode fazer por ela, pois esse tutor vai considerar uma vontade geral, e isso não diz respeito ao entendimento do indivíduo.
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