A Matriz Atividade Individual Economia Negocios
Por: Isadora A. Ferreira • 16/7/2023 • Exam • 1.210 Palavras (5 Páginas) • 165 Visualizações
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Atividade individual
Matriz Atividade |
Estudante: Isadora Alves Ferreira |
Disciplina: Economia dos Negócios |
Turma: 0323-8 |
Introdução
O período de lockdown teve um efeito significativo na economia do país e assim como outros setores, o segmento de moda carregou o peso do período. Além do fechamento de lojas, eventos cancelados, aumento dos custos de produção, atrasos nas entregas e queda nas exportações também afetaram o setor.
Segundo levantamento da ABIT com 58 empresas têxteis e de confecção, as importações caíram 23,75% entre janeiro e julho de 2020. Foram percebidos os impactos negativos na indústria têxtil dos países asiáticos, grupo de países importantes para o setor, por ser produtor de matéria-prima para diversos países, incluindo o Brasil. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), de janeiro de 2016 a julho de 2019, China, Índia e Indonésia foram os países onde o Brasil mais importou produtos têxteis. As perdas estimadas para estes grandes exportadores poderiam chegar a cerca de 207 milhões de euros devido à pandemia.
Tendo em vista o cenário descrito, esse trabalho tem como foco analisar os impactos da pandemia da Covid-19 no setor de indústria têxtil e da moda, de forma a entender seu contexto geral, macro e microeconômico.
contexto do setor
Globalmente, a indústria está avaliada em US$ 3 trilhões. No Reino Unido, a moda traz £ 26 bilhões para a economia. É a segunda maior atividade econômica do mundo em termos de intensidade comercial, empregando mais de 57 milhões de pessoas em países em desenvolvimento, 80% das quais são mulheres.
A indústria têxtil brasileira se destaca no cenário mundial, não só pelo profissionalismo, diversidade e tecnologia, mas também pelo tamanho do parque têxtil: é a sexta maior indústria do mundo, a segunda maior produtora de denim e a terceira de malhas. O país é um dos poucos com uma cadeia têxtil totalmente integrada, respondendo por 5,7% do PIB da indústria de transformação e empregando 1,6 milhão de pessoas, dados de 2013, segundo maior gerador de empregos no Brasil. O setor têxtil inclui empresas desde a produção de matérias-primas (fibras naturais e químicas), até têxteis e produtos finais (roupas, camas, mesas e banhos).
Em junho de 2020, a ABIT realizou uma pesquisa com 58 empresas do setor têxtil e constatou que 96% das empresas tiveram queda nos pedidos e 55% dos pedidos diminuíram mais de 50%. Ainda segundo dados da ABIT, as importações do setor registraram queda de 23,75% no período de janeiro a julho. Outra pesquisa realizada pela Inteligência de Mercado (IEME) mostrou que em abril de 2020, a produção de vestuário no Brasil caiu mais de 90%, afetando diretamente as vendas, com déficit de 70%.
De acordo com um estudo da McKinsey, espera-se que a indústria da moda retomar o patamar pré-pandemia apenas em 2023 se as medidas de contenção da Covid-19 não apresentarem uma eficiência uniforme pelo globo.
análise macroeconômica
Foi feito um estudo pela International Textile Manufacturers Federation (ITMF) que a maioria das cadeias têxteis foi duramente atingida pela pandemia, mas o segmento de não-tecidos e produtores de fibras se destacou positivamente. A intuição é que eles se beneficiaram da extraordinária demanda por máscaras faciais durante 2020.
Abaixo o gráfico mostrando o turnover por região em comparação à 2019.
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O faturamento global (têxtil mundial) deverá aumentar em média mais de 17% até 2024, em comparação com 2019. Ao final do quarto trimestre de 2021, 31% das empresas atingiram seus níveis de faturamento antes da crise e outros 47% das empresas esperam se recuperar durante 2021.
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Segundo o relatório de 2021 da ABIT, o crescimento das vendas no varejo no Brasil em abril foi impulsionado pelas vendas de tecidos e vestuário. Aumentou 300,7% em relação ao mês correspondente em 2020. De maneira geral, a economia também deu sinais de melhoria.
análise microeconômica
Com a pandemia e as restrições de contato, houveram vários fatores que interferiram dentro do mercado e as empresas tiveram que buscar saídas de adaptação rapidamente, uma delas foi a inserção no digital. Os e-commerces vieram com toda a força para "prestar socorro" à quem estava sem possibilidades de faturar naquele momento.
A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) estima que o faturamento em moda nos primeiros seis meses de 2022 tenha sido de R$ 6,5 bilhões, o que representa aproximadamente 2% de crescimento. Um aumento tímido se comparado com o de 2021 para 2020, que foi de quase 20%.
Alguns fatores explicam esses dados, como: o menor crescimento geral do e-commerce em 2022, que foi de aproximadamente 5% no primeiro semestre, quando se esperava mais de 6%; o aumento do preço dos combustíveis, que subiu o preço do frete, e, se pensarmos que a categoria de moda e acessórios tem ticket médio abaixo dos R$ 200 reais, o frete pode representar de 5% a 10% do valor da entrega do produto. Outro fator foi o preço da matéria-prima, nesse caso o algodão, que teve alta de 41% em 2021. De maneira geral, o cenário está sem grandes perdas e sem grandes ganhos.
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