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A PESQUISA BIOGRÁFICA OU A CONSTRUÇÃO COMPARTILHADA DE UM SABER DO SINGULAR

Por:   •  13/9/2018  •  Artigo  •  1.210 Palavras (5 Páginas)  •  258 Visualizações

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RESUMO CIENTÍFICO

Sumário

A PESQUISA BIOGRÁFICA OU A CONSTRUÇÃO COMPARTILHADA DE UM SABER DO SINGULAR        4

A QUAL SABER ANSEIA A PESQUISA BIOGRÁFICA?        4

RECONHECER O FATO BIOGRÁFICO        4

DESCREVER A ATIVIDADE BIOGRÁFICA        5

ANALISAR O PROCESSO DE BIOGRAFIZAÇÃO        5

COMO A PESQUISA BIOGRÁFICA CONTRÓI SEU SABER? UMA “CIÊNCIA” DO SINGULAR?        6

A CONSTRUÇÃO PARTILHADA DE UM SABER DO HUMANO        6

UM ESPAÇO DE PESQUISA CLÍNICA        7

CONCLUSÃO        7

REFERÊNCIAS        8

 


A PESQUISA BIOGRÁFICA OU A CONSTRUÇÃO COMPARTILHADA DE UM SABER DO SINGULAR

Christine Delory-Momberger - Université Paris 13 Sorbonne Paris Cité

Tradução do Francês por Eliane das Neves Moura Departamento de Letras/UFMT – Doutoranda PPGE/UFMT

O objetivo do artigo científico em análise é questionar o que fundamenta o projeto e a metodologia da pesquisa biográfica, a fim de assimilar o que constitui essa corrente de pesquisa e o modo de representar esses objetos de conhecimento. Sua principal motivação é descobrir qual é o anseio da pesquisa biográfica e como ela o desenvolve.

A QUAL SABER ANSEIA A PESQUISA BIOGRÁFICA?

A doutora Christine Delory-Momberger (2016) afirma que para chegar nessa resposta é necessário recolocar e reafirmar, de modo sintético, o foco específico e central da origem da pesquisa biográfica.

Sendo assim, em síntese, o campo de conhecimento da pesquisa biográfica é um processo de constituição individual ou subjetivação, estudando a interação da pessoa em foco com o outro e com a sociedade. É preciso deixar claro que seu foco é o biográfico enquanto dimensão constitutiva do ser social.

RECONHECER O FATO BIOGRÁFICO

A pesquisa biográfica introduz a temporalidade biográfica em sua abordagem na construção individual, por isso se torna diferente das outras correntes.

A temporalidade biográfica é a junção da experiência humana com o mundo, fundamentada na sequência temporal narrativa que vivemos entre o período do nascimento e da morte. Sendo assim, ela faz uma reflexão do agir e do pensar humanos em relação ao mundo e em função do tempo, tornando a nossa história um conjunto de outras histórias (experiências). De acordo com Christine Delory-Momberger (2016, p. 4)

O indivíduo humano vive  cada instante de sua vida como o momento de uma história: história de um instante, história de uma hora, de um dia, história de uma vida. algo começa, se desenrola, chega ao fim, em uma sucessão, uma acumulação, uma sobreposição indefinida de episódios e de peripécias, de provações e de experiências.

O saber pretendido pela pesquisa biográfica é o de explorar o espaço nos processos complementares de individuação, onde os indivíduos elaboram o mundo social e histórico e não cessam de produzi-lo a maneira que se produzem.

Os seres humanos usam como mediador a linguagem, pois não têm uma relação direta com o desenrolar de sua vida. De acordo com o filósofo alemão wilhelm schapp (1992) antes de qualquer tradução ou expressão de sua existência nas formas verbalizadas, orais ou escritas, os homens configuram mentalmente sua vida na sintaxe da narrativa.

DESCREVER A ATIVIDADE BIOGRÁFICA

Esse trabalho de origem e como o construímos dá forma à atividade biográfica. A construção de experiência é feita a partir do que vivemos, conhecemos e como nos transformamos após isso, tendo a interferência do ambiente exterior. Cada dado que nos envolve e acontecimento são percebidos como experiência singular e juntado ao todo.

Christine (2016) afirma que os saberes sociais são organizados na consciência individual como scripts de ação e de “planos de vida” e que cada espaço social (a família, a escola, a empresa etc.) especifica perfis biográficos diferentes. A “temporalização biográfica” provoca uma transformação na percepção e na construção do mundo social segundo o ponto de vista do indivíduo que a vive, ou seja, as realidades sociais não existem para o indivíduo como existem para o estudioso, pois há a consciência individual que acumula as experiência do indivíduo e imprimem suas vontades de forma lógica ao que viveram.

ANALISAR O PROCESSO DE BIOGRAFIZAÇÃO

Estamos constantemente relatando a nós mesmos as situações nas quais estamos envolvidos e fazemos dessas situações nossa experiência, ato denominado de biografização. Ela surge como um quadro de estruturação e de significação da experiência.

No entanto, é necessário acrescentar-lhe outras formas mentais e comportamentais; nossa aparência física, por exemplo. Todas essas manifestações de si, implícitas ou explícitas, conscientes ou inconscientes, participam do sentimento unitário e integrado que temos de nós mesmos.

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