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UMA PROPOSTA DE REFLEXÃO: A VISÃO DE ZYGMUNT BAUMA SOBRE AS DIFERENÇAS ENTRE A SOCIEDADE DE PRODUTORES E A SOCIEDADE DOS CONSUMIDORES

Por:   •  24/1/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.185 Palavras (5 Páginas)  •  335 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

2.1 UMA PROPOSTA DE REFLEXÃO: a visão de zygmunt bauman sobre as diferenças entre a sociedade de produtores e a sociedade dos consumidores 4

3 CONCLUSÃO 7

REFERÊNCIAS 8

1 INTRODUÇÃO

O trabalho aborda um assunto que estimula a reflexão. Com fundamento na visão do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, a descrição da sociedade dos produtores em face da sociedade dos consumidores mergulha em um debate que orienta à observação de todos os temas anteriormente tratados com uma atenção voltada ao campo ético-social, cuja discussão muitas vezes é relegada.

O empreendimento presente, portanto, se dá em busca da versatilidade e de uma ampliação de horizontes que será indispensável à formação dos futuros profissionais aqui avaliados.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 UMA PROPOSTA DE REFLEXÃO: A VISÃO DE ZYGMUNT BAUMAN SOBRE AS DIFERENÇAS ENTRE A SOCIEDADE DE PRODUTORES E A SOCIEDADE DOS CONSUMIDORES

O conjunto de análises descritivas de aspectos como evolução histórico-social, desenvolvimento da ciência administrativa e contexto econômico esboça um ambiente que valoriza e estimula o ato de empreender. Ainda que não se tenha a pretensão de eleger quem são os que mais se beneficiam da constatação, é inegável que algumas profissões ganham especial papel na formação da infraestrutura que acompanha o crescimento de mercado. Esse é o caso dos profissionais de gestão, cujas atribuições se revelam cada dia mais indispensáveis, em especial no Brasil, onde o número de empreendimentos se multiplica a cada dia.

A espinha dorsal desse crescimento, que traz um campo tão fértil para o capital e para o trabalho, é o consumo. Os governos estimulam o consumo, as empresas crescem com o consumo e as pessoas se satisfazem com o consumo. Mas será que os profissionais que compõem a engrenagem desse movimento atuam com consciência plena de todas as perspectivas do comportamento consumista, que parece ter uma relevância tão óbvia e que tanto se espera da sociedade?

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman dedica uma vida de vasta produção literária à análise do tema, que é abordado em obras como Vida para o Consumo, Vida a Crédito e Capitalismo Parasitário. Para chegar ao seu notório conceito de modernidade líquida, cunhado para fazer referência ao momento vivido atualmente pela humanidade, o autor perpassa a transição da “sociedade de produtores” para a “sociedade dos consumidores” e traz à tona algumas constatações que parecem carecer de um tratamento mais crítico em um âmbito global.

Para Baumam, a sociedade de produtores era estruturada no sentimento de segurança, proporcionado por um ambiente estável, ordenado e confiável. Essa orientação despertava nas pessoas um movimento de busca por bens que refletissem uma existência segura, fundada em atributos como poder e status, o que estimulava a aquisição de bens duráveis, como imóveis, joias, entre outros itens de grande porte. Um conjunto de posses assim composto funcionava com uma provisão para as incertezas do futuro, e a realização estava associada à ideia de durabilidade e de longo prazo.

Mas o comportamento social sofreu mudanças marcantes em sua percepção do ato de consumir. As experiências dos indivíduos passaram a carregar expectativas de retorno e de prazer urgentes, e a satisfação, que antes era postergada, agora deve ser imediata. É esse fenômeno que caracteriza os atuais “tempos líquidos” descritos por Bauman (2010):

Líquidos mudam de forma muito rapidamente, sob a menor pressão. Na verdade, são incapazes de manter a mesma forma por muito tempo. No atual estágio “líquido” da modernidade, os líquidos são deliberadamente impedidos de se solidificarem. A temperatura elevada — ou seja, o impulso de transgredir, de substituir, de acelerar a circulação de mercadorias rentáveis — não dá ao fluxo uma oportunidade de abrandar, nem o tempo necessário para condensar e solidificar-se em formas estáveis, com uma maior expectativa de vida. (BAUMAN, 2010).

A liquidez definida pelo filósofo polonês marca o surgimento da contemporânea sociedade dos consumidores, agora ávidos por adquirir uma quantidade indefinida de itens em busca de satisfações que se tornam episódicas. A percepção disseminada na construção da cultura consumista, de que o mercado possui exatamente aquilo de que o indivíduo necessita, gera uma busca incessante e até frenética pelos objetos de desejo. Uma reprodução clara e recente do acentuado culto

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