A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL

CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO

TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA - EAD

HELENA NUNES FAGUNDES

RA 1157189

A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL

JI-PARANÁ-RO

2015

HELENA NUNES FAGUNDES

RA 1157189

Trabalho apresentado no curso de graduação ao Claretiano – Centro Universitário. Curso de Tecnologia em Gestão Pública – EAD

Profa. Adriana Duarte de S. Carvalho

JI-PARANÁ-RO

 2015

A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL

        No Brasil, cada vez mais tem se sentido a necessidade de democratizar a gestão pública brasileira. Este trabalho tem a finalidade de descrever como as tentativas de implantar um novo modelo de gestão pública, em que o modelo burocrático coexiste com o gerencial tem impactado a democracia.

        A administração pública no Brasil passou por três diferentes modelos: o patrimonialismo, o modelo burocrático e o modelo gerencial. Atualmente, o que está em voga é o modelo gerencial, porém o modelo gerencial tem convivido com resquícios de práticas patrimonialista, como o clientelismo, o nepotismo, bem como práticas burocráticas.

        O modelo burocrático surgiu da necessidade de defender a sociedade da opressão, da corrupção e do nepotismo que existia no patrimonialismo. A gestão burocrática tem como características principais, a formalidade, a impessoabilidade e o profissionalismo. Outro objetivo do modelo burocrático era aumentar a eficiência no serviço público, por isso era focado em normas e procedimentos. Mas com o tempo surgiu muitas críticas ao modelo burocrático, pois ele se tornou ineficiente devido ao excesso de formalismo e regras muito rígidas, perdendo sua função básica que era de servir à sociedade, daí surgiu o modelo gerencial com o objetivo de sanar essa brecha.  O gerencialismo usa como modelo a empresa privada, pois trata o usuário do serviço público como se fosse o cliente de uma empresa, então ele visa a satisfação da população em geral, visto que ela é a usuária dos serviços públicos. Porém, a administração gerencial não abandonou totalmente a Burocracia, pois incorporou algumas características, como a meritocracia, a avaliação de desempenho, a noção de carreira, etc.  

        Na realidade essa evolução da administração pública através desses três modelos é resultado da democracia, pois se a sociedade não questionasse não haveria mudanças.   Ainda, segundo Capuano (2008), o pensamento gerencialista ao tentar libertar a gestão dos recursos, do controle burocrático, concentrando-se nos resultados, atinge em cheio algo que é precioso ao ideal democrático – a participação do cidadão na vida da administração pública.  O conceito da democracia envolve tanto o controle dos meios como a avaliação dos resultados da gestão.  E essa participação começou principalmente a partir da Constituição Federal de 1988, pois deu a oportunidade ao cidadão de ter uma maior participação nos destinos do País, inclusive na gestão pública.  Essa participação popular tem se dado de diversas maneiras: uma maneira á através de seus representantes eleitos e outra maneira é através de grupos ou associações representativas que poderão intervir na elaboração de leis, nas decisões administrativas e na gestão de bens e serviços públicos. Isso tem ocorrido principalmente nos Municípios, onde a distância entre o poder público e o cidadão é menor.  Esse novo modelo de gestão participativa tem sido denominado de gestão democrática e se originou com a importação de várias técnicas de gestão empresarial para o setor público.

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