A Administração No Brasil
Por: Lukas Bezerra • 11/9/2015 • Trabalho acadêmico • 2.014 Palavras (9 Páginas) • 918 Visualizações
Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte [pic 1]
A Administração No Brasil
Natal , 10 de Abril de 2014
Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte[pic 2]
A Administração No Brasil
Equipe: Jessica Perreira de Carvalho
Karla Maryelle de Barros
Lucas Bezerra de Farias
Raissa de Oliveira de Ferreira
Tercia Maria Bezerra Barbosa
[pic 3]
Natal , 10 de Abril de 2014
Introdução
Este é um trabalho de primeiro período, solicitado pela disciplina de Administração e Mercado De Trabalho, do curso de Administração da Faculdade Estácio Do Rio Grande Do Norte, cujo objetivo é exercitar o aluno no estudo e conhecimento introdutório da administração e Mercado De Trabalho.
O assunto a ser tratado tem por base um resumo da obra “Administração – Teoria e prática no contexto brasileiro” de Felipe Sobral e Alketa Peci, em que serão examinados diversos aspectos referentes à matéria.
O tema aborda os itens:
1.5.1 – o estilo brasileiro de administrar;
1.5.2 – Características dos administradores brasileiros;
1.5.3 – Perfil das empresas brasileiras.
A administração No Brasil
A administração é uma prática universal. Nos Estados Unidos, no Japão, na Europa ou No Brasil, as organizações precisam ser administradas, e o trabalho do administrador é basicamente o mesmo: guiar as organizações de forma a alcançar os objetivos. No entanto, as características distintas das culturas nacionais condicionam o modelo de gestão adotado. Mais quais são os traços característicos da cultura brasileira? Em que medida eles influenciam os comportamentos dos administradores e o perfil das organizações brasileiras?
O estilo Brasileiro de administrar
O conhecimento do contexto cultural no seio do qual se desenvolve a atividade empresarial é fundamental para compreender as práticas administrativas e gerenciais brasileiras. A cultura brasileira apresenta alguns traços que lhe permiti distinguir-se de outras culturas nacionais.
Uma das principais pesquisas sobre estilo brasileiro de administrar foi realizada por Betânia Barros e Marco Aurélio Prates com 2500 administradores brasileiros. Esses pesquisadores desenvolveram um modelo de interpretação de cultura brasileira segundo quatro grandes subsistemas: o institucional, o pessoal, o dos líderes e o dos liderados.
A interseção dos subsistemas resulta em nove traços culturais características dos administradores brasileiros.
Concentração de Poder: A concentração de poder representa o lado institucional da relação líder-liderado e reflete a tendência das organizações brasileiras para centralizar o poder e a autoridade no líder. A principal consequência desse traço cultural para a administração é a elevada distância hierárquica entre os diferentes níveis organizacionais.
Personalismo: O personalismo representa o lado pessoal da relação entre líder e liderado e reflete a tendência para cultivar a proximidade e o afeto nas relações interpessoais. Se a concentração de poder reforça a hierarquia, o personalismo atenua-a.
Postura de Espectador: A postura de espectador reflete a passividade e a conformação dos liderados perante o líder. Esse traço cultural é a caracterizado pela aceitação passiva da realidade, pela pouca iniciativa e pela transferência de responsabilidade.
Aversão ao Conflito: Reflete a tendência para evitar situações de confronto, normalmente como uma forma de lidar com a concentração de poder. Tem como principal reflexo na administração a fuga à discussão assertiva dos problemas e a procura de soluções mediadas.
Formalismo: O formalismo é o traço cultural que resulta da intolerância à incerteza e é caracterizado pela necessidade de construir e instituir práticas por meio de leis e regulamentos que prevejam e impeçam desvios comportamentais. Sua principal consequência para a administração é o excessivo número de normas e regulamentos que inibem o comportamento dos administradores e, consequentemente, diminuem a competitividade das organizações brasileiras.
Lealdade às Pessoas: Representa a contrapartida do subsistema pessoal ao formalismo do subsistema institucional e configura-se como um mecanismo de integração e coesão interna dos grupos sociais e de mediação da relação entre líder e liderados. Do ponto de vista organizacional, o principal impacto é a sobrevalorização das necessidades do grupo em relação às da organização.
Paternalismo: É o traço cultural que permiti a articulação entre concentração de poder e o personalismo do líder perante os liderados. A principal consequência para a administração desse traço cultural brasileiro reflete-se na influência das relações pessoais e de confiança nas nomeações para posições e cargos, em detrimento mérito individuais.
Flexibilidade: É um dos traços mais marcantes da cultura brasileira e caracteriza-se pela facilidade de adaptação a novas situações -O ‘famoso jeitinho brasileiro’. A flexibilidade permite, em contextos empresariais, decisões rápidas e criativas, adaptadas a um ambiente em permanente mudança.
Impunidade: É um traço que marca profundamente o comportamento gerencial brasileiro e deve ser considerado no contexto da complexa rede de relações pessoais e institucionais que caracterizam o sistema cultural do Brasil. Esse traço cultural resulta na permissividade à transgressão de normas para proteger as redes e grupos às quais o indivíduo pertence (lealdade às pessoas) e na aceitação de outras para evitar conflitos. Para as organizações, a impunidade tem como principal consequência o descrédito no sistema de avaliação das pessoas.
Todos esses traços da cultura são observados nas organizações brasileiras, em maior ou menor grau.
Características dos administradores do brasil
De forma complementar, outros estudos têm procurado identificar quais são os comportamentos e atitudes característicos dos administradores brasileiros que definiriam um estilo de gestão nacional.
Destaca-se um estudo de três brasileiros (Costa, Fonseca e Dourad ),
no qual são identificadas as principais características dos administradores brasileiros:
- Visão imediatista, com priorização do curto prazo;
- Desvalorização do planejamento, em geral, e do planejamento estratégico, em particular;
- Prática de relações interpessoais baseadas na docilidade e no respeito pelo poder constituído;
- Prevalência de estilo gerencial marcado por grande distância entre discurso e prática.
- Disfarce das formas autoritárias de poder;
- Domínio de uma conduta gerencial sensível a modas;
As fragilidades e limitações apontadas no modelo de gestão brasileiro, como a impunidade e o paternalismo, a preferência por estilos autocráticos de liderança e controle, a aversão ao risco ou o foco imediatista da gestão, podem induzir à ideia errônea de que a administração brasileira será sempre ‘refém’ desses condicionantes culturas e, portanto, fadada à mera réplica e sustentação do status quo.
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