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Síntese Imagens da Organização (Gareth Morgan)

Por:   •  26/4/2021  •  Resenha  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  154 Visualizações

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A MECANIZAÇÃO ASSUME O COMANDO

O autor nesse capítulo tem a proposta de contextualizar e analisar as organizações mecanicistas nos trazendo a perspectiva das organizações vistas como máquinas. Inicialmente ele propõe uma contextualização a respeito do tema e logo vemos uma breve apresentação do cientificismo que a partir do século XIX começa a predominar em muitas áreas da vida humana inclusive no âmbito organizacional deixando uma profunda marca na sociedade.

A perspectiva da organização como máquina aqui tratada diz respeito ao que se espera a respeito do funcionamento de uma organização nada mais sendo que a operação como uma máquina: de maneira rotinizada, eficiente, confiável e previsível. Aqui vale ressaltar o risco da inflexibilidade no funcionamento de uma máquina que de acordo com seu meio e suas condições pode não ser o mais adequado trazendo consequências para seu funcionamento.

Para entendermos as origens dessa organização mecanicista nos é apresentado Frederico, O Grande que reinou a Prússia de 1740 a 1786 herdando um exército eclético com uma formação um tanto aleatória de criminosos, mendigos, mercenários e recrutas. Com o objetivo de transformar esse grupo em um exército altamente treinado, capacitado e eficiente se inspirou em inovações mecânicas da época e nas legiões romanas e através de através de disciplina e treinamento alcançou o feito. Logo mais a frente no tempo temos o clima da Revolução Industrial e a crescente tendência burocrática aliada a busca por parte dos donos de fábricas de uma operação mais eficiente e daí temos o destaque a Adam Smith (1776) com a divisão do trabalho buscando aumentar a produtividade e o controle através da diminuição da liberdade de ação dos trabalhadores. Essa ideia de divisão mais a frente seria aprofundada, defendida e difundida por Eli Whitney e Charles Babbage mas ainda não havia sido sintetizada numa teoria abrangente de organização e de administração. Para compreender a contextualização por fim, temos Weber que numa perspectiva sociológica tenta apontar os efeitos negativos das formas burocráticas como a diminuição da capacidade humana de ação espontânea mas ainda assim conclui que ao rotinizar e burocratizar os processos administrativos a organização enfatiza a precisão, confiabilidade, rapidez, eficiência etc. Ou seja, desde o início podemos notar que havia uma certa contraposição fundamentada à todo esse processo mas que acabou sendo ignorada de certa forma pelo menos por um período de ascensão da mecanização.

Posteriormente teremos como grandes figuras dos teóricos clássicos Fayol, Mooney e Urwick que em conjunto desenvolveram e definiram as bases de muitas das técnicas modernas de administração buscando sistematizar suas experiências e sanar alguns dos problemas. Trazendo como alguns dos princípios gerais da teoria clássica da administração: a unidade de comando, hierarquia, amplitude de controle assessoria e linha, iniciativa, divisão do trabalho, autoridade e responsabilidade, centralização da autoridade, disciplina, subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais, equidade, estabilidade e manutenção do pessoal e espírito de união. Aqui já vemos uma administração mais sistematizada e estruturada com operações mais precisas e processos mais definidos, hierarquia e padrões de autoridade. Podemos notar uma grande evolução da administração que agora se encontra mais sistematizada e ainda mais com o desenvolvimento de técnicas administrativas como APO, PPBS e SIG´s, vemos também uma estruturação mais fundamentada de organogramas divididos em departamentos e um desenvolvimento técnico no âmbito de seleção e treinamento com a orientação de fazer com que as pessoas se adaptassem e adequassem às exigências da organização mecanicista. Aqui um importante passo rumo à racionalização é dado mas como veremos houveram consequências.

Entramos então na era da administração científica destacada principalmente através de seu pioneiro Frederick Taylor conhecido pelos estudos de tempos e movimentos e que defendia 5 princípios básicos que em suma propunham transferir a responsabilidade do trabalho para o supervisor, usar métodos científicos para determinar a forma mais eficiente de fazer o trabalho, selecionar o mais apto para o cargo, treinar o trabalhador para ser eficiente no trabalho e fiscalizar de forma incisiva os resultados. Vemos aqui o surgimento da ideia de “cabeça dormindo e mãos trabalhando” já que a ideia de Taylor era fragmentar o processo de produção de tal forma que não seria necessário o trabalhador pensar apenas executar um trabalho manual. Dessa forma Taylor através da aplicação da administração científica no ambiente de trabalho alcança altos níveis de produtividade mas com um alto custo humano envolvido pois aqui, se formam trabalhadores autômatos facilmente substituíveis como peças de uma engrenagem aumentando cada vez mais as cargas horárias e buscando maior produtividade e eficiência seja pelo estudo de tempos e movimentos ou pelo incentivo financeiro que para Taylor era

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