A Estética Dos Escravocratas
Por: Queu1407 • 28/8/2017 • Trabalho acadêmico • 320 Palavras (2 Páginas) • 240 Visualizações
De acordo com os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) de língua portuguesa, deve-se reconhecer a existência de variantes linguísticas, pois não há um modo certo ou um modo errado de falar. Há o reconhecimento da língua como veículo de transmissão de cultura, de valores, de preconceitos. O Brasil possui uma enorme diversidade cultural, que deve ser reconhecida e respeitada.
O preconceito linguístico acaba sendo mais uma arma daqueles que mantêm o poder em suas mãos. A aluna da USP agiu de acordo com seu padrão cultural,e consequentemente o resultado desse comportamento é o julgamento negativo da cultura do outro considerando diferente.Este estranhamento em relação a outras culturas provoca atitudes preconceituosas, ao se considerar superior ao outro,que na visão daquela aluna defende uma língua ilusória que ela mesma desconhece e que precisa,a todo custo,ser diferente pela maioria.
As classes emergentes sempre puderam se incorporar às chamadas elites, desde que renegassem suas raízes sociais, ideológicas e linguísticas. Dessa forma é importante que a escola não trabalha apenas com os alunos a língua padrão,pois o Brasil possui uma variedade linguística muito ampla,devido ás características de cada região,as diferenças sociais entre outros.A escola tem tomado como padrão para o ensino do português a gramática normativa,rejeitando assim os fenômenos variáveis.
Para evitar esse tipo de situação é necessário entender que a língua sofre mudanças ao decorrer do tempo, por isso não deve ser estudada como uma coisa morta sem levar em consideração as pessoas vivas que as falam como afirma BAGNO (2008). E ainda de acordo com Silva (2002) afirma-se que é preciso um bom programa de ensino da Língua Portuguesa, que priorize a aprendizagem de fatos linguísticos que facilitem a comunicação com indivíduos de outras comunidades e que estimulem a utilização de outras variedades linguísticas.
Referências: BAGNO, M.Preconceito Linguístico.O que é como se faz.50.ed.Rio de Janeiro:Loyola 2008,p.207
MEC.Parâmetro Curriculares Nacionais: Primeiro e segundo ciclos do ensino fundamental: Língua Portuguesa.3 ed.Brasília:MEC/SEF,200
Silva.M.B.da.A escola,a gramática e a norma,In:BAGNO,M(org).Linguística da Norma.São Paulo: Loyola,2002.p.523-265
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