Resenha do Filme Erin Brockovich: Uma mulher de talento

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Erin Brockovich: uma mulher de talento

        Erin Brockovich – uma mulher de talento é um filme do ano de 2.000, dirigido por Steven Soderbergh que retrata uma história real de uma mulher pobre, sem formação de nível superior, separada, desempregada. Não bastasse, Erin é mãe de três filhos e não recebe qualquer tipo de ajuda dos pais de seus filhos.

        Após sair de uma entrevista de emprego Erin feriu-se ao ser envolvida num acidente de trânsito com um médico. Devido a este fato procura o advogado Ed Marsy, para mover um processo contra o médico. Ed Marsy achava que ganharia a causa, no entanto o comportamento de Erin perante o tribunal, contribuíram para mudar o desfecho do julgamento, fazendo com que ele perdesse. Após inúmeras tentativas frustradas de contato com seu advogado, Erin o surpreende. Ao chegar em seu escritório, Ed depara-se com Erin desempenhando algumas atividades corriqueiras. O descontentamento de Ed fica evidente e após um breve confronto Ed fica um pouco constrangido e acaba por contratar Erin para auxiliá-lo em seu escritório.

        Erin encontra uma grande resistência por parte de outras funcionárias do escritório devido a suas vestimentas do dia-a-dia, se vocabulário e modos. Mas ela não hesita e segue a diante. Erin é incumbida a organizar alguns arquivos referentes a um processo de imóvel, em que a Pacific Gas and Electric (PG&E) está tentando comprar a casa de Donna Jensen, moradora de um pequeno município chamado Hinkley (CA). Erin achou estranho o fato de ter registros médicos junto ao processo, ela então decidiu visitar a Donna para investigar, mediante autorização de seu chefe. Em conversa com Donna, Erin descobre que a empresa PG&E tem arcado com o acompanhamento hospitalar para a família de Danna. Erin então questiona o motivo da empresa auxiliá-los e Danna diz que é por causa do “cromo”.

        Erin, então inicia uma intensa investigação e encontra evidencias de que às águas do subterrâneo de Hinkley foram contaminadas com o cromo hexavalente (cromo 6) um elemento carcinogênico, utilizado como anticorrosivo nos tuneis de resfriamento, que devido a algumas imprudências contaminaram as águas do subterrâneo. No entanto a PG&E havia informado aos moradores que estava utilizando o “cromo 3”. Aos poucos vai ganhando a confiança dos moradores de Hinkley, Erin encontra inúmeros casos de tumores, bem como outros casos graves de saúde nos últimos anos e que todos eles foram tratados por médicos fornecidos pela PG&E. Ela descobre também, que a PG&E tem tentado comprar as residências dos moradores de Hinkley, de forma discreta.

Erin consegue convencer seu patrão Ed a seguir com a ação contra a PG&E, e durante sua investigação entra em contato com um homem que tinha ficado responsável pela destruição de documentos na década de 1960. Porém, ele havia destruído esses documentos e os repassou para Erin.  Esses documentos foram a prova que faltava para comprovar que a Matriz da PG&E tinha conhecimento sobre a contaminação das águas de Hinkley.

O advogado Ed juntamente com um “amigo” que veio prestar consultoria no caso decidem que a melhor maneira de acelerar o caso seria pelo meio da arbitragem judicial, onde não há a presença de júri. Mas para que a ação fosse eficaz, era necessário que pelo menos 90% dos queixosos estivessem de comum acordo. Então, Erin consegue convencer todos os 634 queixosos a optarem pelo acordo. O juiz responsável pelo caso obrigou a PG&E a pagar uma indenização no valor de $ 333.000.000,00 (trezentos e trinta e três milhões de dólares), que foram divididos de acordo com a gravidade de cada caso.