A IMPORTÂNCIA DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA PARA PEQUENOS EMPREENDEDORES
Por: LucaTouyaMarques • 7/7/2022 • Artigo • 2.404 Palavras (10 Páginas) • 101 Visualizações
IFPE – Instituto Federal de Pernambuco, Igarassu[pic 1]
Discente: Gerson Lucas Marques Salustiano
Curso: Bacharelado em Administração
Disciplina: Metodologia Científica
A IMPORTÂNCIA DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA PARA PEQUENOS EMPREENDEDORES
Resumo
Este trabalho foi elaborado com o objetivo de analisar e compreender se os novos empreendedores que surgiram durante a pandemia causada pelo COVID-19, tem conhecimento e se utilizam o instrumento do Demonstrativo do Fluxo de Caixa (DFC) para facilitar a gestão financeira de suas empresas de pequeno porte (EPP) e microempreendedores individuais (MEI). Em termos metodológicos, elaborou-se um questionário com 20 (vinte) questões, de modo a serem respondido através da escala Likert, que procurou atender os objetivos da pesquisa, que foi enviado ao grupo de gestores de determinadas empresas de pequeno porte na cidade de Igarassu - PE. A partir disso, com os dados dos questionários, foi feita uma análise, que pôde-se concluir que uma porcentagem das EPP utiliza o Fluxo de Caixa como ferramenta fundamental para administrar suas finanças, uma pequena porcentagem não utilizam, assim correndo o risco do falecimento de uma empresa.
Palavra-Chaves: Demonstrativo do Fluxo de Caixa, Micro e Pequeno Porte, Ferramenta, Novas empresas durante a Pandemia.
- INTRODUÇÃO
A Gestão Financeira vem sendo utilizada desde o início da década de 80 e com a regulamentação internacional da ciência contábil, os órgãos internacionais de regulamentação contábil realizam um estudo para introduzir a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). No Brasil a Demonstração do Fluxo de Caixa tornou-se de obrigatoriedade o demonstrativo contábil a ser anualmente publicado, junto aos relatórios administrativos da empresa. Essa obrigatoriedade está em vigor desde 01.01.2008 de acordo com a Lei 11.638/07, e para as EPP e MEI, está determinado na NBC TG 1000 tornando este um relatório essencial para tomada de decisão gerencial (BISCARO et al, 2020, p. 273-296).
A respeito da gestão financeira, o fluxo de caixa é de extrema importância para o microempreendedor individual (MEI) e empreendedor de pequeno porte (EPP), sendo uma ferramenta de auxílio para o controle financeiro, possibilitando o controle da movimentação de entrada e saída de recursos na empresa. Conforme Ribeiro (2014, p. 367; apud DA SILVA et al., 2017): “o DFC é um relatório contábil que tem finalidade de evidenciar as transações ocorridas em um período, e que provocaram modificações no saldo do caixa da empresa”.
Segundo Frezatti (2000), o fluxo de caixa serve como instrumento de mensuração diária da liquidez nas empresas, à medida que as receitas são calculadas culmina permitindo em aplicações e posteriores recebimentos de juros, o fluxo de caixa mensura também os encargos pagos a recursos de terceiros. Zdanowicz (2000) define que: “o fluxo de caixa é o instrumento que permite ao administrador financeiro: planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros de sua empresa num determinado período”.
Em 2020, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia causada pelo vírus da COVID-19, muitas empresas de grande e pequeno porte sofrem com o impacto do lockdown, assim tiveram que fechar as lojas e encerraram o ciclo de vida das empresas por falta do rendimento, o que gerou prejuízos para empresas e para a população. Segundo Indio (2020), houve no total 522,7 mil de fechamento das empresas e 1,3 milhões que encerraram suas atividades, temporária ou definitivamente na primeira quinzena do ano de 2020. Com desemprego no seu ápice, muitas pessoas optaram por empreender e embarcar na jornada empresarial sem ao menos terem uma base estrutural de como ter sua renda financeira controlada. Os dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) mostram que no final de 2020, foram abertas 626.883 micro e pequenas empresas em todo o Brasil. Desse total, 535.126 eram microempresas (85%) e 91.757 (15%) eram empresas de pequeno porte. Com base em dados do governo federal, apurou-se que, no final do ano de 2020 o país criou 3,4 milhões de novas empresas, havendo uma alta de 6% em comparação ao ano de 2019, apesar da pandemia de COVID-19 (GANDRA, 2021).
O surgimento de novos empreendedores que não possuem noções básicas de como controlar o seu financiamento através do Fluxo de Caixa, pode se tornar um problema, pois é capaz de ocorrer a descontinuidade e encerramento do ciclo de vida da empresa, gerando assim um prejuízo para o empreendedor.
- Questão de pesquisa
De que maneira o fluxo de caixa pode auxiliar o EPP e MEI no controle de suas finanças, durante a pandemia causada pelo vírus da Covid19?
- Objetivo geral
O objetivo desta pesquisa é entender qual o nível de conhecimento que o EPP e MEI têm sobre o fluxo de caixa e como isto pode auxiliar nas finanças das empresas.
- Objetivos específicos
- Identificar se as novas empresas que surgiram durante a pandemia possuem noção da elaboração de Demonstração do Fluxo de Caixa e como utilizá-lo.
- Realizar questionários iniciais para saber o nível de entendimento dos MEI e EPP sobre a gestão financeira, para que os questionários finais tenham uma obtenção de retorno do que os MEI e EPP aprenderam durante o estudo.
- Verificar se no caso das empresas que não utilizam a DFC, quais são os instrumentos utilizados na gestão financeira.
- REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Planejamento financeiro
Administrar uma empresa, independentemente do tamanho, é necessário ter um planejamento que atenda todas as operações, visando o seu crescimento. Para que haja uma boa administração, é necessário que administrador financeiro faça uma análise para que deduza se o investimento será um fracasso ou não, assim terá mais condições de valorizar os produtos, melhorando a lucratividade da empresa.
Segundo Ross (2002; apud SILVA et al, 2017) afirma que “O planejamento financeiro estabelece o método pelo qual as metas financeiras devem ser atingidas. A meta mais frequente adotada pelas empresas é o crescimento”.
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