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A Cadeia de Suprimentos

Por:   •  24/5/2015  •  Artigo  •  4.287 Palavras (18 Páginas)  •  227 Visualizações

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O NOVO HÍBRIDO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DO SETOR AUTOMOTIVO: OPERAÇÕES ENXUTAS E RESILIENTES

Cleiton Fumio Kimimoto1, José Valter Frare Jr2, Luiz Carlos Relva3, Natália C. B. Máximo4

Me. Sílvio Ribeiro5

1,2,3,4 Acadêmicos do Curso de Tecnologia em Logística da Faculdade de Tecnologia de Lins Prof. Antônio Seabra – Fatec, Lins-SP, Brasil

5 Docente do Curso de Tecnologia em Logística da Faculdade de Tecnologia de Lins Prof. Antônio Seabra – Fatec, Lins-SP, Brasil

RESUMO

        O artigo procura mostrar que a cadeia de suprimentos engloba todas as fases da formação de um produto até a entrega final ao consumidor ou cliente, com um produto de qualidade, em um prazo curto e preço justo, com este pensamento as indústrias automobilísticas vêm se estruturando para atender essas necessidades, apostando em um novo modelo para a cadeia de suprimentos, onde todos os integrantes diretos e indiretos participam de um controle efetivo da cadeia em seu todo. Com a previsão de crescimento principalmente em países emergentes as indústrias focam na eficiência da cadeia de suprimentos com isto as mesmas estão construindo suas fábricas com estruturas maiores capazes de produzir vários modelos, produção global assim utilizando as mesmas plataformas, instalando suas fábricas mais próximas dos locais de demanda, tudo pensando em baixar os custos dos produtos. Uma cadeia de suprimentos enxuta e resiliente se faz necessária na atual conjectura para a sobrevivência das empresas num mercado cada vez mais competitivo, com isto as parcerias se fazem necessárias como veremos neste artigo.

INTRODUÇÃO

        Na época antiga as mercadorias eram produzidas distantes de onde eram consumidas e não se tinha facilidade em encontra-los. Também outro fato importante é que não se tinha um sistema de transporte e de armazenagem eficiente, onde as mercadorias chegavam para poucos e o sistema de armazenamento era ineficiente.

        Coma evolução do comércio se fizeram necessário a implantação de sistemas logísticos eficientes e adequados a cada época, e estes evoluem a cada tempo, ganhando novos conceitos e importâncias nas organizações.  

        Na década de 90 houve uma profunda reflexão nos paradigmas sobre os sistemas produtivos. A produção industrial, comercialização e o relacionamento entre pessoas e empresas foram revistas, sofreram profundas mudanças na cadeia de suprimentos das industrias. Novos desafios, oportunidades e ameaças foram apresentadas em consequência da globalização da cadeia de suprimentos, criando uma nova visão nas empresas que deixaram de operar de modo multidoméstico para atuar de forma integrada em todo o globo.

        Nos dias de hoje as organizações tem procurado o aumento da eficiência do fluxo de materiais dentro da empresa e em toda cadeia de suprimentos, com isso os fornecedores trabalham com os prazos cada vez mais apertados impostos pelas organizações para a entrega dos produtos, sendo este gerenciamento estratégico visa maximizar as partes da cadeia produtiva, visando atender o consumidor final de maneira mais eficiente, com produto de melhor qualidade e com redução do custo.

        Atualmente as cadeias de suprimentos (CS), precisam responder cada vez mais rapidamente e estarem dispostas a enfrentar as mudanças produzidas pelo “efeito borboleta”. As montadoras do setor automobilístico, tem a necessidade de reavaliar o foco com que opera suas cadeias de suprimentos e processos logísticos, para prevenir futuras crises. Pois as atuais CS, precisam de tornar cada vez mais resilientes[1] e ágeis para sobreviver ao “efeito borboleta” – onde uma pequena mudança em algum ponto da cadeia de suprimentos pode geram consequências impactantes no negócio, tais como perder clientes, afetar a reputação da marca e impactar a lucratividade em milhares de bilhões de dólares.

        As empresas correm riscos em assumir danos críticos devido a crescente incerteza e vulnerabilidade de suas CS diante de fatores como a volatilidade econômica, os desastres naturais e a instabilidade política.

        Neste presente artigo mostra a evolução da indústria automotiva e os benefícios de reavaliar e rever suas cadeias de suprimentos, buscando introduzir novos modelos “híbridos” de CS com operações enxutas e resilientes, podendo agregando elementos como redundância controlada e planos de contingência para melhorar a sua resistência e protegê-las contra possíveis eventualidades.

1        CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE CADEIA DE SUPRIMENTOS

        

1.1        CONCEITO

        O conceito de Cadeia de Suprimentos é algo relativamente novo, suas bases remontam do nascimento da logística como ciência administrativa em 1950, que por sua vez se entrelaçam de forma a gerar a dúvida de que – A Logística é uma ferramenta da Cadeia de Suprimentos ou seria a Cadeia de Suprimentos uma ferramenta da Logística?

        A cadeia de suprimentos é uma rede que engloba todas as empresas que participam diretamente das etapas da formação e comercialização de um produto ou serviço, que será entregue a um cliente final. As referidas empresas podem ser de diversos tipos, desempenhando diferentes responsabilidades na cadeia, desde a extração de um minério ou a manufatura de um componente, até mesmo a prestação de um determinado serviço ou de vendas. Dependendo do seu produto, a empresa pode participar de diferentes etapas na cadeia de suprimentos.

        Uma das maiores evoluções aconteceu no conceito de cadeia de suprimentos, segundo Ballou (2006) cadeia de suprimentos é um conjunto de atividades funcionais (transporte, controle de estoque, etc.) que se repetem por várias vezes ao longo de todo canal onde a matéria prima vai se transformando em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor até chegar ao cliente final.

        O tema cadeia de suprimentos é muito relevante com amplas ramificações, por isso é muito importante que se introduza outros conceitos. Para Cristopher (1998) é uma rede de organizações que estão envolvidas através das ligações a jusante e a montante nos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços que serão entregues ao consumidor final.

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