A Demonstração de Fluxos de Caixa

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL

Fichamento de Estudo de Caso

Renan Silva Ferreira

Trabalho da disciplina Contabilidade

                                                 Tutor: Prof. Claudia Basílio

Belo Horizonte

2017

Estudo de Caso: 

Matemática Financeira

Demonstração de Fluxos de Caixa: três exemplos

REFERÊNCIA:  SIMONS, Robert L.; DAVILA, Antônio. Cafés Monte Bianco: Elaboração de um Plano Financeiro. Harvard Business School. Novembro de 2000.

        CIA Cafés Monte Bianco foi fundada por Mario Salvetti, que após várias décadas vivendo e trabalhando em plantações de café na América do Sul, retornou para Milão na Itália para combinar os melhores grãos que havia encontrado em sua trajetória no novo continente. Em pouco tempo a Cafés Monte Bianco tonou se sinônimo de café de alta qualidade e sabor em toda a Europa. A empresa manteve-se sob a gestão da família ao longo de oito décadas, passando de Mario para seu filho Ruggero, que por sua vez passou para seu filho e atual CEO da CIA Giacomo.

 Assim com seu pai e avó Giacomo buscava o constante aprimoramento da marca, o que fazia através da manutenção de contato constante com grandes produtores de café, viajando a áreas de cultivo nos mais diversos locais do mundo e por último mantendo uma equipe de pesquisadores que buscavam por novos sabores e combinações cafés que pudessem agregar ao a qualidade do produto ofertado pela CIA.

Como pretendia superara o sucesso do avô a frente da CIA, Giacomo investiu agressivamente na expansão da capacidade produtiva da Cafés Monte Bianco, conseguindo um retorno considerável nos cinco anos seguintes ao feito. Um ponto de extrema relevância para tal sucesso foi a produção de café para de marcas próprias para dois grandes supermercados italianos, processo que teve início em 1998 após uma forte desaceleração do consumo de cafés Premium.

Diante da grande procura de redes varejistas a Cafés Monte Bianco em busca de fornecimento de marca própria, Gicomo se reúne com sua equipe afim de decidir a melhor forma de direcionar a capacidade produtiva de sua empresa. De uma forma geral lhe foi apresentado que aumentar a produção das marcas próprias significaria reduzir a de cafés tipo Premium, isto devido as limitações produtivas de sua CIA.

A diretoria se dividiu basicamente em dois pontos de vista, uma que defendia que toda a força produtiva da CIA fosse direcionada a produção de café marca própria para as redes varejistas, tendo em vista sobre tudo, o peso que esse segmento teve no faturamento da empresa nos últimos anos e a estabilidade por ele proporcionada. Uma segunda corrente defendia que a empresa não devia de forma alguma abandonar os ideias de seu fundador, mantendo a produção de café Premium como seu carro chefe, considerando além dos demais pontos a alta lucratividade do produto, ainda mais se comparada ao café de marcas próprias.

Por fim, saindo do campo das ideias e analisando efetivamente os indicadores e informações disponíveis, foi constatado que o mercado de marcas próprias era mais exigente quanto aos preços e capacidade de fornecimento, mas trazia em contra partida um custo de produção consideravelmente menor. A produção exclusiva de marcas próprias levaria a uma redução de custos em toda a cadeia produtiva da CIA, com custo total fixando em menos 781 milhões de liras italianas do que com a manutenção do café Premium. Mais um ponto vantajoso a favor da produção de marcas próprias seria a simplificação do plano de produção, já que este tipo de café poderia ser estocado asem que houvesse qualquer comprometimento com sua qualidade, o que não era possível com o café Premium, que presava o frescor do produto. Além das economia na cadeia produtiva a transição completa da empresa para a produção de marcas próprias levaria a considerável economia com despesas de vendas, P&D , marketing e outras despesas administrativas.