A PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
Por: BBNTransportes • 30/10/2022 • Monografia • 932 Palavras (4 Páginas) • 110 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CÂMPUS UNIVERSITÁRIO “PROFESSOR EUGÊNIO CARLOS STIELER”
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
CUNHA, Alexandre Carlos Martins; SANCHES, Amaury Pessoa.[1]
SILVA, Júlio Cezar Rodrigues da.[2]
FICHAMENTO
SILVA, Alexandre da. Concessionárias do setor elétrico e sua política de dividendos: influência de variações do PIB. Revista UNEMAT de Contabilidade, Tangará da Serra, v. 8, n. 16, p. 20-31, set./dez., 2019. Disponível em: https://periodicos.unemat.br/index.php/ruc/issue/view/268.
Acesso em: 21 set. 2022.
“A decisão de distribuir lucro deve compatibilizar pelo menos três fatores: os interesses da comunidade dos acionistas, o financiamento das novas oportunidades de investimentos e o conteúdo informacional da política de dividendos (Pagano, 2007). Algumas empresas, por sua vez, procuram adotar determinadas práticas, nas quais se incluem uma política de dividendos mais generosa e estável. Nessa linha, a maior distribuição de dividendos seria considerada positiva para atenuar os conflitos existentes, garantindo aos acionistas minoritários maior fluxo de caixa e reduzindo a possibilidade de desperdício por parte dos acionistas majoritários e administradores (Hilferding 1985). A política de dividendos, portanto, não é apenas uma decisão sobre o quanto pagar ao acionista. Ela também é uma decisão sobre o quanto ficará retido na entidade, bem como dos motivos que levaram a esta retenção (Loss & Sarlo-Neto 2003).” (SILVA, 2019, p. 22).
(A DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS E FEITA DE MANEIRA ESTRATÉGICA, TENDO EM VISTA UMA BOA RELAÇÃO E REMUNERAÇÃO PARA OS ACIONISTAS, TAMBÉM É NECESSÁRIO MANTER UMA GRANDE DISPONIBILIDADE EM CAIXA PARA NOVAS AQUISIÇÕES OU INVESTIMENTOS).
“Uma característica das empresas do setor elétrico é o de pagar altos dividendos (Brighman, Gapenski & Ehrhardt 2001), em alguns casos com payout superior a 100%, fato este também presente nas empresas do setor elétrico do Brasil (Rodrigues et al, 2016). A alta lucratividade, associada à baixa volatilidade dos lucros, segundo Myers (1984), também acaba servindo como motivação para pagamento de altos dividendos. Parece paradoxal, dada a necessidade de altos investimentos tanto em geração quanto em transmissão e distribuição e o crescente aumento no consumo. Uma possível hipótese remete aos trabalhos de Modigliani e Miller (1958), em que mostram que é indiferente para a empresa crescer a partir do uso de financiamento externo ou interno. Assim, para uma empresa elétrica, com fluxo de caixa garantido a partir de uma concessão pública que pode durar décadas, a chance de inadimplência seria reduzida, garantindo, portanto, empréstimos de longo prazo e com juros baixos, deixando o lucro líquido como instrumento para o pagamento de dividendos para acionistas.” (SILVA, 2019, p. 23).
(MESMO O SERTOR ELÉTRICO NECESSITANDO DE GRANDES INVESTIMENTOS, A ALTA LUCRATIVIDADE E RESULTADOS ESTÁVEIS ATRIBUÍDOS A CONCESSÕES PUBLICAS, VIABILIZAM GRANDES DIVIDENDOS).
“Decisões de investimento estão sensivelmente ligadas a restrições de crédito (Kirch, Procianoy & Terra, 2014). Empresas com maior restrição fazem maior uso de disponibilidade interna de recursos, como o fluxo de caixa (Fazzari e Athey, 1987).” (SILVA, 2019, p. 24).
(A RESTRIÇÃO A CRÉDITO DIFICULTA NOVOS INVESTIMENTOS, E COMO SOLUÇÃO ESSAS EMPRESAS ACABAM UTILIZANDO RECURSOS PRÓPRIOS).
“Diante dos argumentos acima expostos, de que empresas do setor elétrico distribuem dividendos altos, de que a necessidade de investimentos neste setor é crescente, e de que, visto que o consumo de energia geralmente é superior a variação do PIB, seria de se esperar que os investimentos sejam maiores neste período de crescimento acentuado do PIB. Nossa hipótese é de que em períodos com maior crescimento do PIB, os investimentos das empresas do setor elétrico também aumentem, e que este aumento de investimento vai resultar em diminuição de distribuição de dividendos, e que isto ocorrera principalmente em empresas de menor porte dadas maiores restrições de credito a elas. Já as empresas grandes, com menores restrições de crédito, devem experimentar menor variação nos dividendos, pois podem financiar os novos investimentos com recursos externos (financiamento e emissão de ações, por exemplo).” (SILVA, 2019, p. 24).
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