A Adoção de práticas de governança corporativa

Case Ceratti

1. A adoção de práticas de governança corporativa por parte da Ceratti foi o principal diferencial para que a empresa para que a empresa contrariasse as estatísticas citadas.

A partir do estabelecimento de parâmetros para um membro da família possa assumir o controle do negócio, fica claro que visão da companhia é a de perpetuação no mercado em detrimentos dos interesses pessoais, o que permite que a empresa continue a crescer independente da figura que a dirigia, pois, esta sempre terá o preparo suficiente para conduzir o negócio.

2. O principal valor passado pela Ceratti a cada geração é o compromisso com a satisfação do cliente através da qualidade dos produtos. Ao longo dos anos as operações da companhia foram crescendo, mas sem perder a qualidade que caracterizou como grande fabricante de embutidos.

3. Os conflitos familiares enfrentados pela Ceratti contribuíram significativamente para o desenvolvimento futuro da empresa, pois estes propiciaram a construção da alteração dos termos societários o que permitiu a aposentadoria do fundador da empresa a adoção de práticas de governança corporativa o que permitiu que os conflitos familiares não devem interferir nas decisões da empresa.

Por conta de experiências negativas no passado, por morte de herdeiros e disputas por patrimônio, a empresa adotou uma postura de prevenção de eventuais conflitos e, para tanto, formulou acordos de acionistas que estabelece regras da a entrada dos herdeiros na gestão. Mario Ceratti foi o último herdeiro a assumir mandatória e hereditariamente a gestão.

Atualmente trabalha na empresa a terceira e a quarta geração. A candidata natural a sucessão e a sobrinha neta de Mario, Bárbara, que cuida de uma boa parte da área comercial e da área de projetos da empresa, é proveniente da única parte da família que detém 50% das cotas e, segundo o presidente substituirá Mario na presidência por ser avaliada como qualificada profissionalmente para o posto.

4. A profissionalização é o processo pelo qual uma organização familiar estabelece um plano de gestão, assumindo práticas administrativas mais modernas, exigindo de seus colaboradores sejam eles talentos externos ou membros da família o necessário preparo para desempenhar funções dentro da empresa e apresentar resultados.

Para assumir o cargo de presidente da Ceratti, não basta ao postulante ser membro da família, algumas etapas devem ser cumpridas, tais como formação superior, pós-graduação, domínio da língua inglesa e experiência de trabalho de no mínimo três anos fora da Ceratti. Os padrões exigidos garantem que meritocracia será respeitada nos momentos em que sucessões aconteçam na empresa.

Indiscutivelmente, a profissionalização é essencial para as empresas que desejam perpetua-se.

Neste sentido, a profissionalização de uma empresa familiar deve ser completa, ou seja, devem ser observadas três perspectivas: a profissionalização dos gestores, profissionalização dos familiares e a profissionalização dos sócios.

5. Um processo de sucessão bem estabelecido permite a minimização dos conflitos familiares acerca de quem assumirá a empresa o que facilita sua manutenção no mercado ao longo prazo. Para que o projeto seja bem implantado é necessário que todos os atores sejam envolvidos no processo compreendam bem o papel. Cabe ao fundador decidir qual o momento ideal para passar o comando e quando isto ocorrer o mesmo deverá preparar a sua sucessão de forma natural e estruturado não devendo tentar nenhum tipo de influência nas decisões da empresa após o seu desligamento, a não ser quando solicitado. Cabe aos herdeiros a consciência de que não são donos e sim sócios, que devem manter informados a todos os interessados sobre os rumos tomados pela organização a partir de sua gestão.