TGA - Exercícios resolvidos
Por: victordereis • 29/7/2017 • Trabalho acadêmico • 1.168 Palavras (5 Páginas) • 542 Visualizações
Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF
Colegiado do Curso de Administração – CADM
Teoria Geral da Administração – 2017.1
Professor: Dr. Deranor Gomes de Oliveira
Discente: Victor Flávio Reis de Carvalho
ATIVIDADE AVALIATIVA 2
PRIMEIRA PARTE – Análise dos aspectos gerais do filme
i) O personagem Lulu, no seu processo de trabalho, realiza suas funções de forma exaustiva, escravizando-se a um ritmo acelerado e repetitivo das máquinas. Os operários da fábrica eram considerados “apêndices” das máquinas e deveriam tal como ela serem padronizados na medida do possível.
ii) A postura que os operários deviam manter no trabalho é sempre em pé, nunca sentados, ao mesmo tempo que estes são forçados a usar toucas como as da “força de trabalho” feminina, o que seria caracterizado hoje como uma atitude típica de assédio moral. Além do esforço intenso, o processo de trabalho dos operários exigia que, durante toda a operação, a vontade do trabalhador permanecesse com maior atenção às máquinas, ou seja, maior desgaste de suas capacidades físicas e mentais.
iii) O filme evidencia a relação entre as condições de trabalho e o clima de segurança percebido pelos operários, quando o personagem Lulu, estressado pelo trabalho, sofre um acidente. Portanto, aqueles fatores das condições de trabalho influenciaram na falta de segurança.
iv) Aos aspectos ambientais, é perceptível a falta de higiene no ambiente de trabalho, poucas práticas higiênicas e nenhuma estratégia que minimize os riscos para a saúde dos trabalhadores, sejam pelo mau controle das condições de trabalho na fábrica ou pela falta de valores e respeito com o meio ambiente e local que se trabalha.
v) Os sistemas de controle eram desumanos, os engenheiros de produção exigiam que os operários produzissem mais em menos tempo e o registro de informações e a fiscalização das operações eram descentralizadas e desorganizadas. Os sistemas de controle da fábrica não eram adequados para avaliar ou garantir o desempenho da organização, pois todos os meios para o desenvolvimento da produção transformam-se em meios de dominação e exploração dos trabalhadores.
SEGUNDA PARTE – Encontro com as teorias de Administração
i) Sim. Segundo a teoria marxista (Karl Marx) ao modo de produção capitalista, onde a burguesia explora a classe trabalhadora, o homem vende a sua força de trabalho e cada vez mais se torna um apêndice da máquina, não é mais a ferramenta que é construída para adaptar-se a mão do homem, é o homem que tem de adaptar-se à máquina. A teoria da Administração Científica de Taylor (Frederick W. Taylor) também reforça a “maquinização” do homem. O modelo administrativo de Taylor transformou o homem em uma máquina. O operário é tratado apenas como uma engrenagem do sistema produtivo, passivo e desencorajado de tomar iniciativas, não levando em conta o lado social e humano do trabalhador, mas apenas as tarefas executadas na linha de produção.
ii) Sim. Foi a partir desse contexto apresentado no filme, que Taylor, por meio do estudo de tempos e movimentos, teve como objetivo resolver os grandes problemas enfrentados pelas empresas industriais da época. Os engenheiros de produção efetuavam o trabalho de analisar as tarefas de cada operário, avaliando seus movimentos e processos de trabalho a fim de aperfeiçoá-los e racionalizá-los. Tal estudo visava definir uma metodologia que deveria ser seguida por todos os trabalhadores, pregando a padronização do método de trabalho e das ferramentas utilizadas. Era a divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação em uma tarefa.
iii) Sim. O personagem Lulu é o “operário-padrão”, um operário braçal que devido a sua especialização e alta produtividade, passa a ser o parâmetro para todos os demais trabalhadores da fábrica. Logo, os colegas de trabalho o chamam de “puxa-saco” do patrão, evidenciando um aspecto negativo na especialização do empregado Lulu. Com isso, Lulu atrai a hostilidade dos colegas, em relação aos demais operários, sua postura é de desprezo, considera-os uns preguiçosos por não serem iguais a ele e presta-se a servir de parâmetro para calibrar a produtividade dos colegas, quando os engenheiros de produção passam a exigir que os demais produzam tantas peças/tempo quanto ele. Segundo a Administração Científica de Taylor, a superespecialização do operário facilita o treinamento e a supervisão do trabalho, porém, isso reduz sua satisfação e ele adquire apenas uma visão limitada do processo. O personagem Lulu não sabia o que produzia na fábrica, e estava insatisfeito no trabalho, o que prejudicou a sua saúde mental e física e afetou suas relações sociais. A especialização do operário, através da fragmentação das tarefas, torna supérflua sua qualificação: facilita-se com isso a seleção, o treinamento e a supervisão do pessoal. Para a Teoria das relações humanas (Elton Mayo), a especialização não é a maneira mais eficiente de divisão do trabalho. Embora não tenham se preocupado com esse aspecto, Mayo e seus colaboradores verificaram que a especialização proposta pela Teoria Clássica (Henri Fayol) não tornava a organização mais eficiente. Observaram que os operários trocavam de posição para variar e evitar a monotonia, contrariando a política da empresa. Essas trocas provocavam efeitos negativos na produção.
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