A Ciência Política
Por: Daniel Araújo • 31/10/2019 • Trabalho acadêmico • 628 Palavras (3 Páginas) • 134 Visualizações
Universidade Federal Fluminense (UFF)
Curso de Administração Pública
Disciplina: Ciência Política
Nome do Aluno: Daniel da Costa Araújo
Polo: CEDERJ – Belford Roxo
Matricula: 19113110293
Ao longo da história podemos observar a sede de poder por diversos indivíduos, grupos e países. Grandes nomes da humanidade nos deixaram vários tipos diferentes de poder e governo, como: Alexandre, O Grande; Napoleão Bonaparte; Thomas Jefferson; Marechal Deodoro da Fonseca; entre outros. Cada um defendendo um ideal, aquilo que acreditava ser o necessário para o crescimento da nação, o que custou diversos conflitos com aqueles que estavam contra esses ideais.
Portanto, os tipos de Poder foram definidos e classificamos de duas formas: de acordo com os meios pelos quais ele é exercido; ou de acordo com os fins.
A tipologia moderna do poder supõe que ele é composto por quatro elementos, sendo eles: Sujeito, Objeto, Meio e Fim. Porém Aristóteles considera apenas três dos quatro elementos, deixando de lado o Meio.
Aristóteles ainda define o poder em três partes: o poder paterno é exercido no interesse do objeto de seu exercício, o filho; o poder despótico, exercido no interesse do sujeito que o exerce, o senhor; e o poder político, no interesse do sujeito e do objeto, governantes e governados.
Realizando uma pequena análise entre as três formas de poder da tipologia clássica, o poder político se torna o mais complexo, pois sua finalidade é priorizar o interesse dos dois agentes envolvidos, sendo assim, no fim as duas partes (sujeito e objeto) devem ser beneficiadas.
Embora Aristóteles ter formado essa definição de poder, ele tinha ciência de que nem todos os governos exerciam dessa forma, muitos deles exerciam o poder no seu próprio interesse. Para solucionar esse problema, partiu para uma outra tipologia, a das formas de governo.
A tipologia aristotélica atribuía uma variável a mais à tipologia das formas de poder, o número de governantes. Dividida em 3 categorias: o governo de um só; o governo de poucos; e o governo de muitos.
De uma forma mais abrangente Aristóteles definiu como um bom governo aquele que satisfaz o interesse de todos em uma sociedade. Podendo ser exercido:
- Por um só indivíduo, o rei, no caso da monarquia;
- Por uma minoria, os melhores, no caso da aristocracia;
- Pela maioria, no caso da politeia, que significa governo da pólis.
Já o mau governo prioriza apenas as vontades de quem se encontra no poder, e também pode ser exercido:
- Por um só indivíduo, isto é, pelo tirano;
- Por uma minoria, isto é, pelos mais ricos, no caso da oligarquia; ou
- Pela maioria que exerce o poder em seu próprio interesse.
Precisamos ter ciência de que o termo democracia tinha, na antiguidade, uma conotação negativa, diferente do que temos hoje. A democracia atual é algo que prezamos e defendemos com orgulho, respeitando os direitos da minoria.
Segundo a tipologia moderna, o pensador Norberto Bobbio acredita que a partir dos meios o poder é exercido de modo triparte. Sendo eles:
- O poder econômico é exercido por todo aquele que “se vale da posse de certos bens, necessários ou considerados necessários, numa situação de escassez, para induzir aqueles que não os possuem a certo comportamento, que pode ser, principalmente, certo tipo de trabalho”(BOBBIO, 1984, p.7).
- O poder ideológico “funda-se sobre a influência que baseado na influência que as ideias formuladas de certa maneira, ou emitidas em certas circunstâncias, por uma pessoa revestida de autoridade, e difundidas por certos meios, tem sobre o comportamento dos comandados.” (BOBBIO, 1984, p.7).
- O poder político é fundamentado na “posse dos instrumentos através dos quais se exerce a força física, isto é, através das armas de qualquer espécie e grau.” (BOBBIO, 1984, p.8).
A relação do estado e do poder político advém da força bruta aplicada pelo Estado sobre o indivíduo para que estes cumpram com seus deveres, ou seja, o Estado e o poder político são indissociáveis.
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