A Cadeia de Suprimentos
Por: Bárbara Araújo • 27/8/2019 • Trabalho acadêmico • 2.128 Palavras (9 Páginas) • 576 Visualizações
Universidade Federal de Uberlândia
Faculdade de Ciências Integradas do Pontal
Curso de Graduação em Engenharia de Produção
Bárbara Bruna de Araujo Oliveira barbaraaraujo_@hotmail.com
Cadeia de Suprimentos da BRF – Foco na Montante
Professora: Cynara Mendonça Moreira Tinoco
Ituiutaba – MG
13 de Janeiro de 2015
Introdução
Neste artigo foi apresentada a cadeia da BRF, grande empresa brasileira do ramo alimentício, fundada a partir da união de duas grandes marcas, Sadia e Perdigão. As duas maiores unidades da empresa estão localizadas em Uberlândia-MG e em Rio Verde –GO.
A cadeia de suprimentos “é a rede de organizações envolvidas, por meio de vínculos a montante e a jusante, nos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços destinados ao consumidor final”. (TAYLOR, 2005). Um fabricante considera que seus fornecedores, ou seus canais de suprimento, estão a montante enquanto os canais de distribuição aos clientes estão a jusante.
A BRF é uma empresa verticalmente integrada, o que significa que é uma empresa que tem atuação em mais de um estágio do processo produtivo. A empresa possui o controle de aumentar ou reduzir a produção, à sua vontade, de modo que há maior coordenação nos diferentes passos da cadeia de produção ou de valor.
Entre fornecedores e a empresa, existem uma série de acordos para que assim se garanta o nível de serviço pretendido pela organização.
A Empresa
A BRF é uma das maiores empresas de alimentos do país, detentora das marcas Sadia, Perdigão, Batavo, Elegê, Qualy, Chester, Perdix e Paty. Tem foco na produção e comercialização de aves, suínos, cortes de carne bovina, leite, lácteos e alimentos processados com um portfólio de mais de 5 mil itens. É um negócio verticalmente integrado, distribuído no Brasil e em 140 países.
Foi criada a partir da união das marcas Perdigão e Sadia, cuja fusão foi anunciada em 2009 e concluída em 2012, e é responsável por 20% do comercio mundial de aves.
A empresa conta com 49 fábricas em todo país e 29 centros de distribuição. Existem 48 pontos de cross docking e os veículos de transporte da produção são alugados em regime de exclusividade. Conta ainda com 22 escritórios e 11 unidades industriais no exterior.
Um Programa de Monitoramento da Cadeia de Fornecedores envolve seis diretorias da empresa que são responsáveis por grupos de trabalho: Bovinos, Grãos, Farelos e Óleos, Logística, Agropecuária, Suprimentos e Lácteos.
Dos fornecedores da empresa, os de proteína animal representam de 70% a 80%, o restante é de matéria prima, onde as principais são açúcar, óleo de soja e embalagens. Os critérios de seleção da matéria prima são qualidade, sustentabilidade e preço.
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Figura 1 – Unidades Industriais no Brasil
Desempenho e Mercado
Atualmente a BRF é responsável pela produção de 5,4 milhões de toneladas/ano de alimentos, abatendo anualmente 1796 milhões de cabeças de ave e 9744 milhões de cabeças de suínos e bovinos.
A empresa é a maior exportadora brasileira de produtos de aves e está entre as maiores exportadoras do mundo, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o Oriente Médio é o principal destino de exportação.
Também é a exportadora brasileira líder em produtos de carne suína, com base em volumes de vendas de exportação, segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína, ou “ABIPECS”.
O segmento de lácteos da BRF tem 10,8% de participação em market share, se mantendo em 3º lugar, atrás de Nestlé e Danone. Neste segmento, a empresa passou a adotar a estratégia de focar num mix de maior valor agregado, reduzindo a dependência de leites UHT, o que levou a melhores resultados para a empresa.
A área de negócios especifica para o Food Service tem crescido na empresa, que está investindo em aumentar o portfólio de produtos.
Dentre os principais clientes da BRF estão distribuidores, para o mercado institucional (restaurantes fast food) e empresas processadoras de alimentos.
Os preços do farelo de soja e da soja, que são importantes ingredientes das rações para animais, estão diretamente vinculados ao dólar norte-americano. O preço do milho, outro importante ingrediente das rações, também está vinculado ao dólar, ainda que em um nível inferior com relação ao preço do farelo de soja e da soja. Além do farelo de soja, da soja e do milho, é comprado, dos fornecedores localizados no exterior, tripas para lingüiças, nutrientes minerais para ração, embalagens e outras matérias primas, assim como equipamentos para uso em unidades de produção, os quais são pagos em dólar ou outras moedas estrangeiras. Quando o real se desvaloriza frente ao dólar, o custo em reais das matérias primas e equipamentos atrelados à moeda dos Estados Unidos aumenta, sendo que tais aumentos podem afetar negativa e materialmente os resultados operacionais. Embora a valorização do real tenha um efeito positivo nos custos devido ao fato de que parte deles são fixados em dólar, essa redução dos custos em dólar devido à valorização do real não afeta imediatamente os resultados operacionais da empresa por causa da duração do ciclo de produção de aves e porcos.
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Seleção dos Fornecedores
A BRF seleciona seus fornecedores através de questionários de auto avaliação e de auditorias socioambientais presenciais, que identificam temas que precisam ser priorizados pelos fornecedores. Além disso, são realizadas visitas técnicas para avaliar as propriedades, avanços que devem ser implantados e aspectos como limpeza, higiene, conforto do animal e legislação trabalhista e animal. É feita uma visita técnica e deixado um plano de ação de melhorias com um manual de Boas Práticas que o fornecedor deve seguir e se adequar. Posteriormente são feitas outras visitas, para verificar as adequações de acordo com as especificações do plano de ação. No caso dos fornecedores lácteos é seguido uma sequência de visitas para adequação do fornecedor aos padrões da BRF:
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