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A Nasa e a Busca da Liderança

Por:   •  8/9/2021  •  Resenha  •  987 Palavras (4 Páginas)  •  83 Visualizações

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Quando o astronauta Neil Armstrong pôs os pés na Lua, aquilo representou a culminância de dez anos de trabalho da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA). Bastante dinheiro e uma administração forte, junto com apoio político de alto nível, levaram a NASA à Lua. Mas desde então a liderança da NASA vem balançando.

Parte do problema é a falta de dinheiro. Outro problema é que um terço dos administradores de topo está em idade de se aposentar, e os salários, relativamente baixos, têm atrapalhado os esforços de recrutar substitutos mais jovens. E desde a explosão do ônibus espacial Challenger, a NASA tem sido assolada por atrasos e fracassos nos lançamentos, além de estar enfrentando problemas mais sérios, como os defeitos no Telescópio Espacial Hubble que custou 1,5 bilhão de dólares.

Esses problemas levaram à redução do apoio político e popular. Além disso, os custos excederam continuamente os orçamentos. Muitos dos projetos planejados pela NASA, notavelmente a Estação Espacial Freedom, são considerados caros demais pelo Congresso.

Bruce Murray, ex-diretor do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, está entre os que acreditam que os engenheiros da NASA receberam ordens de "mandar brasa" para economizar dinheiro e manter projetos que mantenham a agência viva. Mas, segundo ele, a liderança que encoraja cortes nos custos simplesmente não funciona. "Estamos nos encaminhando para verdadeiros desastres. O plano é: pegue agora, pague depois", diz Murray. "Quando o dinheiro é curto os bons administradores largam coisas que eles normalmente fariam", diz Alton D. Slay, general reformado da Força Aérea americana que comandou um inquérito sobre a segurança dos ônibus espaciais depois do desastre do Challenger.

Uma comissão especial de especialistas, estabelecida pela NASA a pedido do presidente George Bush, diz que, para voltar aos trilhos, a NASA deve primeiro controlar os custos. Segundo a equipe, o descontrole nos custos gera má administração, que, por sua vez, provoca um baixo "moral" nos empregados.

A equipe também recomendou que a estrutura da administração de topo da NASA em Washington, D.C., fosse melhorada e que fossem

contratados empreiteiros de fora para dirigir os centros regionais de pesquisa da NASA.

Originalmente destinados a ser "centros de excelência" (think tanks), que se especializariam em diferentes aspectos da pesquisa e desenvolvimento, os centros tornaram-se minifeudos, competindo uns com os outros tanto por fundos como por poder. A falta de planejamento centralizado para os principais projetos soma-se à falta de liderança.

Antes da caminhada pela Lua, no projeto Apollo, a liderança da NASA vinha diretamente do topo - nesse caso, da Casa Branca - durante as administrações dos presidentes John F. Kennedy e Lyndon B. Johnson. Mas os presidentes seguintes não mantiveram, em relação à agência, tão forte apoio como antes. Também não estabeleceram objetivos claros para a NASA. O presidente Bush tentou reverter a falta de liderança por parte da Casa Branca. Ordenou um vôo tripulado a Marte e mais explorações na Lua. Também estabeleceu o Conselho Nacional de Espaço, dirigido pelo vice- presidente Dan Quayle. O conselho tem sido um apoio político para a NASA, mas se defrontou com a agência sobre projetos futuros.

A NASA tentou resolver alguns de seus próprios problemas. Estabeleceu um Conselho de Engenharia, composto por duas dúzias de executivos seniores, que

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