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A Comunicação Informal

Por:   •  21/2/2017  •  Artigo  •  2.170 Palavras (9 Páginas)  •  452 Visualizações

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INFLUÊNCIA DOS GRUPOS INFORMAIS NAS ORGANIZAÇÕES

Patrícia dos Santos Sousa1

Rafael do Nascimento Gonçalves2

Resumo

Os seres humanos naturalmente relacionam-se entre si, estabelecem comunicação e formam grupos. Nas empresas ou organizações não é diferente e esse comportamento também é observado. Esses grupos paralelos à estrutura da organização formal são denominados grupos informais. O presente trabalho tem como objetivo discutir a influência dos grupos informais nas organizações, levando-se em consideração os fatores que condicionam a formação desses grupos, além da discussão das vantagens e desvantagens da comunicação interna, cultura e clima organizacional e liderança informal. A metodologia consiste na revisão bibliográfica de artigos, livros e periódicos que tratam do tema em questão. Os grupos informais são parte importantíssima da organização formal e devem ser tratados com devida atenção e respeito pela gestão.

Palavras-chaves: grupos informais, comunicação interna, liderança informal.

1. Introdução

Os grupos informais surgem de maneira espontânea dentro das organizações, caracterizam-se pela fluidez, pessoalidade e pela convivência com pessoas que têm interesses comuns. Segundo, Nunes (2015, p. 1) os grupos ou organizações informais são um “conjunto de relações ou interações que surgem espontaneamente entre os seus membros e que não são previstas ou formalizadas pela organização formal.  Tal fato mostra que nesse tipo de relação informal o grau de hierarquia que o empregado ocupa na empresa nem sempre será determinante na construção de sua rede de amizades.

De acordo com Maximiano (2009), dentro dos próprios grupos informais há subgrupos que ele designa de “grupo de interesse” e “grupo de amizade”. O grupo de interesse é relativo aos grupos que têm interesses em comum sem necessariamente formar laços de amizade. Já o grupo de amizade engloba integrantes com afinidades e que envolve sentimentos e afetividade.

Carvalho e Serafim (1995 apud AVELAR et. al 2013) também classifica os grupos informais. Para o autor há três categorias principais: Grupos informais horizontais abrangem os empregados de categoria semelhante e mesmo ambiente físico. Grupos informais verticais: formados por empregados de diferentes na organização, mas que dependem uns dos outros par realização de suas tarefas e os grupos informais mistos, que integram profissionais de diferentes categorias, áreas de atuação e ambiente de trabalho.

Outra característica fundamental dos grupos informais é a comunicação interna, fator preponderante dentro das organizações que se caracteriza pela troca de informações e ideias entre os indivíduos de um grupo. Essa comunicação é essencial nas organizações, principalmente porque contribui para o bom relacionamento entre os indivíduos além de facilitar a interação entre os diversos setores e níveis da empresa.

Cabe ressaltar que no início dos estudos sistemáticos da Administração pensava-se que só o grupo formal interessava ao administrador, enquanto o grupo informal seria objeto de estudo apenas de psicólogos e sociólogos, no entanto observou-se que a organização formal depende diretamente dos grupos informais, haja vista que, os indivíduos agem levando em consideração o comportamento e as decisões do grupo, esperando recompensas e evitando retaliações. Os indivíduos procuram fazer com que suas ações sejam o reflexo da conduta esperada pelos integrantes do grupo.

2. Origens dos grupos informais

Desde a antiguidade o homem sempre buscou conviver em grupos, como no período do paleolítico e neolítico no qual se observa que nessa época já se tinha uma idéia de grupos, pois como um tempo o homem deixou de se deslocar de um lugar para outro em busca de alimentos, passando a ter morada fixa. A partir daí a sociedade já vinha com concepção de grupos, que com a evolução da humanidade, as medidas tecnológicas de aperfeiçoamento foram surgindo.

Com o crescimento comercial ao mesmo tempo cresciam as cidades e os europeus voltaram a navegar, pois com o comercio a longa distancia promoveu-se a formação de feiras que em certos casos, tornaram-se mercados permanentes. No qual também deu grande contribuição para a organização dos grupos que aos poucos iam se tornado referencia.

Um grande marco na evolução dos grupos se dá no século XVIII época da revolução industrial, onde foram introduzidas importantes inovações tecnológicas na Inglaterra, como a máquina de fiar, a máquina a vapor e o tear mecânico. Essas inovações provocaram grandes transformações no modo de organizações do trabalho, impulsionando os grupos no ambiente laboral.

A partir da revolução o capitalismo se desenvolveu rapidamente de onde se espalhou para outros países, logo a atividade exercida nas fábricas exercia uma total submissão à disciplina, impondo uma rotina monótona para os trabalhadores. A divisão dos grupos no trabalho e a mecanização da produção aumentavam os rendimentos do capitalista.

Partindo do pressuposto de que a revolução provocou grandes transformações sociais na Inglaterra. A concentração populacional aumentou durante todo o século XIX. Logo, as formas de relação de trabalho, ou seja, os grupos passaram por profundas mudanças. O trabalho apressado e incessante nas fábricas acelerou, também, o ritmo de vida dos habitantes das cidades industriais.

Acredita-se que com a as transformações vividas no dia a dia e cotidiano dos operários, surgiu a ideia de grupos formais no qual apresentaram “valores”, que segundo Chiavenato (2010) é uma convicção sobre o que se pode ou não realizar, constituem sobre o que é ou não essencial para ordenar a conduta pessoal.

Com o passar do tempo vários termos foram surgindo como, organizações, Chiavenato (2010) afirma que são constituídas de seres humanos, e que tem uma tendência de evoluir ou pelo menos se manter viva. Daí a importância para a sociedade em toda a organização para os grupos.

A partir da ideia apresentada de que diversas maneiras são aproveitadas para explicar os que labutam na organização, Chiavenato (2010) nos lembra organizações são chamadas de funcionários, empregados, trabalhadores, quando as mesmas as tratam como o tal.  Por isso é importante constituir o trabalhador como algo indispensável para a organização da empresa, logo, sem a respectiva função não faz sentido. Mesmo que diversos grupos constituídos dentro do ambiente laboral.

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