A Sinfonia Empresarial
Por: Mariane Silva • 23/4/2017 • Trabalho acadêmico • 594 Palavras (3 Páginas) • 324 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
TRABALHO EM GRUPO – TG
ESTUDOS DISCIPLINARES III – SINFONIA EMPRESARIAL
Walter Lourenção, filósofo e ex-regente da orquestra do Teatro Municipal, criou o projeto “Sinfonia Empresarial”, onde aponta diversas similaridades entre o cotidiano e o desempenho de uma orquestra e as estruturas organizacionais.
Uma empresa deve funcionar como uma orquestra, segundo o maestro. Ambas exigem liderança, flexibilidade, trabalho em conjunto, sem anular o valor de cada integrante, e uma estrutura sólida, mas que seja aberta a inovações.
Deve-se iniciar com a afinação do grupo, com o incentivo à cooperação e união dos sons, passar para análise dos talentos individuais, finalizando com o reconhecimento do trabalho executado.
A música representa a harmonia empresarial, e a música erudita, a especialização. Sua prática favorece a concentração e o foco, e existe a necessidade de aperfeiçoamento.
A orquestra é uma metáfora a empresa, pois reúne até 200 músicos, que precisam estar afinados, integrados a todos os membros e comprometidos com um objetivo em comum.
A orquestra de câmara faz referência aos departamentos, sendo composta por um reduzido número de instrumentos musicais e músicos.
A figura do maestro faz uma analogia aos diretores, líderes, gerentes, já que é aquela figura que rege, conduz um grupo de músicos.
O spalla ou vice-concertino, é o nome dado ao primeiro-violino de uma orquestra, responsável por afinar a orquestra e também atua como regente substituto, assim como o vice-presidente de uma empresa, que é o braço direito do gestor-maestro.
A sinfonia poderia atuar como a harmonia de toda a empresa.
O gestor-maestro é o símbolo de poder, mas desenvolve uma liderança democrática, consentida e não autoritária. O regente e o líder devem incentivar a inovação, facilitando o potencial dos liderados, mas respeitando as limitações de cada um. Ele possui a responsabilidade de coordenar e garantir que cada colaborador desempenhe sua atividade com excelência. Sozinho, não se pode realizar nada, pois só a orquestra é capaz de fazer música.
O papel do líder é motivar os funcionários, já que um bom clima dentro de uma orquestra favorece seu desempenho, assim como o clima organizacional influencia no resultado da empresa.
Peter Drucker, grande pensador do universo corporativo, em 1988, já havia publicado um artigo, estabelecendo a ligação das orquestras com as empresas. Já dizia a respeito e também imaginou um novo conceito, o do “trabalhador do conhecimento”.
Descreveu o uso produtivo do conhecimento (solistas de uma orquestra), como o principal gerador de riquezas e acreditava na organização fundamentada no conhecimento, formada basicamente por especialistas (os músicos, virtuoses) que dirigem e disciplinam o seu próprio desempenho mediante um feedback organizado de seus colegas e clientes.
Vivemos a era do conhecimento, e sua troca é essencial para o crescimento individual e organizacional. A hierarquia ainda vigora, mas as estruturas são mais horizontais, com menos camadas de comando.
Tanto em orquestra, quanto dentro de uma empresa, é necessário estabelecer relações, entre técnica, disciplina, ética, ousadia, liderança e equipe em aperfeiçoamento.
Nenhum conhecimento se classifica acima de outro, sendo que a posição de cada um é determinada por sua contribuição para a tarefa comum e não por alguma superioridade inerente.
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