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Atividade Individual Economia Empresarial

Por:   •  2/11/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.886 Palavras (8 Páginas)  •  609 Visualizações

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Atividade individual

        

Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios

Disciplina: Economia Empresarial

Módulo: 01, 02, 03, 04

Aluno: Fernando Tiago Lucas Alves

Turma: 0821-1_16

Tarefa: Atividade Individual

INTRODUÇÃO

Apresente o setor econômico escolhido e fale sobre o seu trabalho em linhas gerais.

  1. Mercado de Seguros no Brasil

O mercado de seguros no Brasil, ainda é considerado embrionário quando comparado com países mais desenvolvidos, o brasileiro não possui uma educação financeira elevada e ainda não consegue observar os benefícios das formas de seguros.

Segundo o 9º Relatório de Análise e Acompanhamento dos Mercados Supervisionados na SUSEP, de 31 de maio de 2021, o setor de seguros hoje possui uma participação de 3,7% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil (excluindo a parcela de seguro saúde, cujo órgão regulador é a ANS), no entanto, estimasse que existe um potencial de atingir um percentual de 6% a 10%, conforme observado em mercados de seguros mais maduros.

  1. Mercado de Seguros de Pessoas

Antes da pandemia a arrecadação de prêmios vinculados ao seguro de pessoas vinha em expansão pelo mercado nacional. A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) divulgou em maio de 2019, um crescimento de arrecadação no primeiro trimestre de 2019, no grupo de seguros de pessoas em 5,2% comparativamente ao primeiro trimestre 2018, revelando um aumento da demanda da população por proteção e segurança. No entanto, este crescimento possui sua maior representatividade no ramo de prestamista cujo fato gerador é associado à expansão do crédito na época em que o Brasil vinha experimentando o auge da recuperação econômica. Por outro lado, o seguro de vida (bastante afetado pela pandemia vindoura de COVID-19) teve, no mesmo período, sua participação reduzida de 39,5% para 39,1% do total de arrecadação.

No entanto, a pandemia de COVID-19 trouxe bastante aprendizado tanto para o setor de seguros quando para a sociedade no que tange sobre a importância de estar protegido por meio de seguros.

 

CONTEXTO DO SETOR

Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários à contextualização.

Conforme explorado no tópico anterior o mercado de seguros é um mercado em expansão. Conforme relatório de acompanhamento do mercado segurador da SUSEP de Agosto de 2021, de 2003 a 2015 o mercado de seguros apresentou uma grande tendência de crescimento e expansão. Durante a recessão econômica ocorrida em 2016 e 2017 o mercado de seguros acabou por ser também afetado, muito voltado para a cultura do brasil entender o seguro como um produto não essencial.

Após esta época de resseção, até 2019, o mercado experimentou uma volta do crescimento, que a partir de 2020, voltou a ser novamente impactado por conta da pandemia de COVID-19.

Destacamos abaixo em amarelo as duas recessões no mercado de seguros desde 2003.

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A pandemia de COVID-19 trouxe vários impactos para o setor de seguros. O impacto das medidas de distanciamento social impostas pela pandemia afetaram diretamente esta indústria que viu o poder aquisitivo das famílias brasileiras e no primeiro trimestre de pandemia de COVID-19 no Brasil experimentaram uma retração no mercado segurador.  Entretanto, com o aumento da consciência da população relacionada ao vírus e também à importância de se proteger quanto às incertezas inerentes o setor vem se recuperando lentamente.

Com o objetivo de diminuir os efeitos sociais da pandemia, grande parte das seguradoras optou por indenizar sinistros de COVID-19, visto que nas apólices, existem clausulas que descaracterizam o pagamento de indenizações quando estas forem causadas por pandemias. Esta decisão foi um marco no mercado segurador e que afetou em demasia os resultados das seguradoras em 2020 e 2021.

A Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) divulgou a partir dos dados das 25 empresas mais representativas do mercado que até junho de 2021, foram pagos mais de R$ 3 bilhões relacionados a indenizações de sinistros ligados à pandemia de COVID-19, somando o total de 72.043 sinistros. 

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise.

A economia do Brasil vem registrando uma recuperação desde setembro de 2020, com o avanço da vacinação e a queda do número de casos e de mortes de COVID-19 vêm ajudando nesta recuperação. Apesar do pico da pandemia ter ocorrido no final do primeiro trimestre de 2021 e com a adoção de medidas mais restritivas nesse período o impacto econômico foi menor do que o inicialmente previsto e também com o impacto causado das medidas restritivas do ano de 2020.

  1. Produto Interno Bruto (PIB)

O Produto Interno Bruto no primeiro trimestre de 2021 apresentou um crescimento de 1,2%, apesar da descontinuidade do pagamento do auxílio emergencial e também do pico de casos e mortes da pandemia identificado no final do primeiro trimestre. O setor de serviços, ainda o principal afetado pelas restrições impostas pela pandemia, apesar de ter identificado um aumento das atividades em relação ao ano anterior, ainda permanece abaixo dos níveis registrados no período pré-pandemia. Por outro lado, para o setor de agropecuária foi identificado um crescimento expressivo, impulsionado pelo recorde registrado na safra de soja.

  1. Mercado de Trabalho

Devido ao pico de casos e mortes relacionadas à pandemia no final do primeiro trimestre de 2021, e às medidas restritivas mais intensas executadas nesse período, a taxa de desemprego aumentou quando relacionada com o mesmo período do ano passado, apesar do início de recuperação, a 2ª onda de casos de COVID-19 acabou por culminar numa recuperação mais lenta da disponibilização de posto de trabalho. A expectativa é que com o aumento da vacinação e a queda de mortes e casos de COVID-19 a geração de empregos volte, mesmo que ainda de forma lenta, a patamares pré-pandemia.

