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A ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA

Por:   •  6/7/2017  •  Resenha  •  1.513 Palavras (7 Páginas)  •  604 Visualizações

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FACULDADE VALE DO CRICARÉ

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

 

Aluno(a): Iara Carlete Maciel
Professor: Giovane Lopes Ferri
Disciplina: Organização do Trabalho na Produção

Período: 5º período

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

A Administração Científica propõe uma abordagem científica para a administração, no entanto, ela mesma carece de comprovação científica e teve sua formulação baseada no conhecimento empírico. A busca pela redução dos custos e o aumento da produtividade nas organizações é uma das principais questões com que se defrontam todas as organizações industrializadas, também no século XXI. Ainda hoje, percebe-se que as linhas de produção buscam identificar os profissionais adequados para desenvolverem as tarefas em tempo reduzido, de forma eficiente, aumentando os lucros e minimizando os custos, porém o que está descartada é a ideia da desumanização do trabalhador, que não é visto mais como uma “máquina”. O trabalhador que atua em organizações de base Taylorista geralmente é preparado para outras atividades e possui um conhecimento mais generalista do processo, deixando de lado a atitude robotizada. Superar o Taylorismo por completo significa um retrocesso na cadeia produtiva, até porque o método trouxe grandes avanços, como a melhoria da qualidade dos produtos, a organização do trabalho, a redução dos custos, o melhor aproveitamento dos empregados, com redução de jornada de trabalho e aumento salarial. O grande diferencial nos dias atuais é que o bem-estar e a segurança do empregado são vistos como essencial para o sucesso organizacional, deixando de lado a visão do empregado como peça de um processo previsível e mecânico.

MODELO BUROCRÁTICO DA ORGANIZAÇÃO

A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos. Max Weber (1864-1920), sociólogo alemão, foi o criador da Sociologia da Burocracia. Seu principal livro, para o propósito deste estudo, é “A Ética Protestante e o Espírito de Capitalismo”. Três tipos de sociedade e autoridade segundo Weber são Tradicional, Carismática e Racional. Weber notou que o capitalismo, a organização burocrática e a ciência moderna constituem três formas de racionalidade que surgiram a partir dessas mudanças religiosas ocorridas inicialmente em países protestantes. Autoridade legal, Racional, Burocrática. A Burocracia segundo Weber, é um modelo de organização humana baseado na racionalidade, ou seja, na adequação dos meios e aos fins. Suas origens remontam a Antiguidade, porém a forma atual surge após a Revolução Industrial. A sociedade Burocrática caracteriza-se pela racionalidade, impessoalidade, formalidade e meritocracia.

TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

A Teoria Clássica da Administração surgiu na Europa. Logo após a Primeira Guerra Mundial, houve uma enorme expansão na indústria automobilística, ferroviária e na aviação militar, civil e comercial. Além, da expansão do jornalismo e das rádios. Um dos teóricos clássicos da administração e fundador da teoria clássica da administração é Jules Henri Fayol. Segundo Jules Fayol, toda empresa apresenta cinco funções: técnicas, comerciais, financeiras, contábeis e administrativas. As funções administrativas tem como definição: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Fayol faz distinção entres administração e organização. Para ele, a administração é um conjunto de processos entrosados e unificados. Diferente de organização, que por si só não envolve, pois abrange apenas a definição estática e limitada. Segundo Fayol, os princípios Gerais da Administração são 14. A teoria da administração tem como base a divisão do trabalho, coordenação, atividades de linhas e de staff. As críticas feitas a esta teoria não diminui o fato de que devemos a ela as bases de moderna teoria administrativa.

TEORIA DA CONTINGÊNCIA

A teoria da contingência baseia-se na premissa da inexistência de um modelo que se adapte a todas as empresas em todas as circunstâncias, pois as mudanças ocorrem nos sistemas em função do impacto de determinados tipos de ocorrências. No inicio da década de 60, foram realizadas várias pesquisas para observar quais eram os modelos estruturais organizacionais mais eficazes, constatou-se que a estrutura da organização e o seu funcionamento são dependentes da interface com o ambiente externo. Essas pesquisas quebraram o paradigma de que a teoria clássica era a mais eficiente, surgiu então a teoria da contingência, pois não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas para o alcance eficaz dos objetivos. Essas pesquisas verificaram se as empresas eficazes seguiam os pressupostos da Teoria Clássica como: hierarquia de autoridade, amplitude de controle, divisão de trabalho, dentre outras. Alguns destaques da Teoria da Contingência: a organização é de natureza sistêmica, isto é, sistema aberto; suas características organizacionais apresentam uma interação entre si e com o ambiente; as características ambientais funcionam como variáveis independentes, enquanto as características organizacionais são variáveis dependentes.
O ambiente é um contexto que envolve a organização (sistema). É a situação dentro da qual uma organização está inserida. Como a organização é um sistema aberto, ela mantém transações e intercâmbio com seu ambiente. Isso faz com que tudo o que ocorra no ambiente venha a influenciar o que se passa na organização. Ao lado do ambiente, a tecnologia constitui outra variável independente que influencia as características organizacionais (variáveis dependentes). Além do impacto ambiental existe o impacto tecnológico sobre as organizações. As organizações dependem da tecnologia para funcionar e alcançar seus objetivos. A tecnologia pode ser vista por 2 ângulos diferentes como: Tecnologia como variável ambiental e Tecnologia como variável Organizacional. Com essa abordagem, portanto, a ênfase passa a ser dada ao ambiente e às demandas deste que impactam a organização. É no ambiente que estão as causas das características das organizações, assim, não há uma forma única de se organizar, tudo depende das características ambientais. A Teoria da Contingência representa um passo além da Teoria dos Sistemas. A visão contingencial sugere que a organização é um sistema composto de sub-sistemas e definido por limites que o identificam em relação ao supra-sistema ambiental. A visão contingencial verifica as relações dentro e entre os sub-sistemas, e entre a organização e seu ambiente. Está voltada para desenhos organizacionais e sistemas gerenciais adequados para cada situação específica.

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