A Governança Corporativa
Por: StaelMetzger • 9/9/2019 • Trabalho acadêmico • 2.680 Palavras (11 Páginas) • 128 Visualizações
UNIP
ADMINISTRAÇÃO
STAEL PEDROSA
Governança Corporativa:
Associando Missão e Valores
Divinópolis
2018
UNIP
STAEL PEDROSA
GOVERNANÇA CORPORATIVA: ASSOCIANDO MISSÃO E VALORES
Trabalho apresentado à UNIP como requisito para obtenção de nota do TDE.
DIVINÓPOLIS
2018
GOVERNANÇA CORPORATIVA:
Associando missão e valores
Pedrosa, Stael[1] Antunes, Fátima[2]
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a importância de associar missão e valores à governança corporativa. O estudo apresenta uma revisão da literatura acerca do tema, abordando os diversos conceitos de governança corporativa, as funções dos agentes de governança bem como suas responsabilidades em disseminar e fazer cumprir a missão e os valores da organização. Apresenta também os princípios que norteiam as boas práticas de governança de acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Há um consenso no meio empresarial que atualmente as empresas que agregam e buscam a ética e a atuação social, são valorizadas não só pelo mercado, como também pela sociedade como um todo. Nesse sentido, a conclusão a que se chega ao final do trabalho é que as boas práticas de governança corporativa, associadas à missão, aos valores e responsabilidade social são fundamentais para a reputação e longevidade dos negócios. Visando não apenas aumentar a riqueza empresarial e o patrimônio dos acionistas, a empresa deve também agir em conformidade com a ética, a sustentabilidade e o bem-estar social.
Palavras-chave: Governança corporativa. Valores. Missão
1 INTRODUÇÃO
Governança é um termo que cada vez mais se populariza devido a sua amplitude em definir os processos de direção, monitoramento, relacionamentos, incentivos, bem como da visão que se tem das relações entre os diversos segmentos e pessoas da empresa ou instituição.
Com isso torna-se também mais evidente a responsabilidade dos envolvidos no processo em relação a temas como ética, valores, sustentabilidade, corrupção, fraudes, gerenciamentos financeiros e de pessoas, enfim a complexidade e multiplicidade de relações das organizações e os mais variados públicos. (referência)
Para um eficaz exercício de seu papel, os agentes da governança – a quem cabe o estabelecimento e disseminação das posturas éticas de cada instituição - devem buscar critérios éticos fundamentados em valores que devem fazer parte da própria identidade da organização, já que as boas práticas de governança corporativa trazem a responsabilidade de converter princípios básicos em metas objetivas, na busca de um alinhamento no sentido de preservar e otimizar tanto o valor econômico quanto a qualidade da gestão dentro da organização visando sua longevidade e o bem comum.
O brasileiro tem uma convivência próxima com as questões éticas ao vivenciar o crescente número de Inquéritos parlamentares, denúncias de corrupção, investigações sem fim e muitas vezes também fraudadas, nas privatizações de empresas públicas sem qualquer discussão com a sociedade, bem como no uso da máquina pública para beneficiar determinados grupos de interesses. E, embora, da empresa privada não sejam exigidos os mesmos princípios éticos que deveriam direcionar a gestão da coisa pública, ambas, além de serem produtivas devem prestar serviços (e conta de seus atos) à sociedade (VIEIRA, 2010).
O Código Brasileiro de Melhores Práticas de Governança Corporativa lançado pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança corporativa - existe com a finalidade de indicar para todos os tipos de empresas (sociedades anônimas de capital aberto ou fechado, limitadas ou sociedades civis) os caminhos a serem seguidos no intuito de melhorar o seu desempenho empresarial e econômico, viabilizando a obtenção de novos recursos financeiros na forma de capital próprio (equity), baseado em linhas centrais do Código, através da transparência, de prestação de contas, igualdade e ética. Já que as ações empresariais devem ter como base o bem geral e não valores puramente econômicos (BRASIL, 2015).
Para tal a empresa deve priorizar um código de conduta racional, ética e pluralista, integrando o pragmatismo econômico com a realidade social, bem como suas obrigações, limites e práticas para com a sociedade e o meio ambiente, fugindo da postura do lucro a qualquer custo, fomentando o que Vieira (2010) chama de “uma empresa-cidadã” que incorpora em suas práticas gerenciais, o conceito denominado de governança corporativa.
A atuação ética dos indivíduos permite que as melhores práticas conduzam as organizações à boa governança, reduzindo suas chances de fracasso e aumentando as de sucesso. Para isso é necessário que tais valores sejam claros para que ao exercer sua governança, os agentes tenham alinhados (e como base) a ética e os valores da organização.
Tendo-se em mente a importância da boa governança para o bem da organização, de seus acionistas, clientes e a sociedade no geral, surge a pergunta que guiará o presente trabalho de pesquisa: qual a importância de se associar valores e missão nas boas práticas de Governança Corporativa?
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Governança corporativa
Governança corporativa também chamada de governo das sociedades ou empresas é definido como o conjunto de processos, costumes, políticas, leis, regulamentos e instituições que regulam a maneira como uma empresa é dirigida, administrada ou controlada. (ABREU et al, 2011)
Este princípio também inclui as relações entre os envolvidos, sejam acionistas, credores, o mercado, clientes e comunidade, ou seja, todos os que possam ser direta ou indiretamente afetados pelas atividades da corporação.
Um dos motivos do surgimento da governança corporativa, talvez o principal, foi além da evolução das organizações, o conflito de agência - que veio dividir propriedade e gestão - conflitando interesses entre proprietários e gestores.
Seja qual for o modelo de governança corporativa, não se pode deixar de lado os princípios gerais, embora valores e foco sejam diferentes.
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