  1. Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

A inflação é outro indicador fundamental para se efetuar uma análise macroeconômica. Com o aumento da inflação que vem sendo constante no Brasil as famílias perdem poder de compra e acabam precisando de expandir uma maior quantidade de dinheiro para comprar a mesma quantidade de insumos. A escassez de água nos reservatórios, culminou no aumento da energia que por consequência acaba gerando um aumento dos custos de produção de matérias primas, insumos e alimentos. Também é possível destacar o aumento do preço da gasolina ocasionado pelo aumento do dólar e também pelo acordo entre os membros da OPEP para equilibrar o preço devido à queda da demanda ocasionada pelo isolamento social no mundo, ocasionaram também uma pressão sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), visto que o Brasil depende da sua vasta malha rodoviária para escoar a sua produção.

ANÁLISE MICROECONÔMICA

Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence são influenciadas pelos mercados interno e internacional.

A indústria de seguros é dependente do nível de estabilidade econômica do país. Quando um país está em expansão econômica, com o índice de desemprego controlado e possui controle sobre os índices de inflação, a tendencia é que o mercado segurador esteja aquecido.

Ao contrário do cenário ideal, o Brasil vem passando por dificuldades econômicas tanto nos índices de crescimento e desemprego. Apesar do crescimento do PIB, no primeiro semestre de 2021, em 6,4% quando comparado com o primeiro semestre de 2020, a criação de empregos não vem seguindo um índice de recuperação no formato de “U”.

Apesar de ter sido identificado um primeiro semestre de 2021 um pouco melhor quando comparado com o primeiro semestre de 2020, os eventos sazonais da pandemia têm dificultado uma análise mais detalhada das variáveis econômicas, dificultando o expurgo destes fatores em análises. Entretanto, é possível observar que o ramo de seguros de pessoas apresentou um crescimento bastante positivo, bastante atrelado à conscientização da população face a pandemia.

A CNseg divulgou na sua análise de conjuntura econômica que a procura de seguro de vida no primeiro semestre de 2021, cresceu 19,3% em relação ao mesmo período de 2020. No entanto, este aumento de prêmios foi compensado pelo aumento da sinistralidade devido à 2ª onde de casos de COVID-19 ocorrida no final do primeiro trimestre. Grande parte das seguradoras de vida tiveram seu resultado do primeiro semestre substancialmente impactado por estes eventos, prejudicando seus índices financeiros.

CONCLUSÃO

Apresente uma conclusão justificando a sua análise.

O mercado segurador no Brasil ainda é considerado um mercado embrionário, onde existe um grande espaço para expansão. Grandes seguradoras da Europa e dos Estados Unidos, cujos mercados estão saturados, acompanham de perto o mercado brasileiro para investimentos e abertura de filiais objetivando a expansão.

O Brasil é um mercado bastante promissor, no entanto, ainda esbarra na educação financeira da população e nos preços elevados para algumas modalidades de seguro. Muitas vezes vinculado e veiculado pelas empresas, o seguro de vida vem ganhando um espaço, ainda que tímido no mercado brasileiro. Pouco requisitado antes da pandemia, era principalmente visto e divulgado como um benefício de empresas para seus funcionários, acabou por se expandir no último ano sendo um dos mais procurados e requisitados.

Apesar de no mercado de seguros não haver uma necessidade de produção, com o aumento da demanda por este tipo de seguro a tendência é que se torne cada vez mais acessível, já que a precificação de seguro é baseada em riscos e quanto maior a carteira de uma seguradora o risco será mais diluído e por consequência a seguradora poderá trabalhar com preços mais arrojados, expandindo o mercado de seguros.

A pandemia, no entanto, trouxe para as grandes seguradoras de vida um desafio enorme, durante a primeira onda de COVID-19 estas decidiram pagar as indenizações decorrentes de sinistros relacionados à pandemia, já que por clausula estariam isentas desta obrigação.

Fazendo uma análise das demonstrações financeiras das principais seguradoras de junho de 2021, podemos observar que o grande impacto da pandemia no resultado das companhias foi registrado na segunda onda de COVID. A Sul América nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2020 divulgou que regulou 861 sinistros relacionados à pandemia, gerando um custo adicional de R$ 36 milhões, já em 30 de junho de 2021, podemos verificar que o valor pulos para um total de 3.004 sinistros regulados, totalizando um custo de R$ 121,4 milhões. O aumento de 11,9% em receitas, quando comparado com junho de 2020, não foi capaz de reverter o prejuízo identificado de R$ 118 milhões.

Pode-se concluir que financeiramente a pandemia de COVID-19 acarretou em vários prejuízos para as companhias no ramo de seguros de vida, no entanto, apesar de ainda pouco divulgado estas medidas proporcionaram um bem intangível para a sociedade, diminuindo drasticamente o impacto social da pandemia para as famílias que perderam seus entes.

Com o avanço da vacinação e aproveitando o aumento da procura por seguros de vida a tendencia é que o mercado se recupere de forma gradual também impulsionado pela abertura do mercado seguros que estão sendo estimuladas pelo open insurance.

Referências Bibliográficas:

Relatório de Inflação - Volume 23 | Número 2 | Junho 2021 – Banco Central do Brasil

Conjuntura CNseg - Ano 4 | Nº 52 | Agosto 2021 – Confederação Nacional das Seguradoras

9º Relatório de Análise e Acompanhamento Dos Mercados Supervisionados - 30 de maio de 2021 – Superintendencia de Seguros Privados (SUSEP)

Demonstrações Financeiras da Sul América Seguros de Pessoas e Previdência S.A. - 31 de dezembro de 2020

Demonstrações Financeiras da Sul América Seguros S.A. - 30 de junho de 2021

        

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