A Analise Critica

MESTRADO ACADÊMICO EM ADMINISTRAÇÃO

COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

PROFESSOR: NELSIO ABREU

ALUNA: LAURA MARIA AGUIAR COSTA

ANÁLISE CRÍTICA                     

Referências [pic 2]

        

        Um dos maiores problemas enfrentados pela sociedade moderna é a obesidade infantil, problema este que pode causar tanto danos físicos quanto psicológicos para uma criança acima do peso. Neste sentido, o trabalho de Moore et al. (2017) toma como base a relação do consumo para com a obesidade, e visa construir uma perspectiva mais sólida sobre como uma família influencia sua criança para longe ou perto do excesso de peso. Para tal, os autores delimitam cinco frameworks que vem a ser os principais contribuintes na relação a ser estudada. O primeiro deles é a predisposição genética, seguido pelo estudo dos insumos dos pais e da família, os elementos do desenvolvimento da criança, as interações entre pais e filhos, finalmente, a transferência de perspectivas entre as gerações.

        Assim, ao realizar diversas pesquisas em fontes advindas de outras disciplinas e pesquisas na área do consumo, os autores explicam minuciosamente cada um dos frameworks supracitados, demonstrando o papel familiar nos comportamentos que levam à obesidade infantil, como por exemplo o hábito de realizar as refeições em horários comuns a toda família, como sendo algo influenciador no sentido da percepção de não haver regras de controle para o horário de comer. Desta forma, após a construção de todos os quadros é possível verificar onde se encontram as oportunidades de pesquisa na área, diante dos estudos escassos na área e da necessidade deste avanço como uma forma de combate a este problema de saúde pública.

        Ainda no contexto infantil, Götze et al. (2009) visam em seu trabalho verificar exploratoriamente que as crianças não só influenciam no consumo familiar convencional, como também impactam no processo decisório de compra de produtos inovadores. Sendo assim, os autores utilizaram-se da amostra composta por um grupo 14 famílias, aplicando-se o método de diário de forma a captar a natureza da influência das crianças, sem perder dados devido ao desgaste temporal ou esquecimento de possíveis fatores. Contudo um fator preponderante que deveria ser estudado em futuras pesquisas seria o da questão ética do marketing. Visto que algumas organizações se aproveitam da vulnerabilidade do consumidor infantil, e de seu poder de persuasão com seus pais, e utilizam-se disto como sendo um passo para alçar o mercado, estimulando hábitos de consumo.

        Ao analisar ambos os textos, é possível observar um cenário no qual o consumo está sendo colocado nas famílias por meio de seu membro com menor poder de discernimento, as crianças. Sendo assim, no contexto do artigo de Moore et al. (2017), o que se pode colocar é que esta pesquisa não deve parar, visto que o modelo apresentado se enquadra em diversos contextos, podendo ser aplicado ainda com adolescentes. Podendo ser agregado outros fatores mercadológicos neste tema, elaborando uma TCR a partir da ideia gerada com base na relação entre hábitos de consumo familiar e a obesidade infantil.