Trabalho Teoria Que Ferimentos Merecem O Coração Púrpura
Por: Yafran • 13/8/2023 • Resenha • 1.252 Palavras (6 Páginas) • 105 Visualizações
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CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS - UNIRITTER
CURSO DE DIREITO
QUE FERIMENTOS MERECEM O CORAÇÃO PÚRPURA
Canoas
2023
Resumo:
“O debate sobre a concessão do coração púrpura: virtude, lesões e honra militar.
O texto trata do debate sobre a concessão da medalha militar Purple Heart nos Estados Unidos. Desde 1932, esta medalha é concedida a soldados feridos ou mortos pelo inimigo durante a guerra. Com casos de transtorno de estresse pós-traumático aumentando entre os veteranos das guerras do Iraque e do Afeganistão, propõe-se conceder o Coração Púrpura a soldados que também sofrem danos psicológicos. No entanto, em 2009, o Pentágono decidiu que a medalha seria apenas para soldados feridos. Idosos com transtornos mentais e traumas psicológicos não eram considerados elegíveis, embora tivessem direito a assistência médica e benefícios por invalidez. O Pentágono justificou essa decisão declarando que o estresse não é causado intencionalmente pelo inimigo e é difícil de diagnosticar objetivamente. O autor contesta essas justificativas, apontando que explosões que estouram os tímpanos dos soldados são uma possibilidade para o Coração Púrpura, embora não seja uma tática inimiga deliberada. Além disso, as lesões psicológicas podem ser mais graves e duradouros do que as lesões físicas facilmente diagnosticadas. O debate central diz respeito ao significado da decoração e às virtudes que ela busca homenagear. Enquanto outras medalhas militares valorizam a valentia, a coração Púrpura reconhece o sacrifício, não abrindo mão de um ato heroico, mas apenas do dano causado pelo inimigo. Existem opiniões divergentes, algumas afirmando que apenas as lesões sanguíneas devem ser consideradas, enquanto outras dizem que as lesões mentais devem ser respeitadas. Ele discutiu a lógica moral da teoria da justiça de Aristóteles, questionou se as pessoas têm direito moral e avaliou os conceitos de caráter e satisfação. A maioria dos debates sobre justiça hoje se concentra na distribuição de riqueza e cidadania, mas os debates sobre insígnias militares nos levam a uma antiga ética de honra e virtude. Em suma, o debate sobre o Coração Púrpura vai além de uma análise médica ou clínica dos danos sofridos pelos soldados, envolvendo concepções conflitantes sobre caráter moral e valor militar. A decisão de quem merece receber a medalha requer uma reflexão sobre as virtudes que ela busca reconhecer. Enquanto outros defendem sangue que os danos psicológicos devem ser celebrados. Essa discutiu a lógica moral da teoria de Aristóteles sobre a justiça, questionando o que as pessoas moralmente merecem e avaliando concepções de caráter e satisfatórias. Embora a maioria das discussões sobre justiça atualmente se concentre na distribuição de riquezas e direitos dos cidadãos, as discussões sobre as medalhas militares nos remetem a uma antiga ética de honra e virtude.
RESENHA
O autor Michael Sander traz à tona a polêmica em torno da elegibilidade para receber a medalha do Coração Púrpura, concedida pelo Exército dos Estados Unidos aos soldados que foram mortos ou feridos em combate. Durante as guerras no Iraque e no Afeganistão, tivemos diversos casos de diagnóstico de estresse pós-traumático e depressão, levando a argumentos de que esses soldados deveriam ser igualmente considerados para receber a medalha. Após uma análise mais aprofundada, chegou-se à conclusão de que apenas os soldados com lesões físicas tinham direito à medalha, sendo a virtude homenageada o sofrido.
Essa controvérsia levanta a questão sobre se a dor física visível é mais digna de reconhecimento do que a dor emocional. Observa-se que as psicológicas, embora possam causar danos psicológicos aos indivíduos, foram compreendidas como sinais de fraqueza e excluídas dessa honraria.
Fica evidente o conflito de opiniões, com alguns argumentando que o estresse pós-traumático não representa um verdadeiro sofrimento, uma vez que não há lesões físicas com presença de sangue. Por outro lado, outros defendem que arriscar a própria vida e sofrer danos psicológicos também é um ato de mérito digno de reconhecimento.
Diante disso, a discussão em torno da concessão do Coração Púrpura revela divergências em relação à valorização moral e militar. É necessário questionar se a virtude homenageada deve ser exclusivamente baseada em lesões físicas visíveis ou se deve haver uma compreensão mais ampla de sofrimentos que incluem também danos psicológicos.
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