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VARIAÇÃO CAMBIAL BRASILEIRA

Por:   •  29/3/2016  •  Artigo  •  1.502 Palavras (7 Páginas)  •  273 Visualizações

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 “Para que existam mercados é preciso que haja pessoas e poder de compra. O poder de compra de uma economia depende da renda, dos preços, da poupança, do endividamento e da disponibilidade de crédito”. (KOTLER, 2000, p. 250).

Os principais aspectos econômicos relevantes aos tempos atuais são: os mercados financeiros; a política monetária e a política cambial. Sendo este último o principal instrumento no jogo estratégico da competição global. Para Escóssia (2009), “Política cambial é um instrumento da política de relações comerciais e financeiras entre um país e o conjunto dos demais países. O último é tido pelo sistema monetário internacional como um facilitador das transações entre os países”.

Existem dois métodos de câmbio: o flutuante e o estável. O primeiro é determinado pelo mercado e nele uma moeda vale o quanto os compradores estão dispostos a pagar por ela. Isso é determinado pela oferta e demanda, que, por sua vez são determinadas pelo investimento estrangeiro, taxas de importação e exportação, inflação e m conjunto de outros fatores econômicos. Em geral, os países com mercados econômicos desenvolvidos e estáveis irão usar um sistema flutuante. As taxas de câmbio flutuantes são consideradas mais eficientes, já que o mercado irá corrigir de maneira automática a taxa para refletir a inflação de outras forças econômicas. Atualmente, o Brasil usa a taxa de câmbio flutuante. Mas, o sistema de flutuação não é perfeito. Se a economia de um país passar por uma instabilidade, um sistema de flutuação não irá incentivar o investimento. Os investidores poderiam ser vítimas das grandes oscilações nas taxas de câmbio, assim como de uma inflação desastrosa. A taxa de câmbio estável é um sistema fixo onde a taxa de câmbio está determinada e é mantida artificialmente pelo governo. Essa taxa será estável para o dólar de algum outro país, em geral, o dólar americano. A taxa não irá flutuar a cada dia. O governo tem de trabalhar para manter sua taxa fixa estável. O banco nacional deve contar com grandes reservas de moeda estrangeira para minimizar as mudanças na oferta e na demanda. Se uma demanda repentina de uma moeda aumentasse a taxa de câmbio, o banco nacional teria de liberar uma quantia suficiente dessa moeda no mercado para atender a demanda. Há também a de câmbio. Com as economias instáveis, alguns países utilizam o sistema estável de câmbio. Os países em desenvolvimento podem usar esse sistema para evitar que a inflação fuja do controle. Entretanto, quando o valor do mercado do mundo real da moeda não for refletido pela taxa estável, tudo pode dar errado. Pode surgir um mercado negro, onde a moeda será comercializada no seu valor de mercado, sem considerar a estabilidade do governo.


O responsável pela fixação das políticas monetária, creditícia e cambial do país é o Conselho Monetário Nacional que é o Órgão normativo, devido ao desenvolvimento destas políticas no cenário econômico, o CMN acaba transformando-se num conselho de política econômica.

Mas qual a importância da Política Cambial? É justamente administrar a taxa de câmbio para garantir o funcionamento regular do mercado através do gestor BACEN que atua nas transações entre o Brasil e o exterior. Em uma empresa a taxa de câmbio pode estimular ou desestimular as trocas internacionais, ou seja, movimentos de mercadorias, serviços e capitais entre os países, que influencia bastante o resultado da Balança Comercial, sendo assim, o câmbio favorável pode contribuir para aumentar a competitividade do produto nacional do exterior.

O mercado financeiro brasileiro sofreu diversas oscilações no último anos decorrentes da variação cambial. Houveram perdas significativas mas também ganhos consideráveis em razão da valorização do real. Por conta dessas oscilações nos últimos 2 anos, após a grande valorização do câmbio em 2012, houve uma queda nas exportações e 2014 fechou com um aumento extremo da inflação.

Em 2012 o poder aquisitivo interno do país foi o maior em anos, com baixa de impostos e IPI’s o brasileiro pode comprar bens tangíveis e de grande valor agregado. A Economia do país estava em alta, mas em 2013 começou a desvalorização do real, aumento de dívidas do país, o governo tornou-se fraco e a já se podiam ver sinais da crise. O aumento da inflação decorrente da variação cambial, faz com que o BACEN aumente a taxa fixa da Selic, aumentando os juros e diminuindo o poder de compra e principalmente desvalorizando o real. Em 2010 e 2011 foram fixadas novas “regras” sobre o pagamento de operações financeiras, as quais tiveram aumento em relação aos últimos anos.

A liberalização dos fluxos de capital e a desregulamentação financeira consagraram a taxa de câmbio como o principal canal de transmissão da instabilidade de um modo geral.

Exemplos de empresas que tiveram ganhos e perdas nos últimos anos decorrentes da variação cambial:

“A Sadia registrou em 2008 o primeiro prejuízo anual em seus 64 anos de história, reflexo de perdas financeiras com instrumentos derivativos e dos impactos da desvalorização do real. A partir de setembro a moeda brasileira sofreu forte desvalorização em meio aos efeitos da crise internacional", informou comunicado divulgado pela empresa. Foi identificado que as operações com derivativos cambiais (Segundo Erick Santos Administrador de Empresas - FCETM UBERABA-MG. Especialização em Controladoria, Auditoria e Perícia Contábil - UNIFRAN) são operações escoradas em papéis classificados como derivativos cambiais, em contratos com vencimentos futuros. Apesar de o vencimento ser de um a dois anos, em média,

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