A História do Pensamento Administrativo
Por: davidgilliard • 13/9/2022 • Dissertação • 562 Palavras (3 Páginas) • 155 Visualizações
Avaliação a Distância – AD1 2022/2º
Disciplina: História do Pensamento Administrativo I – HPA I
Crítica ao Mecanicismo de Taylor
Como o próprio nome já é sugestivo, o mecanicismo tratava a figura humana como parte ou componente de uma máquina, onde a eficiência operária e produtiva era o foco da organização, considerando a máxima produção, no menor tempo, sem desperdício de material, fragmentando trabalhos complexos em pequenas tarefas e levando em conta tempo e movimento onde o trabalhador executaria uma tarefa com poucos movimentos porém repetidas vezes durante toda sua jornada de trabalho, com baixo custo da mão de obra uma vez que o processo deixava de lado os conhecimentos intelectuais e técnicas que as pessoas poderiam ter, pois qualquer um poderia executá-los após poucas instruções.
Levando em consideração que isso ocorreu na era da Revolução Industrial, onde o comércio entre as cidades estava em plena ascensão, a alta demanda, o consumo da população exigia aumento de produção e os artesões e pequenas fábricas já não davam conta desse fluxo produtivo. E segundo Taylor e sua experiência como operário, as pessoas eram consideradas preguiçosas e/ou faziam corpo mole o que chamou de “marcar passo”, precisavam ser controladas de perto e que a remuneração era proporcional ao processo produtivo, ou seja, proporcional ao número de peças produzidas e que para que cumprissem suas obrigações precisavam ser estimuladas financeiramente que futuramente veio a ser conceituado como “Homem Econômico” onde a parte financeira seria mais significativas ao trabalhador. Não era de se esperar que o lado humano seria tratado de igual modo ao processo industrial da época. Ao contrário disso, os operários tiveram que se adaptar ao ritmo intenso das máquinas e se submeter a uma dura rotina de trabalho num ambiente com poucas condições favoráveis ao trabalhador como foi relatado pelos seus seguidores o casal Gilbert, Lilian e Frank e que posteriormente propuseram melhorias no ambiente físico do trabalho e implementaram medidas como redução das horas de trabalho e dias de descanso remunerados.
Contudo, essa metodologia ainda é bastante empregada nos dias atuais, e nem deve ser descartada, porém aliada ao fator psicológico e social do ser humano, pois a tecnologia e as indústrias evoluíram de uma tal maneira, que o conhecimento intelectual, habilidades, experiências e certificações são exigidas em muitos processos seletivos e essenciais na operação e condução dos processos industriais e na administração moderna seja qual for o segmento. Tanto que, um impacto negativo disso é a falta de mão de obra qualificada em alguns setores da economia. Segundo o portal de economia da UOL, em matéria publicada em 20/06/2022 “O Brasil é o nono país com mais falta de mão de obra qualificada em 2022”, os dados são de um estudo da consultoria de recursos humanos ManpowerGroup, que ouviu 40 mil empregadores de todos os setores dentre 40 países e ainda sobre esse estudo, 81% dos empregadores relataram enfrentar dificuldades para encontrar trabalhadores com a qualificação necessária. Ainda sobre esse estudo, a pesquisa demonstra que os setores em que a mão de obra está mais escassa são os seguintes: Banco e Finanças; TI e Tecnologia; Indústria; Educação, Saúde e Governo; Atacado e Varejo; Construção e Hotelaria e Restaurantes.
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